Poemas :  Livro Aberto
Livro Aberto
Venha, desvende o meu mistério...
Sou e não sou um homem sério.
Sou um jovem velho.
Sou um adulto criança
que não cansa
de brincar com a vida.

Eu sou guarida,
sou abrigo, sou afago.
Às vezes sou profundo,
às vezes sou vago...

Às vezes levo a vida,
às vezes me largo
e deixo que ela me leve.
Vou vivendo de amor...

Amor à tudo: Amor ao mundo,
amor à natureza, amor à beleza,
porque belo é a maneira de olhar a vida.

Belos são seus olhos
quando me olham desejando-me,
devorando-me, saboreando-me...

Belas são as mulheres,
que são todas belas
só pelo fato de ser mulher...

Venha, penetre no meu segredo
que eu não tenho medo:
sou um livro aberto.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Autoconselho
Deixe que o poema o escolha,
como porta voz.
Não lance os anzóis,
para riscar qualquer traço...
Não faça um mundo falso.

Procure,
medite,
estude...
Faça o seu espaço.
Depois, parta pra luta...

E aquele abraço.


A.J. Cardiais
Poeta

Poemas de amor :  O mais importante ato
Enfrentar tudo,
é uma prova de amor...
Tudo em troca de quê,
se nada tenho?

Posso te dar um amor,
que já é teu, por direito.
Posso te dar uma canção,
que não é minha,
e te prometer o sol, se ele sair... **

Posso te dar estas horas
da madrugada,
em que acordei sonhando contigo...

Posso te dar um monte
de palavras tolas,
que é o meu castigo,
ou o meu mundo abstrato,
que é muito mais vasto,
bonito e real
do que muito mundo concreto.

Posso te confessar
que não presto,
é lógico, não tenho seguro.
Posso dizer ou fazer
tantas coisas...
Mas o maior e mais importante ato
será o teu, se me aceitares assim:
como sou, como estou e para onde vou.

A.J. Cardiais
Obs. **Dia Branco - Geraldo Azevedo
https://www.youtube.com/watch?v=5CyDEwzOJo4
Poeta

Poemas :  Dolor espiritual
DOLOR ESPIRITUAL

Como
una tela
piadosa, astro manso, y pobre dolor.

Pobre
de esperanza,

grande grande
como el mundo
interno
Cuando el espíritu flaquea.


El
cuerpo
es roca
indefensa

Y se aleja
como planta
recelosa.


Es
la soledad
flotante

Es
aquélla
de suelo casto.

Oración profunda,
miedo helado.


Cuando
cada dios

ha muerto.
Sin ángeles,
sin demonios.

Sin nada,
solo
dolor
profundo.


Tan hondo
como el cielo

Tan lejano
como el horizonte


Es
el
polvo,
es
el
hombre solo.


Unico
aliento
divino liberado.

En
la
muerte liberado.

Vida,
aliento perdido.

Libertad de ataúd,
lápida celeste.
Es

el
felino de lino.
Fino dolor,
del espíritu grande.


Autor: Joel Fortunato Reyes Pérez
Poeta

Poemas de reflexíon :  As crianças e o mundo
Ah, crianças...
Serão vocês a esperança?
Pelo andar da carruagem,
vocês não levam
nenhuma vantagem:

As drogas se alastrando,
políticos roubando
marginais comandando
poluição aumentando...

Este é o mundo
que vocês vão encontrar.
Será que vocês
conseguirão mudar?

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas :  Domingo no mundo todo
Domingo no mundo todo
É o mesmo dia no mundo todo...
Será que todo mundo
se comporta igual?

Como será o domingo lá no Nepal,
lá na Índia, lá na África...
Será que é legal?

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Na correnteza
Preciso concentrar-me mais...
Preciso arregaçar as mangas do poema
e botá-lo para lutar
contra as injustiças sociais.

Meu mal, em mel se fez.
A minha indignação ficou para trás.
A minha fome feroz de tudo
esbarrou num sem fim de mundo
e ficou brincando de rimar...

Eu deixei de sonhar
e parti para o estudo.
Perdi-me no sem fim de mundo
e voltei com cara de tacho...
E agora, onde eu me encaixo?

Solto este poema na correnteza
e deixo que me mostre
o caminho.

A. J. Cardiais
Poeta

Poemas sociales :  UM HOMEM MORRE DE FRIO
UM HOMEM MORRE DE FRIO
Nos braços de Morfeu queda a cidade.
Gélida avança a noite sob o vento
Que zune açoites, bravio.
Por leito e barricada andrajos tendo,
Num canto, ao pé de arranha-céu imenso,
Um homem morre de frio...

Agonizando, ali, talvez delire,
Vendo os pedestres últimos, em busca
Do leito morno, macio...
Talvez, sinta-se um deles, por momentos...
Um homem desses, livres das algemas
Do destino. Ah, desvario!...

Morre indigente. Já não mais lhe ocorrem
Reminiscências de melhores dias.
Não tem mais traços de brio.
Distantes sons de uma boate em festa
A custo põe-se a ouvir. Perdem-se, agora,
no seu imenso vazio...

Nem todos dormem. Ornam-se de luzes
Os altos edifícios. E eis, um carro
Pára junto ao meio-fio.
Traz de Mammon uns súditos restantes
Que, indiferentes, tiritando e rindo,
Vão-se com seu vozerio...

Ensaia erguer-se; embalde, embalde tenta...
Thanatos já, movendo as longas asas,
O envolve, terno e sombrio.
À volta, entre as paredes, que ironia:
Há tantos indivíduos que se abraçam
E tanto leito vazio!

Bem cedo hão de encontrar-lhe o corpo, inerte.
Hão de exprobrar-se, por negar-lhe auxílio,
num gesto inóquo, tardio...
Talvez, alma remida, ao sol do Além planando,
Não mais proscrita, logo exulte e louve
O Averno da crosta, frio...

“- Coitado!”... “- Oh, que infeliz!"... “- Quem era ele?"
“- Um ébrio, com certeza". “- Um andarilho."
“- Um réu, talvez, arredio"...
Descerrem seus portais, guardiões do Inferno!
Estendam o seu fogo ao mundo infrene!
Um homem morre de frio...

(Da coletânea "Estado de Espírito")

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Poemas :  Al filo lógico
AL FILO LÓGICO

En
La
Entretela
Talar
Etimológica
Una
Moneda
Monada
Una
Manada
¡Nada!.
Tan. Solo. Dice. ¡Atrás!.
Y
Piensa:
¡Efímera haré mi fe!

Cuando. Derrama las costillas del árbol.
En el ardor y en el follaje.
Entre
Las rodillas del verano,
Las nieves sedientas,
Las cigarras débiles.
Entre
Los tréboles desgraciadas alas,
Los álamos continuas quejas,
Los robles en la penosa época.

¡Somos!...Seres...¡Somos!.

Al filo.
Más tarde ilusión de crines.
Lógico.
Abovedados, del impulso, dardo duro.
Entre cáscaras, el enorme techo.
El hecho al margen.
Un helecho. ¡Gabinete del mundo condenado!.
Al
Insomnio acurrucado del fragmento.
Fundamento.
Angelicales dedos ricos en islas.
Al usar las danza los derechos.
Del esqueleto.

Si, Isis, sí. ¡Sé ver ese revés!.

En
Las pasiones de cinco sílabas.
En
Los silbatos sobresalientes.
En
Los íntimos engendros de las monedas.
Lógico
Al
Filo
¡Dos siglos, esperan, recuperarse!.

Como...
Legendaria la hostilidad renace.
Al diario, titilante, rutilante.
¡Del plan perplejo!.
Bestia con las cuerdas de las teorías, vestía.
La
Hipótesis brutal de paradoja.
En los dedos, furtivos, dados, cargados.
¡Dado impostor de esencia etérea!.
¡La sonrisa huracanada del remolino!.

Al, filo, enfilar, del lógico perico.
Tan. Manso holgadamente.
Mensajero de las axilas.
Marmaja letal del precipicio.
Tan. Prepucio, de las calumnias huérfanas.
¡Del huerto, huraño del papel!.
Al borde, granítico y banderola.
¡Del gesto, indiferente, consagrado!.

Lógico. Al. Filo.
¡La promoción gratuita del cocodrilo!.
¡Al escorpionar, semillas juglares!.
Junglas escamosas.
En
La pausa taciturna del oxidado averno.
Lógico
Al
Filo
¡Más viril insecto!.
¡Más aspereza incauta!.
Por
¡Menos intemperie al carbón!.
Por
¡Menos caléndulas eclécticas!.
Por éste, enfilar, del filo.
¡La vida semeja apaleada!.
¡La muerte del anzuelo!.
¡La retornable máscara, caótica!.
Los
Hilos
¡Enrojecidosojosobran!.
Abracadabreramente.
Al volar, todas, las palabras, asustadas.


Autor: Joel Fortunato Reyes Pérez
Poeta

Poemas infantiles :  No reino da imaginação
No reino da imaginação
Tire os pés do chão
e viaje no sonho.
Ligue a imaginação
enquanto componho.

Viaje num trem bala,
sem sair da sala.
Tira a fantasia
de dentro da mala.

O sonho se instala
com facilidade.
O perfume que exala
é de felicidade.

Tire os pés do chão
e entre no mundo
do faz de conta.

Lá tem sapo trapalhão,
cão vagabundo
e a bicharada apronta.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta