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O ESPLENDOR DA NOITE
Quando a brisa da manhã acaricia meu rosto, Traz com ela as tuas palavras, os teus beijos Que guardo comigo até chegar o sol posto E durante a noite são a razão dos nossos desejos.
Com o chegar da Lua nossos corpos se prateiam. O nosso quente ninho brilha de tanto amor. Os nossos lábios de contacto eles anseiam O nosso leito começa a preparar o esplendor.
O esplendor de uma noite de loucura louca Com murmúrios de promessas na nossa boca E a cumplicidade entre o teu e o meu coração
A volúpia viciou a nossa cama e o nosso quarto. Beijando os teus seios e o teu corpo nunca farto De sentir o meu corpo te acariciar de paixão
A. da fonseca
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Poeta
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Dia de sol, passeio na areia e admiro o oceano. De tempos em tempos uma vaga chega até mim Molha-me os pés me provocando, fica a espuma Espuma, que fez ficar triste pensando ao nosso amor.
Assim, os meus pensamentos voltaram ao passado Um passado que tantas saudades deixou em mim Desses momentos de loucura, de amor em liberdade Das noites em que os nossos corpos se entrelaçavam.
As nossas lágrimas corriam de prazer, também salgadas Como esta água do mar que teima em me provocar Como tu o fazias com o teu sorriso de felicidade E eu me perdia nos teus braços, esquecendo o Mundo.
Hoje as lágrimas também correm mas não de prazer Correm para o mar o tornando assim mais salgado As vagas que vão chegando pouco a pouco até mim, Não são que a espuma de um amor jamais esquecido.
A. da fonseca
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Poeta
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SE UMA PALAVRA CHEGASSE
Se chegasse uma palavra para te conquistar Se chegasse um simples olhar para te atrair Se chegasse um único beijo para te amar Se chegasse um gesto para aos teus pés cair.
Procuraria numa palavra simples, a mais bela Para que não pensasses que tudo era fantasia. Se pintor eu fosse, faria a mais bela aguarela Tu serias para mim de todas, a mais bela poesia.
Se necessário for, por ti arrasarei montanhas Vaziarei os Oceanos para te poder encontrar Quando o amor é forte, não existem artimanhas Tudo farei para te ter nos meus braços e te beijar.
Conquistarei a mais bela praia de areia a mais fina Para nela só nós dois podermos livremente passear. Pela madrugada mergulharmos nessa enorme piscina Depois rolarmos nossos corpo e fazer amor ao Luar
A. da fonseca
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Poeta
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Quando eu nasci, Nasceram comigo a vida e a morte. Olhávamo-nos olhos nos olhos E lançámos um grande desafio. Partiríamos ao mesmo tempo Para ver quem ganharia a maratona E quem teria a Grande sorte De chegar na ultima recta em primeiro E sem mais aquelas Começamos a correr Por ruas , ruelas e carreiros, Passamos os primeiros metros, Os primeiros quilómetros, O cronómetro marcava o tempo, Começámos a sofrer Eu comecei a sentir cansaço Com dificuldade a correr. Já começava a agarrar a camisola Que a vida trazia vestida E a morte sempre fresquinha, Com um sorrir cínico, macábro, Continuava sempre em terceiro lugar À espera do bom momento Para poder melhor atacar. E eu, pobre alma cansada, Coração que bate apressadamente Como se quisesse chegar à frente Mas hoje ele já com 85 anos Que não entre em desenganos E a morte no momento preciso Dará a sua sapatada, ela é a mais forte Quer eu queira ou não , tudo baterá certinho E eu e a vida ficaremos pelo caminho Abandonadas! E a partir daí, não seremos nada.
A. Da Fonseca
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Poeta
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No alto da montanha gritei aos quatro ventos. Chamei as Estrelas, um Anjo a Lua e até o Sol, Para todos juntos passarmos belos momentos A discutir do que fazer a este mundo sem farol.
A estrela respondeu que havia a estrela polar Que podia guiar em bons caminhos a mocidade, Encaminhá-los pelas grandes rotas do alto mar Para descobrirem novos mundos de felicidade.
A Lua também deu a sua opinião muito sentida, Caminhando na noite lhes darei luz prateada Para verem os caminhos mais certos da vida Aquele do amor, do respeito, é essa a estrada.
O Sol não podia deixar de dar a sua ideia. Eu vos darei a luz, o calor que tanto precisam, Tudo é preciso para viver, a vida é uma cadeia De coisas boas e de ratoeiras que não avisam.
O Anjo com a sua simplicidade e argúcia Ouviu todos os conselhos dos seus amigos. Devem respeitar os conselhos com minúcia, Podem dizer, os que sabem, são os antigos.
A da fonseca
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Poeta
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O Poeta morreu viva o Poeta! Se alguém dele já se esqueceu tem a porta aberta Para visitar as obras que deixou as poder apreciar as poder criticar mas não o imitar, cada poeta é único, um estilo, uma alma, nervosa ou calma mas o amor que ele deu esse é imortal.
A. da fonseca
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Poeta
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Uma casinha amarela no alto da montanha Onde dois loucos de amor possam viver, Sem precisar de username ou mesmo senha Para poderem nela entrar e amor lá fazer.
Com o telhado em vidro para ver as estrelas, Deixar entrar o Luar em noites de loucura Prateando nossos corpos de sombras belas Enquanto o lençol perde no chão a sua candura.
Dois corpos entrelaçados o suor escorrendo Em vagas de felicidade sensualidade e prazer A mão afaga os seios e os lábios o corpo percorrendo, A noite é longa mas tão curta, a Lua vai adormecer.
Os dois loucos extasiados e os lábios cansados, Lado a lado veem pouco a pouco o Sol nascer Que vem dourar o amor desses loucos amados Que continuarão na Montanha a viver de prazer.
A. da fonseca
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Poeta
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Naquela cama onde fazemos amor Os seus lençóis são testemunha do desejo. Te rapino beijos como se fosse Condor Que num deserto não perde o seu ensejo.
Ao ver o teu corpo tão belo, desnudado As minhas garras de amor te prendem em mim E o teu corpo como o meu corpo ficam suados Do prazer de me sentires bem dentro de ti.
Os nossos lábios golejam a nossa saliva Que tem doce do mel e um prazer profundo. As nossas línguas desse prazer ficam cativas E se deleitam num prazer o mais profundo.
Sentir a rigidez dos teus seios no meu peito São momentos da mais pura das loucuras, Fico tão louco que perco todo o preconceito E o meu ego fica vaidoso e feliz murmura.
A. da fonseca
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Poeta
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Vagueio na noite, uma noite de inverno, Naquelas velhas ruas dos amores proibidos Como lobo solitário que passeia no inferno, Que procura no pecado seus amores perdidos.
Amores proibidos que tanto nos fazem sofrer. Onde o Paraíso não existe mas sim sofrimento. Quero deixar esse deserto mas como fazer? É a morte que cai e eu caio no esquecimento.
Para viver assim prefiro ter o gosto de morrer Porque as carambolas da vida deixam mossas Que não têm cura, pois que ferem o coração.
O amor é uma doença, raro é uma conclusão. Nem só com palavras doces se pode amar, Quando o amor está moribundo não há solução
A. da fonseca
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Poeta
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Levei as minhas letras A dançar na corda mamba Não se equilibraram, caíram Ficaram a dançar o Samba.
O t partiu o traço O ç perdeu a cedilha o q apanhou um cagaço o u partiu a bilha.
O X em i se transformou O z em traço de união O o na pista rolou E o m saltava no chão.
Chegou um especialista Pôs letra em baixo letra em cima Era um verdadeira artista E de tudo ele fez uma rima.
A. da fonseca
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Poeta
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