Poemas de religíon :  Nuestro universo
En la noche eternizada
por la tiniebla más plena,
Dios Supremo bajo el lema
de dar la vida sagrada
sembró el amor en la nada
que regó con brillo terso
en las estrellas inmerso
dando paso a luz y cielo,
cumpliendo el bendito anhelo
de crear nuestro universo.

Autor: Lic. Gonzalo Ramos Aranda
Ciudad de México, a 27 de marzo del 2024
Reg. SEP Indautor No. (en trámite)
Poeta

Poemas :  UN PENSAMIENTO QUE TIEMBLA
UN PENSAMIENTO QUE TIEMBLA
Autor: Derek Walcott
Santa Lucia 1930-2017


Poeta y dramaturgo antillano nacido Castries, Isla de Santa Lucía.
Es autor de una vasta obra poética representada en gran parte por "Colección de poemas 1948-1984", "Testamento de Arkansas 1987 y "Omeros" en 1990.
Obtuvo becas de la Fundación Rockefeller en 1957, Eugene O'Neill en 1969 y Fundación MacArthur en 1981. Es Premio Nobel de Literatura 1992
Esta es versión de Vicente Araguas. Huerga y Fierro Editores.

Referencias interesantes son:

https://es.wikipedia.org/wiki/Derek_Walcott
https://www.youtube.com/watch?v=jO95GAVkRZ8

Un pensamiento que tiembla...

Un pensamiento que tiembla, no mayor que un reyezuelo
herido, se hincha al pulso de mi alma redondeada,
punza mientras su arañazo señala semejante a un montón de porquería,
alas ovales sonando monótonamente como un corazón apanelado.
Me das pena, reyezuelo; más de la que tú das al gusano
He visto ese pico sin piedad golpeando suave al gusano
como una aguja de calcetar a la lana, el temblor que das
tragando ese flácido fideo, su meneo de consumación
semejante al de una semilla tragada por la raja de una tumba,
después tu guiño de rectitud ante la religión de un reyezuelo;
pero si murieses en mi mano, ese pico sería la aguja
en la que el mundo negro siguió girando en silencio,
tu música tan medida en surcos como lo era la de mi pluma.
Sigue picando en esta vena y verás lo que pasa:
las madejas rojas se partirán en dos como lo hace la calceta.
Se acanala en mi palma, como el latido, baqueteando para irse,
como si compartiera el conocimiento de un reyezuelo en otra parte,
más allá del mundo anillado en su ojo, estación y zona,
en el iris radial, la mirada fija, apuntada, apuntando.
Poeta

Poemas de naturaleza :  Monturo
Transbordantemente em versos
eu faço um apelo:
seguindo com esse desmazelo,
nós vamos acabar com o mundo.

Eu também não me chamo Raimundo,*
mas para o Drummond* eu apelo,
com esse poema singelo
e um sentimento profundo.

Vou rimando passo a passo
e no compasso:
escorrego num desmatamento...
Vejam o tom violento
com que o fogo destrói
a vegetação...

Como isso dói...
Ver seres vivos sendo destruídos
pelo fogo.
Nos, que ficamos comovidos,
procuremos alertar os distraídos:

Por baixo desse monte de lixo,
estão nossas vidas.
Ou damos um basta nesta violência,
ou vamos acabar pedindo clemência:

Perdoai-nos, ó Mãe Natureza...
Depois de tanta beleza,
o que deixamos para o futuro
são carros, jóias, mansões... Monturos.

A.J. Cardiais
13.07.2009

* Carlos Drummond de Andrade
Em: Poema de Sete Faces
Poeta

Poemas :  Assistindo e escrevendo
Não adianta eu ficar parado,
porque minha mente não para...
Ela tem uma tara
por ficar girando.

Minha cabeça é um mundo.
Por isso sou vagabundo:
porque vivo a girar.

Procuro me orientar
pelas constelações dos poetas.
Mas elas não estão completas.
Faltam algumas estrelas,
que preferem ficar encobertas.

Não adianta mentir, espelho meu...
O poema é seu,
ou estou pirado.
Não, não estou assustado...
Só estou assistindo
e escrevendo.

A.J. Cardiais
17.01.2017
Poeta

Poemas :  No tengo paz ni puedo hacer la guerra...
NO TENGO PAZ NI PUEDO HACER LA GUERRA...
Autor: Francesco Petrarca
Italia 1304-1374.
Fue coronado como poeta en el Capitolio de Roma en el año de 1342 y posteriormente protegido por el arzobispo Visconti. Ësta es Versión de Julián del Valle.
Referencias útiles son...

https://es.wikipedia.org/wiki/Petrarca
https://www.youtube.com/watch?v=WWYul1XVdno


No tengo paz ni puedo hacer la guerra...

No tengo paz ni puedo hacer la guerra;
temo y espero, y del ardor al hielo paso,
y vuelo para el cielo, bajo a la tierra,
nada aprieto, y a todo el mundo abrazo.

Prisión que no se cierra ni des-cierra,
No me detiene ni suelta el duro lazo;
entre libre y sumisa el alma errante,
no es vivo ni muerto el cuerpo lacio.

Veo sin ojos, grito en vano;
sueño morir y ayuda imploro;
a mí me odio y a otros después amo.

Me alimenta el dolor y llorando reí;
La muerte y la vida al fin deploro:
En este estado estoy, mujer, por tí.
Poeta

Poemas :  A derrota em calmaria
Sinto o efeito das pressas
nas pessoas:
Velozes, consomem tudo.
Ferozes, destroem o mundo.

Foi-se o tempo em que
havia calmaria...
Ninguém para pra ler.
Ocupar o tempo,
lucrando alguma coisa,
é um dever.

Dizem que "tempo é dinheiro".
Eles querem todos ocupados,
o tempo inteiro,
para ganharem alguns trocados.

Então ficamos sem tempo
para cuidarmos dos nossos "quadrados".
É justamente por falta de tempo
que seremos derrotados.

A.J. Cardiais
01.02.2010
Poeta

Poemas :  Estudo inverso
Não sei se tudo
que faço,
que acho
e que penso,
pode melhorar meu mundo.

Não sei se quando
fico mudo,
alimento o bom senso.

Não sei se tudo
que assisto,
que insisto
e que resisto,
pode ser encarado
como estudo.

A.J. Cardiais
03.03.2016
Poeta

Textos :  Do tempo profano ao tempo sagrado. O caminho.
Do tempo profano ao tempo sagrado.
O caminho.


O indivíduo é o microcosmo ao lado do macrocosmo. Nele confinem poder criador, liberdade e espontaneidade e, assim, se torna um sujeito substancial com individualidade única e independente. Um mundo real em miniatura!. Mas porém como a multiplicidade das forças no macrocosmo é reduzida à unidade pela idéia única do Todo, assim também, acima da individualidade do particular, está a idéia do seu eu melhor, a fim de a vida, dispersa no espaço e no tempo, não desvanecer-se no acaso, no azar, no absurdo e no capricho. Deste modo o homem se alça sobre o mundo e a sua matéria e é levado agora pela primeira, vez a concentrar-se em si mesmo.

Caminhamos para nos reinventar, para nos dar outras identidades, outras possibilidades.
Acima de tudo, ao nosso papel social. Na vida diária tudo está associado a função, uma profissão, um discurso, uma postura…

Mas a natureza mesma desse campo de possibilidades é ditada, até certos limites, pelo mundo em que estou inserto e no qual constituo minha essência, de forma que minha essência depende das minhas escolhas, isto é, eu sou aquilo que escolhi ser, dentro do campo de possibilidades que estava ao meu alcance, a qual se pode conceituar, grosso modo, como um conjunto humano em “ação” num determinado espaço e tempo.

Mas exatamente este momento temporal acarreta dificuldades e estas, vacilações. Ora, admite-se uma criação eterna, mas no concernente apenas ao ato de vontade, ao passo que a-/sua realização se dá no tempo (Clemente). Ora, não é somente o ato de vontade, mas é o mundo, em si mesmo, eterno no sentido que, sem cessar, se realizam novos mundos, a se sucederem de eternidade para eternidade (OrígeNes).

Apesar de um mundo baseado na economia, pelos valores modernos, existem outros mundos paralelos que levam a dimensão do ser humano às suas raízes, à sua essência, esse mundo tem sido ignorado, escamoteado.
As experiências são concebidas como coisas inalienáveis e tidas privadamente — ninguém mais pode ter minha dor, senão, no melhor das hipóteses, apenas uma dor que é qualitativamente, mas não numericamente, idêntica à minha. Elas são também concebidas como coisas epistemicamente privadas — apenas eu realmente sei que aquilo que tenho é uma dor; outros podem, no melhor das hipóteses, apenas achar ou suspeitar que tenho uma dor.

Perguntarmos se a vida tem sentido quando a vida parece correr-nos mal não é necessariamente levantar uma questão filosófica: pode ser uma maneira de exprimir a nossa frustração temporária. Mal as coisas recomecem a correr-nos melhor, a interrogação eventualmente desaparecerá.
A fé é a expressão máxima da liberdade humana, sendo o único caminho que leva à certeza existencial e à transcendência do ser.
Uma imagem mental ou representação não pode satisfazer esta exigência. Não é possível perceber uma imagem mental (mas apenas tê-la). Tampouco se a pode assentar na realidade externa para se fazer uma equiparação boa ou má. É possível dizer-se que as cortinas são da cor que se imaginou, mas não por comparar-se uma imagem mental (uma coisa que logicamente não se pode ver) com as cortinas visíveis.

O realismo ingénuo, que é frequente entre pessoas pouco informadas, segundo este ponto de vista, o mundo é sempre exactamente como aparece.
Reconhecemos a existência do mundo real e afirmamos que a sua existência não depende de um observador. Ao mesmo tempo, reconhecemos a contribuição do próprio observador para o processo da percepção.

A visão que o observador tem do mundo é necessariamente imprecisa, porque o sistema sensorial do observador limita a informação disponível ao mesmo tempo que aumenta essa informação.
A consagração ou a sacralização da matéria, a passagem do tempo profano ao tempo sagrado como diria Mirc Eliad, que fala do tempo profano e do tempo sagrado, essa sacralização do lado existencial.

O tempo que vivemos é o tempo consumista, que consome o homem e onde parece que a única saída é a morte. Há um tabu relacionado com a morte, vivemos numa correria e esquecemo-nos que há outros valores fundamentais à existência, e muitas vezes caímos naquilo que já no início do séc. XX era o Nihilismo e Existencialismo, só que hoje está muito ligado a toda a esfera económica do consumismo, e as pessoas viverem para cada vez terem mais coisas.
O facto de sermos ricos e estarmos a ficar mais ricos não aumentou a nossa felicidade.
Por essa razão, muitas pessoas estão a trocar a satisfação obtida com os confortos materiais pela satisfação obtida com o envolvimento em actividades com sentido.

O homem é um ser cuja essência está ligada e depende diretamente da potencialidade que é o indivíduo, ou seja, o homem, a cada instante de sua existência, pode agir e comportar-se das mais diversas formas.
Mas sentir dor ou alegria e não o demonstrar não é ocultar alguma coisa. Alguém oculta seus sentimentos quando deliberadamente os suprime (tal como alguém oculta seus pensamentos guardando seu diário preso a sete chaves, e não meramente pensando e não revelando seus pensamentos).

Quando alguém exterioriza uma dor de cabeça, quando expressa um prazer, ou quando diz aquilo que pensa, não pode ser dito que os correspondentes enunciados são meras palavras e que o interno ainda está oculto. Falar do interno é uma metáfora. Deve-se tomar cuidado ao procurar um interior por detrás daquilo que nesta metáfora é o interior.
É errôneo pensar-se que saibamos como as coisas são conosco internamente pela faculdade de “introspecção”. Antes, podemos dizer aquilo que sentimos tal como podemos dizer como as coisas nos causam impacto perceptivelmente, dizer aquilo que pretendemos, imaginamos ou pensamos.

Assim, certo está que nossas ações e escolhas, mormente na medida em que consubstanciam a essência do ser, são influenciadas ou ligeiramente condicionadas, além de estarem contidas em um campo de possibilidades que a elas está, também, relacionado. O valor é uma propriedade relacional: só os agentes cognitivos são capazes de valorar. E o universo não é um agente cognitivo.

A expressão articulada do interno não é como a manifestação de autoconhecimento, mas é verdade que uma rica vida interna é uma prerrogativa de falantes de uma língua.
A racionalidade pode permitir-nos determinar os meios adequados à prossecução das nossas finalidades últimas sem que estas sejam, em si mesmas, racionais ou irracionais.

Assim, o mental é essencialmente privado, conhecido strictu sensu apenas pelo seu portador, e o privado e subjetivo é mais bem conhecido do que o público.
Como dissimulação e fingimento são sempre logicamente possíveis, não se pode nunca se estar certo de que outra pessoa esteja realmente tendo a experiência que ela pelo seu comportamento parece estar tendo.

Nomeadamente, indagando antes não se eu posso saber das experiências dos outros, mas sim se posso saber de minhas próprias; não se posso entender a “linguagem privada” de outra pessoa em uma tentativa de comunicação, mas sim se posso entender minha própria suposta linguagem privada.

Tratam-se, portanto, de abstrações da inteligência, reduzidos à materialidade das palavras. Apenas os nomes são universais, as coisas nomeadas são sempre singulares.
As previsões coletivas são sempre previsões de possibilidades, porque por exemplo, na linguagem da física quântica tudo é uma possibilidade, está sempre tudo em aberto, depende de nós e da maneira de olharmos para as coisas, nós é que vamos determinar o campo da experiência.

Ademais, minhas escolhas nunca são puramente livres, porque todo ato volitivo é sempre influenciado, com maior ou menor grau, pelo mundo em que estou inserto e no qual me determino. Mas exatamente a idéia é o verdadeiramente indivisível e eterno; e isto abre pela primeira vez o caminho ao pensamento que a nossa verdadeira individualidade, na terra, só se nos realiza no nosso próprio eu.

Conclui-se que ninguém mais poderia estar no mesmo estado cognitivo que ela está e deixar de ver que a situação exige aquela determinada ação. Se alguém não consegue ver que há uma boa razão para agir de uma determinada maneira, isso só pode ser porque sua concepção é apreciavelmente diferente da dela.
Contudo, certamente, as condutas de intolerância devem ser combatidas e contidas, pois afrontam, sobretudo, a pluralidade da sociedade, algo de extrema importância, que deve ser defendido.
Poeta

Poemas sociales :  Difícil solução
O mundo chegou a uma condição
difícil de solucionar.
Criaram tanta poluição,
que nos impede de enxergar
o caminho da salvação.

Fabricam tanto bagulho,
afim de "facilitar a vida",
que acabam complicando mais:
o que fazemos com tanto entulho?

As coisas mal são fabricadas,
logo estão "superadas".
E por isso são trocadas
para exibir à Sociedade,
como um marco da prosperidade.

Portanto,
nenhum bem pode durar,
pois os homens precisam prosperar.
E sinônimo de prosperidade,
é poluir a vida
com "superficialidades".

A.J. Cardiais
21.03.2017
Poeta

Sonetos :  Sonho de valsa
Não "construí" minha identidade...
Aliás não tive como fazer isso,
porque sempre me doei à vida:
Nunca me guardei.

Então não tenho material
para examinar-me.
Sou o que sou,
sem preocupações externas.

Meus olhos são como pernas:
me levam pelo mundo...
Por isso sou um vagabundo.

Vivo no mundo dos sonhos,
pouco me importando se são de valsa,
ou pesadelos medonhos.

A.J. Cardiais
14.08.2017
*Obs: "sonho de valsa" é a marca de um bombom
Poeta