Poemas de naturaleza :  Ao florir a amendoeira- tradução

Nubes oscuras,

Cargadas

Sombrean el horizonte.

Escurren lágrimas,

Pesadas

Por los edificios de gastados ladrillos…

Al fondo de las aceras

Crecen charcos negros

Sucios por la basura de los hombres.

A l oirse los estruendos, se cierran las vidrieras.

Entre paredes,

Se resguardan los deseos y crecen

Secretos.

Serenamente,

Me entrego a los brazos del silencio.

Allá afuera.

La lluvia arranca el frágil tallo de la flor blanca

Del Almendro.

Traducción Gustavo Arturo Restrepo





"Nuvens escuras,

carregadas

sombreiam o horizonte.

Escorrem lágrimas,

pesadas

Pelos prédios de azulejos gastos…

Ao fundo das calçadas

crescem poças negras

sujas pelo lixo dos homens.

Aos estrondos, cerram-se vidraças.

Entre paredes,

resguardam-se os desejos e crescem os segredos.

Serenamente,

entrego-me aos braços do silêncio.

Lá fora,

a chuva arranca do frágil caule a branca flor da amendoeira"
Poeta

Poemas de amor :  Como dizer-te

Como dizer-te,
sem que o saibas
Que se mo pedisses
dar-te-ia um universo.
Como manter longe de ti
este segredo, tolamente desvendado,
em cada olhar,
em cada gesto.
Como esconder até morrer,
esta chama ardendo no meu peito
Quando te vejo.
Como matar este vil desejo
sem que te toque
sem que te tenha.


MRLEAL – 31.01.12
Poeta

Poemas de naturaleza :  Ao florir a amendoeira


Nuvens escuras, carregadas,
Sombreiam o horizonte.
Escorrem lágrimas,
pesadas
Pelos prédios de azulejos gastos…
Ao fundo das calçadas
crescem negras poças
sujas com o lixo dos homens.
Estrondos, cerram-se vidraças.
Entre paredes,
resguardam-se os desejos e crescem os segredos.
Serenamente, entrego-me aos braços do silêncio.
Lá fora,
a chuva arranca do frágil caule
A branca flor da amendoeira.



Poeta

Poemas :  Inércia fatal

Mas que prazer nada fazer

Apenas ser, sem pensar

Estar ao sol, se ele vier,

Senão, paciência,

Terei que esperar…



Mas que prazer nada fazer

Nem sequer me preocupar

Faça eu o que fizer

Tudo gira sem parar...



Mas que prazer nada fazer

nem sofrer ou ansiar.

Quando o meu tempo se esgotar

que leia isto, quem quiser...

Poeta

Poemas :  me callo
Me callo

Delante del espectáculo doloroso de este mundo.

No por motivos sublimes,

Solamente por tristeza.

Me callo

Delante del continuo fluir de la Naturaleza,

Que sea sí, por su belleza

Merece mi mudo aplaudir.

Pero, a pesar de esta bendición o quizás por ella,

La melancolía de otros horizontes despunta…y insiste en surgir

Qué hacer con este nudo en la garganta,

Profundo,

El terrible despertar de un monstruo que me va a devorar

Me callo

Cuando veo el mar

Para oír las mareas ir y venir

Me callo,

Para oír el silencio,

Me callo

Para sentir.



(Traduccion de Gustavo Arturo Restrepo do poema "Calo-me" de Maria do Rosário Leal)
Poeta