Poemas :  Desatando os nós
Eu escrevo muito bem. Ah como escrevo...
Desenho letras em alto relevo
para a loucura da paranoia desvairada.

Que loucura! Estou aqui,
no auge da minha imaginação.
Imagine só: de fato, só um violão
e a voz daquela cantante,
cantando em dó,
para o poema sair.

Não, nem tente sorrir...
É só por uma música bonita
nesta letra besta, que talvez te agrade
e faça você cantar feito um louco.

Talvez você também seja um louco,
e só está procurando uma razão
para “uivar” para o mundo...
Eu, só estou tentando
desatar os nós.

A.J. Cardiais
19.03.2009
Poeta

Sonetos :  Na boca da poesia
Não ponho palavra
na boca da poesia,
pois sei que é ousadia
e posso deixa-la brava.

Também não puxo a trava,
para rebuscar a linguagem,
porque é uma sacanagem
fazer uma poesia escrava.

Se sou adepto da liberdade,
procuro fazê-la à vontade,
ao meu bel prazer...

Poetar como um dever,
é muita responsabilidade
para quem só quer espairecer.

A.J. Cardiais
31.07.2018
Poeta

Crónicas :  A liberdade da crônica
O bom da crônica é isto: a liberdade de escrever sobre qualquer coisa. Pode ser o assunto mais sério ou o mais bobo, o mais vulgar. Tudo serve para comentar. Até a falta de comentário. Dizem que a palavra “crônica” deriva da palavra grega “chronos”, que significa tempo. Então, se a crônica significa “tempo”, ela está com tudo: com o passado, o presente, o futuro, as horas, as eras, o sol (tempo bom) a chuva (tempo ruim)... E está acontecendo o tempo todo. O Tempo é tudo. Talvez seja por isso que tudo é um motivo para uma crônica.

Eu já li crônicas que, nas suas palavras, não queriam dizer nada. Mas no seu bojo traziam uma infinidade de ideias, e só quem gosta de ficar observando a vida, é que é capaz entender. Então os que não têm essa “visão especial”, devem achar uma besteira. Mas isso é bem da crônica. Tem tantas coisas “bobas” acontecendo por aí, e as pessoas nem percebem. O próprio tempo, por exemplo: o sol surge, passa por cima de nós, vai embora. E as pessoas já estão tão acostumadas com essa besteira, que só notam quando precisam dele, e ele não está lá para servi-las. Caso contrario, nem notariam sua presença ou ausência.

As pessoas vivem muito preocupadas com os seus afazeres, sonhando em ganhar dinheiro ou procurando esquecer-se das mazelas da vida. Então não têm tempo de ficar observando essas “besteiras de tempo”. Afinal, isso serve para quê? As pessoas só querem saber de coisas úteis, de coisas que possam vender ou, no mínimo, sirvam para debater numa roda de amigos. É por isso que assistem os BBBs da vida: para não ficarem por fora do bate papo. O importante é participar. Não interessa a importância do assunto. Aí, quem não gosta de ficar debatendo “BBBesteiras”, fica de fora observando as besteiras do tempo e aproveitando para escrever um crônica besta.

A.J. Cardiais
17.01.2012
Poeta

Poemas de esperanza :  Sentimiento Livre (Sintiéndote Libre)
Idioma Portugués


Joy está pensando de pássaros voando
O vento chicoteando suas asas brancas, voando
.Alegría à liberdade é uma criança, rindo
Porque não sofrem porque não tem medo, nada

Nada pode comparar com um céu cheio
Estrelas do mar, o farfalhar das folhas
Ao caminhar sua mina segurando a mão, vamos
A vida sentindo juntos, amar uns aos outros


En Español

Alegría es pensar en el vuelo de los pájaros
Azotando al viento sus alas blancas, volando
Hacia la libertad .Alegría es un niño, riendo
Porque no sufre porque no siente miedo, nada

Nada se puede comparar con un cielo lleno
De estrellas en la mar, el crujido de las hojas
Al caminar tu mano aferrada a la mía, vamos
Por la vida sintiéndonos juntos, amándonos



Por conrado Augusto Sehmsdorf (Kurt)

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Poeta

Poemas :  Liberdade em ação
Liberdade em ação
Meu nome é liberdade.
Liberto tudo que me invade.
Acontece que nem tudo, nem todos,
estão preparados
para conviver comigo...

Por ser liberdade,
não quero fazer inimigo.
Quero amizade,
quero respeito...

Mas, de qualquer jeito,
mesmo com toda liberdade,
o limite é uma necessidade
da população.

Quando se trata de privacidade,
a coisa muda de situação.
Se der muita liberdade
acabará em confusão.

Liberdade também tem limites.
É preciso respeito
e educação
para se ter direito.

A.J. Cardiais
07.01.2017
imagem: google
Poeta

Textos :  O caminho do espelho.
O caminho do espelho.
O reflexo de si mesmo na língua.

O homem sente-se um estrangeiro entre os homens, um exilado do mundo para o qual não encontra um sentido. A minha mensagem é a de que as coisas vão mudar e têm de mudar agora. Abraçar o mundo, sem reduzí-lo.

Distinguir o novo da novidade vazia, valorizar o silêncio. O homem sem rudimentos de filosofia caminha pela vida preso a preconceitos derivados do senso comum, das crenças costumeiras da sua época ou da sua nação, e das convicções que cresceram na sua mente sem a cooperação ou o consentimento da sua razão deliberativa… uma vida não examinada não vale a pena ser vivida. De um certo ponto adiante não há mais retorno.

Esse é o ponto que deve ser alcançado. A reflexão permite-nos recuar, ver que talvez a nossa perspectiva sobre uma dada situação esteja distorcida ou seja cega, ou pelo menos ver se há argumentos a favor dos nossos hábitos, ou se é tudo meramente subjetivo. A dimensão do homem é o tempo. O homem é um ser temporal e, portanto, necessariamente mortal. Ele navega no tempo durante um certo tempo. O presente é fugidio.

Quando pensamos que o capturamos, ele nos escapa como a água que escorre por entre os dedos quando tentamos segurá-la. O futuro é incerto, imponderável. O futuro é uma promessa. O passado passou, e dele podemos ter não mais que uma pálida lembrança. O homem se torna autêntico quando aceita a solidão como o preço da sua própria liberdade..

Devemos saber que a felicidade não é estática em seu acontecer, mas podemos mantê-la como um estado de ser, uma motivação de busca de bem viver.A solução não é se matar de trabalhar e se concentrar nisso para não se sentir sozinho. Também não é encontrar uma estratégia para driblar a solidão… mas que não estão lá de fato, pelo menos não do ponto de vista do seu pensamento, das suas emoções, das suas ideias. Mas sentir dor ou alegria e não o demonstrar não é ocultar alguma coisa. Alguém oculta seus sentimentos quando deliberadamente os suprime (tal como alguém oculta seus pensamentos guardando seu diário preso a sete chaves, e não meramente pensando e não revelando seus pensamentos).

Quando alguém exterioriza uma dor de cabeça, quando expressa um prazer, ou quando diz aquilo que pensa, não pode ser dito que os correspondentes enunciados são meras palavras e que o interno ainda está oculto. Falar do interno é uma metáfora. Vimos que uma das consequências de ter isto como um padrão é a dissociação entre corpo e mente, entre o ambiente em que estamos e o que se passa dentro de nós. A solução é aceitar que se está só no mundo. Há sempre pessoas prontas a dizer-nos o que queremos, a explicar-nos como nos vão dar essas coisas e a mostrar-nos no que devemos acreditar.

E a vida inteira, cada momento, cada segundo da existência, é uma experiência única pois ninguém vive pelo outro. Assim, não se pode definir a subjetividade nos moldes das ciências naturais, que, na realidade, negam nossa condição de homens dotados de vida interior. Este ideal de ciência é tonto e o seu reverso é o não menos tonto relativismo cognitivo, que declara estar a magia negra ao nível da física quântica, em termos cognitivos e epistemológicos. Sem emoções os seres humanos não existiriam; não é biologicamente possível uma espécie biológica destituída de emoções.

Afinal, a emoção é mais racional do que se diz. A confusão é precisamente esta: nós sabemos que muitas vezes as emoções roçam a loucura. Mas, precisamente, isso é uma patologia das emoções, não é a sua natureza própria. Só podemos apreender nossa vida subjetiva sob a forma de uma história pessoal, única e intransferível. Antes, podemos dizer aquilo que sentimos tal como podemos dizer como as coisas nos causam impacto perceptivelmente, dizer aquilo que pretendemos, imaginamos ou pensamos. O passado está talhado em nossa memória. Ele vive em nossas tradições.

Nosso corpo e as coisas que nos rodeiam estão impregnadas de história. Os pobres sofrem porque não têm o suficiente e não porque os outros têm muito. Não há como nos livrar do que já aconteceu. Será mentira em cima de mentira, calúnia e promessas. Existe uma meta, mas não há caminho; o que chamamos caminho não passa de hesitação… Somos descendentes e herdeiros diretos do que foi feito no tempo pretérito. Humano, simplesmente humano.

A incerteza leva-nos a pensar, a refletir, a evoluir…nasce da relação entre o homem e o mundo, entre as exigências racionais do homem e a irracionalidade do mundo. Algumas têm medo que as suas ideias possam não resistir tão bem como elas gostariam se começarem a pensar sobre elas. . Nada é mais racional do que uma emoção apropriada, e nada mais irracional do que a falta dela: alguém que não fique horrorizado com o sofrimento alheio é adequadamente descrito como desumano.

E a razão é também a faculdade mais emocional dos seres humanos: mal conduzida por emoções erradas, é possível produzir as piores ideias e argumentos — racismo, fascismo — sem ver que são péssimas, só porque massajam as nossas emoções mais tontas. Como dissimulação e fingimento são sempre logicamente possíveis, não se pode nunca se estar certo de que outra pessoa esteja realmente tendo a experiência que ela pelo seu comportamento parece estar tendo. Nomeadamente, indagando antes não se eu posso saber das experiências dos outros, mas sim se posso saber de minhas próprias; não se posso entender a “linguagem privada” de outra pessoa em uma tentativa de comunicação, mas sim se posso entender minha própria suposta linguagem privada.

O ser humano equilibrado e feliz cultiva as emoções apropriadas, que respondem à razão, e trabalha para impedir que as piores emoções lhe toldem a razão. O fato de existirmos não pode ser posto em dúvida, mas contrariando as ideias cartesianas, as interpretações da nossa condição de seres existentes não são únicas e indubitáveis, ao contrário, são diversas e diferentes.

A idéia de que a língua que cada um de nós fala é essencialmente privada, de que aprender uma língua é uma questão de associar palavras com, ou de definir ostensivamente as palavras por referência a, experiências privadas (o “dado”), e de que a comunicação é uma questão de estimular um padrão de associações na mente da pessoa ouvinte, qualitativamente idêntico ao daquele da mente do falante é uma idéia ligada a múltiplas concepções errôneas, mutuamente sustentadas, sobre a linguagem, as experiências e sua identidade. Nasceu sem o seu consentimento; o modo como se organiza é independente dele; os seus hábitos dependem daqueles que o obrigaram a aceitá-los; é incessantemente modificado por causas, visíveis ou invisíveis, que escapam ao seu controle, que regulam necessariamente o seu modo de existência, que moldam o seu pensamento e determinam a sua forma de agir.

Em geral, a relação entre palavra e coisa é indirecta; é mediada por outras expressões referenciais. Ao assinalar o que tal termo nomeia ou aquilo a que se aplica, servimo-nos de outros dispositivos referenciais. Diz-se que o homem delibera quando suspende a acção da vontade; isto acontece quando dois motivos opostos actuam alternadamente sobre ele. Deliberar é amar e odiar alternadamente, é ser ora atraído ora repelido; é ser umas vezes dirigido por um motivo e outras por outro. O homem apenas delibera quando não vê distintamente a qualidade dos objectos que o afectam ou quando a experiência não possibilita uma avaliação adequada dos efeitos que a acção, mais ou menos remotamente, produzirá.

Mas a relação entre palavra e objecto não pode ser sempre indirecta neste sentido. De contrário, cada termo apenas teria poder referencial em virtude do poder referencial de outras expressões, e estas, por sua vez, apenas indirectamente se reportariam ao mundo, e por aí em diante ad infinitum.


Todos los derechos de „O CAMINHO DO ESPELHO. (O reflexo de si mesmo na lingua).“ pertenecen a su autor (Joel Fortunato Reyes Pérez).
Ha sido publicado en e-Stories.org a solicitud de Joel Fortunato Reyes Pérez
Publicado en e-Stories.org el 23.07.2016.
Poeta

Poemas sociales :  SOU UM DEMOCRATA
Sempre fui um democrata
Sempre me bati pela Liberdade,
Viver sobre a lei da chibata
É viver no medo, na ansiedade

Como democrata que sou
Respeito todas as ideias
Mas estar de acordo,não estou
Com o cântico dessas sereias.

Sereia que engana o povo
Com o seu cínico cantar,
Não trazem nada de novo,
Só prisões para aprisionar.

Não suporto as ditaduras
Sejam de direita ou de esquerda,
Os povos vivem às escuras
Cercados por labaredas.

Prefiro uma democracia imperfeita
Pois que nela vivo em Liberdade,
A uma ditadura muito perfeita
Que nos priva da verdade.

Quem hoje defende Salazar
É porque bem na vida estava
Vivendo sem se importar
Da dignidade enclaustrada.

A. da fonseca

SPA Autor nº 16430
Poeta

Poemas :  Pilha da necessidade
Deixe o poema livre...
Deixe ele correr solto
pelo vale literário...

Não crie itinerário,
forçando-o a passar
por onde você quer chegar...

Deixe o poema livre...
Deixe que ele colha
palavras à vontade.

Deixe ele saciar
a sede de liberdade.

Deixe-o falar, falar, falar...
Até esgotar
a pilha da necessidade.

A.J. Cardiais
27.04.2011
Poeta

Poemas surrealistas :  Caminar contigo
[img width=350]http://1.bp.blogspot.com/_dfZrKuCHgmw/THiCBUssDaI/AAAAAAAABtM/dcMI4qbgTgg/s1600/mother1-mlily2.jpg[/img]


Señor siento perder cada segundo
la materia preciosa que llevo en mi vida
Gustaría que poder conseguir a bordo con usted
y deshacerse de todas las heridas.

Pone al lado de ella y buscar su rostro
en tu respirar me causan dolor
verte marchar cada mañana
Orar a Dios tomarme con usted.

Brillo sereno de su ojos
me muestran gran inocencia
corazón dulce amor niño.

Cambio el dolor para mí
poder abrazarte y decirte mi amor
eres mi universo de paz y dolor!

12.12.215
Poeta

Poemas :  A liberdade de sonhar
Varias vezes soltei minha alegria
no meio de uma cantoria,
sem atentar
para o que eu fazia...

Eu queria era cantar...
Povoar minha vida com folia.
Nem podia imaginar
que ajudava a propagar
a alegria.

Botei minha voz pra ecoar
pelos cantos da cidade,
em busca da liberdade
de viver e sonhar.

A.J. Cardiais
27.03.2011
Poeta