Poluidor de ideias
Sou só um poeta às avessas
descontrolando-me
no tempero das letras,
pondo mais sal
ou mais pimenta.
Sou mais um perdido
que a poesia sustenta,
e vive arrotando
que é poeta.
Sou mais um trabalhador
de sonhos,um idealizador
de nadas,
uma chaminé de palavras.
Sou só um poluidor
dos olhos e das mentes
para quem não gosta
de ler, nem de pensar.
A.J. Cardiais
Luego del Poema
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Luego de escribirlas, estrofas,
junto a esta pluma a mi lado dormida,
con el matiz de unas letras ahora partidas
me indago, poema, con quien filosofas.
De que si el cielo es de alborada
o si ya ha desfallecido,
que si fue gozo o graznido
tanto ruido a tinta desatada.
A quien impregnas, poema.
Quien se arriesga a mi lado
a tronchar algún sueño cansado,
a escorcharle por fin el floema.
Es el periplo hasta un nuevo trazo:
en un remanso los dos aplacados,
o atormentadamente desquiciados.
Dos almas desconocidas, junto a un retazo.
©Gustavo Larsen, 21/08/2013
Capa de poeta
A minha capa de poeta
não me protege
do frio do medo...
Antes, revela meu segredo.
A minha capa não me cobre...
Antes, não quer que eu me dobre
a certas situações da vida.
A minha capa é indefinida:
Não é capa, é cruz.
Não é sombra, é luz.
Não é nada e sendo...
E, em cima ou
embaixo da capa,
eu vou vivendo.
A.J. Cardiais
imagem: google
Manga al viento
[img align=center width=450]http://i1003.photobucket.com/albums/af156/AliFishGMT/b468728b.jpg[/img]
Tus padres comían de tus sobras.
Su sangre se secaba en el hormiguero de asfalto.
Pero una mañana, un sabio decoró tu sombrero de paja
con una pluma de pavo real. Te crecieron espolones.
Hablabas por los círculos con voz de jilguero macho,
pero como manga al viento
empezaste a seguir el curso dominante.
Quisiera pedirte que te tiznes el rostro
con las cenizas de tus cunas, la natal y la literaria.
Que explotes cuando lleguen los bufones de la radio
y les vueles los dientes con un verso inesperado.
Así algún día, en una curva muy alejada de tus tiempos,
exhumarán tus hojas más irreverentes.
Serás por fin una tinta de avanzada,
reñirán por darte la crítica más sesuda
y tú dormido, te reirás oyendo todo ese torrente,
esos eruditos diciendo ahora ellos lo que un cardumen,
lo que una manga al viento.
©Gustavo Larsen, 06/01/2013
Poeta X realidade
Sempre levei uma vida
de história em quadrinho:
às vezes sou o bandido,
às vezes sou o mocinho.
Muitas vezes passo escondido,
fugindo da malvada realidade.
Ela vem com sua voracidade
tentando destruir meus sonhos.
Mas sou um poeta destemido
e não me entrego facilmente...
Imponho um duelo diferente:
Já que ela quer duelar comigo,
deixo ela de castigo,
e procuro ficar ausente.
A.J. Cardiais
25.01.2011
Ao poeta desconhecido
A poesia precisa de você,
assim como a Natureza
precisa do anum preto:
pássaro desprovido
de qualquer beleza,
inclusive de canto.
A poesia precisa de você,
como o céu precisa das nuvens,
para formar e reformar
este lindo manto.
A poesia precisa de você,
para somar...
Somando-se um, mais um, mais um,
a poesia nunca vai parar.
A.J. Cardiais
11.03.2010
Entre papel arrugado.
Un viejo poeta alado
Que vuela la tumba helada
Siente que tiene clavada
Las garras de lo creado.
Escribe un poema amado
Por su musa que inspirada
No es real, es inventada
Claro oscuro apasionado
Entre papel arrugado
Escritos que no son nada
En arcones arrumbado
Vaga su don escoltado
Por su rima desgarrada
Vieja herida del pasado.
Por Conrado Augusto Sehmsdorf
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Poema – o surto do poeta
Um poema não diz tudo sobre o poeta...
Mas diz sobre seu momento,
sobre sua nuvem cigana,
sobre seu pé de vento...
O poema é o surto do poeta.
Ele mostra este surto,
quando escreve loucura,
e quando rasura
a realidade.
O poeta na verdade,
é um "maluco beleza".
E para ter certeza
que vive a realidade,
passa tudo pro poema.
A.J. Cardiais
18.10.2015
Entre espadas e cruzes
O poeta quando se perde
no meio dos sonhos,
enfrenta pesadelos
medonhos...
Frutos da sua imaginação,
frutos da situação
frutos dos seus desejos
frutos dos seus medos
de nada mudar...
O poeta quer encontrar
o caminho das luzes,
para clarear as ideias
dos que vivem entre
espadas e cruzes.
A.J. Cardiais
18.01.2010
A meta do poeta
Não pergunte ao poeta
onde ele quer chegar,
porque sua meta
está em qualquer lugar...
Às vezes ele não quer ir
a nenhuma parte.
Ele só quer descontrair,
brincando com sua arte.
A.J. Cardiais
imagem: google