|
Colmena de sueños
las flores se visten con relámpagos en el plumaje de la estrella duerme el sueño de carne guarnecido de senos el sueño tiene en la boca una estrella como el gato tiene en la boca un ratón las flores de carne tienen lengua de sueño estrella de bruma
la estrella de carne bajo la bóveda del tiempo el tiempo ronronea como un sueño alrededor de los senos alrededor de las colmenas de sueños duermen las estrellas bruma de flor plumaje de estrella las flores ronronean
las estrellas ronronean frente a la colmena de los relámpagos ratón de bruma ratón de estrella ratón de flor el sueño es un gato su lengua es una flor
la carne ronronea en el plumaje del tiempo los ratones y los gatos duermen sobre la lengua del tiempo el relámpago duerme bajo la bóveda de bruma las estrellas se visten con senos la lengua de bruma en la boca de flor la boca de bruma bajo la bóveda de carne.
|
Poeta
|
|
Arrimado al Pedregal
Por ese lugar. Donde el océano crece libre. Entre las liebres jinetes de nieve. Paladeando barcos que descienden. A las nubes que comen soles. Y caminan los puentes con zapatos. Y caminan los árboles con tréboles. ¡Cadenas vivas al aire libre!. Óxidos célebres orfebres memorables. ¡Cuando avispada la miel fallece!. Y el apogeo pleno aplana planes. Indudables dudas del piso al techo.
Al pedregal arrimado.
Por ese lugar. Donde la tropa atrapa trenes ligeros. Entre libros espinados analfabetos. Palabreando las mesas mes a mes. A las plumas que pintan vuelos velos. Y acarician despiadados al artefacto. Y consumen desgajando mandarinas. ¡Patrañas del infecto adepto adicto!. Anónimo cáustico y pálida lírica. Del linaje del molino hecho retina. Tuerca trunca por decorar gatos. Los guijarros del rincón pedregoso.
Autor: Joel Fortunato Reyes Pérez
|
Poeta
|
|
Se não fosse o meu neto, eu nunca teria me aproximado tanto de um gato. Não que eu não goste do felino... Mas justamente por saber da minha preocupação com os animais, eu sempre evitei criá-los. Quando meu neto perguntava porque eu não criava um cachorro, eu dizia que era porque não tinha condição. Dizia que um cachorro precisava de espaço e de muito cuidado. E quando a gente resolve criar um animal, tem que dar muita atenção. Dizia para ele que, criar um cachorro, não era só colocá-lo em casa, e pronto: está criando. Não adiantavam os meus argumentos, pois ele sempre insistia. Às vezes citando um animal que ele viu alguém criando. Quando não era um animal “doméstico”, o meu “discurso” era maior.
Daí o meu neto mudou de estratégia: em vez de pedir, ele já chegou em casa com um gatinho... Disse que, quando ele vinha da escola, uma senhora que criava muitos gatos, deu-lhe. E já chegou providenciando uma caixa para colocá-lo. Imaginem o rebuliço aqui em casa... De um lado minha esposa, dizendo que não queria saber de gatos, que o bicho suja tudo, e que isso, e que aquilo... Do outro lado o meu neto, dizendo que cuidaria do gatinho, que faria isso, faria aquilo... Juro que não me lembro onde eu fiquei nessa hora. Devo ter ficado do lado de fora. Então ficou acertado que no dia seguinte, o gatinho seria devolvido à antiga dona. Aconteceu que no dia seguinte, além de ter obrado no banheiro, o gatinho (feio) amanheceu tremendo e vomitando...
Aí foi aquela agonia: o que será que ele comeu? Dá leite pra ele! Ele vai morrer! Dá um chá! Chá de quê? E lá vai a agonia... Minha mulher brigava de um lado, por causa da sujeira do gatinho, e se apiedava do outro, por causa do estado dele. A minha filha, que estava em casa nessa hora, aumentou o lado da piedade. Esse rebuliço todo ganhou até um poema: “O Gatinho Está Doentinho”. O certo é que, nessa confusão toda, o gatinho (feio) acabou ficando.
Com toda reclamação de minha esposa, por causa da sujeira que o gatinho fazia no banheiro; com toda minha gozação, dizendo que ele era até educado, pois ia satisfazer suas necessidades no lugar apropriado (quem acabava limpando era eu); com toda preocupação de minha filha em comprar vasilhas para o gato comer, vasilha para fazer as necessidades dele; com todo dengo do meu neto; o gatinho (feio) foi crescendo e transformou-se num bonito gatão. Resumindo: o gatão (Pepe) morreu envenenado. No mesmo dia meu neto trouxe outro “gato”. Eu vi logo que era uma gata, mas fiquei calado. Quando minha mulher descobriu, começou a reclamar. Entre fica e não fica, a gata ficou (Lara). Lara engravidou, e teve três gatinhos. Dois nasceram mortos, só um vingou Vivi (Vivi é o diminutivo de Vitória). Lara apareceu grávida outra vez. Minha esposa começou a dizer que botaria ela para fora... Resultado: Lara sumiu... Ninguém sabe o que aconteceu. Minha esposa ficou com remorso, achando que foi por causa das ameaças que ela estava fazendo. Nós percebemos que Vivi ficou sentindo o desaparecimento da mãe por algum tempo, mas depois se acostumou. Agora ela reina absoluta. Minha mulher, que não queria saber de gatos (principalmente de gatas), agora a enche de carinhos. Até ovo de páscoa para Vivi, ela comprou. Quando eu olhei, espantado, ela me disse: O que é? Ela também tem direito! Que mudança...
A.J. Cardiais 07.04.2012 imagem: a.j. cardiais
|
Poeta
|
|
Os gatos não fazem silêncio quando estão fazendo amor. Os cães fazem.
Os gatos só fazem amor à noite. Não é a qualquer hora, como os cães.
Mas, logo à noite, quando estamos dormindo!
Quando os gatos estão namorando, os cães ficam ladrado e acabam nos acordando.
A.J. Cardiais 21.07. 2010
|
Poeta
|
|
D.I.S.G.U.S.T.A.D.O En el puente que un río salta, turbio y lento, y donde nada correcto, está, un pez dorado, por el sol deshidratado, que apaga la vela, del buque, un juguete, perdido anoche.
Renacuajos con uniforme señalan la salida; prohibiendo a los gusanos los arrastren junto al lodo, inquietos como palomas, contribuyen con carbón que muerden rancio.
Parados en los huesos, los burdeles desempleados, igualados con el polvo en su pantalón ríen, con poca gracia disfrazan los yerros, examinan los gatos y saludan excitados.
Y por el callejón estrecho al aire sienten, distraídos, los últimos murmullos de la tarde, lejana, una mariposa, dibuja un clavel en la mano del joven que lo piensa.
Así fue, descrito el punto, igual que una raya, encima del lago seco, en el eco alegre; el canto se repite, salado, el sudor, con la piel baila de espalda al lápiz.
Sobrecogido, un alacrán, se vuelve lágrima, en el árbol angustiado, del patio solo rugiendo día a día, más despacio por el piso desenfrenado entre la yerba.
Autor: Joel Fortunato Reyes Pérez
|
Poeta
|
|
PERÍFRASIS BALSAMERO
Cercano el verano acecha escondido, entre la ventana del triste gato pardo, el prado lava el arroyo, la camisa, entre la puerta del alegre camaleón, y la cama descalabra el cepillo, y el polvo enmudece al anillo, y la luz anuncia el túnel, y el reloj teje al tiempo.
Clavos Horrorizados Por las rocas Bañando Al decoro Turbado Tinto en gotas carnales Tierno en aguas rotas.
En las rodillas de una campana gris, el sufrimiento pinta una esperanza tenso, el arco anuncia blando una espina baja, de una nube cómplice y una tarde lenta, de una luna ligera y una brisa seca, la humedad del saco del viento, la soledad del libro del silencio, en los muslos de una madrugada tierna.
Las letras Clavan Sus pupilas Clementes Acariciando Las tinieblas Ufanas ínsulas Ínfulas ínclitas.
Incesante y trémulo el terciopelo, insiste huyendo del áspero sollozo, con tres piedras entre los dedos, y dos panteones vagabundos piensan, con seis lápidas nuevas respirando, y cuatro cuartos cuentan sombras, con cinco silencios de atraso solos. ¡Aromáticos, y periféricos, y patéticos!
¡Oh, presuroso circunloquio enmielado!.
Autor: Joel Fortunato Reyes Pérez
|
Poeta
|
|
E.R.I.T.R.O.C.Í.T.I.C.O.
La sonrisa de las hienas tiene infinitos panteones de gatos y un perico de letras falsas que entintan las hojas rojas.
La sangre de las nubes gotea por las velas apagadas huyendo entre las paredes rostros de ausentes rincones.
La sonrisa carga un pañuelo de prisa porqué aquí sólo comen las corbatas monedas. La sangre sepulta una aguja de humo porqué allá dicen hacer dulces las tumbas.
¡Eritrocítico!... ¿Eritrocítico porqué? Porqué... Así se cambian en segundos los corales infestados por las miradas del color con poca suerte comunes entre la luz del pulpo que más traga los minutos ya comestibles que pasan por la noche dándose besos en un festín con el vidrio de las burlas encargadas de vengarse del cabello y el mercurio en la azulada conferencia de las flechas llenas de leña inocentes en las ropas interiores decididas y mejor desnudas antes de que fueran dadas de alta en el hoyo de un año que sabe cuándo alguien vio una autopista. Autor: Joel Fortunato Reyes Pérez
|
Poeta
|
|
Gato criado com mordomia não conhece o mundo da gataria. Não sobe nos telhados pra fazer cantoria, não come camundongos só come ração, nem sai com outros gatos pra fazer confusão...
Ele toma até banho e frequenta salão! Gato criado como se fosse humano, é um pobre coitado. na minha opinião.
A.J. Cardiais imagem: a.j. cardiais
|
Poeta
|
|
Eu fico me perguntando: será que os gatos e os cães já vieram ao mundo para viverem entre os humanos, ou se há muito tempo atrás eles foram sendo domesticados, até não existir mais nenhum gato e nenhum cachorro selvagem? Pelo que me consta, tirando os animais “comestíveis” (galinha, pato, peru, porco, boi...) e os trabalhadores (cavalo, jegue...), os únicos que já nascem entre os humanos são os gatos e os cachorros. Você vê muitas pessoas criando pássaros, micos, tartarugas, peixes, coelhos... até cobras. Mas eles são tirados da Natureza, ou comprados nos “cativeiros”. Isso quer dizer: eles foram “acostumados” a conviver com o ser humano. Já os gatos e os cachorros não precisam disto, eles já nascem acostumados. Eles já conhecem esta espécime predatória, destruidora e maquiavélica, que é o ser humano. Talvez seja a única hora em que nós “despertamos” o nosso lado animal, seja esta: quando nos aproximamos dos nossos bichinhos de estimação, com amor. Eu falo “com amor”, porque tem muita gente que cria os animais só para alguma utilidade. Os cães para protegerem a casa e os gatos para livrem a casa dos ratos. Não dão nenhum outro tipo de atenção aos seus “fieis escudeiros”. Depois dizem que "gostam" de animais.
A.J. Cardiais imagem: A.J. Cardiais
|
Poeta
|
|
Os animais têm alma, ou alguma coisa assim? Eu acho que devem ter... Vou contar o porquê da pergunta: nós criávamos um gato chamado Pepe, que era muito “safado”. Conseguiu conquistar todo mundo e tornou-se um gato muito especial. Imaginem que ele dormia conosco. Não tinha jeito de fazê-lo dormir em outro lugar. Uma semana antes de ele morrer, eu sonhei com este fato acontecendo. Pois bem, Pepe morreu envenenado. E o meu neto, o mesmo que nos trouxe Pepe, no mesmo dia trouxe outro “gato”... Depois eu vi que era gata.
Eu sempre ouvi falar que os gatos são apegados ao lar e não ao dono. Quando alguém se mudava o gato ficava, não ia com o dono. Se isso é verdade eu não sei. Foi esta lenda (?) que chamou a minha atenção: a gata, quando chegou para a nossa casa, já estava um pouco grandinha. Um detalhe: o meu neto mora conosco. Justamente no dia que ele trouxe a gata, a mãe dele veio visitá-lo. Ela chegou bem na hora que minha mulher estava reclamando, porque a gata tinha sujado a casa toda. Como a mãe do meu neto não gosta de animais, ela fez o meu neto devolver a gata. Ele foi, chorando, devolver. A minha esposa estava tão aborrecida, que nem pediu que deixasse a gata.
Choveu quase a noite toda... De manhã, eu acordei escutando um miado... Como eu estava acostumado com Pepe, fiquei procurando de onde vinha... Quando eu abri a porta, a gata entrou correndo. Aí todo mundo ficou achando que o meu neto não tinha levado a gata para a antiga dona. Mas ficou comprovado que ele levou. Agora eu pergunto: como esta gata acostumou-se com nossa casa, em poucas horas? E lá, onde a gata morava, tinha outros gatos. Tem também a questão de uma casa não ser tão perto da outra. Será que foi a “alma” de Pepe, que “encarnou” na gata? Ela só quer dormir na nossa cama.
A.J. Cardiais imagem: google
|
Poeta
|
|