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A minha felicidade é louca, porque minha necessidade é pouca. Minha felicidade agride a Sociedade, porque na verdade, não seguimos na mesma direção, nem rezamos a mesma oração:
A Sociedade quer o muito. Eu só quero o necessário. Ela só valoriza o astuto, e me chama de otário.
Tem mais outra temática que nos diferencia: ela vê a vida como matemática, eu vejo como poesia.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Sou um velho hippie perdido no meio desta sociedade tecnológica, que tem a lógica cheia de técnica, mas nenhum amor.
Eu ainda dou valor às coisas que não valem nada, para esta sociedade estressada, à qual só vale o que se pode vender.
Quem quer comprar essa brisa, que me alisa agora? Quem quer comprar o sorriso da Monalisa, quando me namora?
Amor comprado, não é amor... Amizade interessada, não é amizade. Dinheiro suado fede, e vive cheio de bactérias... E por causa de dinheiro, tem gente que faz misérias.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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A minha necessidade é pouca. Mas minha felicidade é louca, porque não agrada a Sociedade. Na verdade, na verdade, não seguimos a mesma direção, nem rezamos a mesma oração.
A Sociedade quer "o muito", eu só quero o necessário... Eles gostam dos "astutos" mas, para eles, sou um otário.
E tem coisa mais emblemática que nos diferencia: Eles só colhem matemática, eu só planto poesia.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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O advogado que defende bandido perigoso, deveria ganhar o repúdio da sociedade. Não importa que seja a profissão dele defender o seu cliente. Mas ele, como ser humano, (será que é?) tem consciência do perigo que é deixar à solta certos indivíduos.
Quando ele briga na Justiça para libertar o cliente dele, está brigando contra a sociedade. Afinal ele está querendo libertar alguém, que é nocivo à população.
Todos os advogados que são chamados para defender esses bandidos, são considerados bons. Então, se eles são bons advogados, não estão passando fome, para justificar tal atitude. Mas o orgulho em defender, em vencer, é bem maior... Então ele vai pelo desafio ou pela ambição mesmo.
Será que algum advogado se arrepende de ter libertado algum bandido perigoso? Não, eu acho que não... Se fosse para se arrepender, ele não defenderia o bandido.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Nós precisamos aprender que ninguém é obrigado a gostar da nossa arte. Tudo é uma questão de “identidade”. Como disse Mario Quintana: “Quando não gostamos, é porque não é da nossa família”. Então já partimos para uma coisa mais profunda. Mas a verdade é que nós precisamos nos educar para receber os nãos da vida. Tem tanto exemplo de pessoas que venceram, apesar de terem recebido muitos nãos.
Muitas vezes, elogiar uma arte sem ter gostado, é mais prejudicial do que falar a verdade ou não dizer nada. Isso ilude o artista. Faz com que ele pense que está agradando, quando na verdade ele não está. Essa questão da educação,”por educação”, só induz ao erro. Principalmente em se tratando de arte. A pessoa pode gostar de uns “ferros retorcidos”, sem saber porquê gostou, sem entender patavinas sobre escultura. Pode ficar atraída por alguns “rabiscos” em um quadro, sem entender nada sobre pintura. Pode gostar das performances do balé, pode gostar de musica “de vanguarda”... sei lá! Pode gostar de um monte de coisas sem que, para isto, precise ter algum conhecimento básico. Este conhecimento adquire-se com o tempo, com um envolvimento maior (ou não). É lógico que eu gosto quando alguém elogia o que eu escrevo. Mas fico preocupado em saber até onde vai a sinceridade daquele elogio. Às vezes alguém elogia você, esperando uma retribuição. A gente vê muito disso na Sociedade: Os “educados” se elogiam, se beijam, se abraçam e sorriem. Tudo isso com um perfume de falsidade. No meio literário a gente sente esse “perfume” de longe... Eu, como o meu perfume é só o do sabonete, fico me lavando toda hora, pra não ficar “fedendo” no meio dos perfumados.
Mas a verdade é esta: Precisamos de SINCERIDADE em todos os meios. Deixem para elogiar se realmente se sentirem “impulsionados” a fazerem isto. Caso contrario, fiquem calados. Deixem que cada um se exponha e gaste suas energias como achar melhor. Eu gasto a minha aqui, fingindo que escrevo. Faz um bem... E não precisa “elogios”.
A. J. Cardiais
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Poeta
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A minha necessidade é pouca e minha felicidade é louca...
Ela agride a Sociedade porque, na verdade, não seguimos a mesma direção, nem rezamos a mesma oração.
Eles querem muito, eu só quero o necessário... Eles são os astutos, eu sou o otário.
Esta é a “problemática” que nos diferencia: eles vivem para a matemática, e eu vivo para a poesia.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Á margem da sociedade Oiço uma caixa de sonhos Tocando para a saudade De outros tempos, risonhos
Por força do destino Pousado em ombro idoso O teu velho violino Solta um som harmonioso
Solta um som Para tão duros corações Como a calçada que o rodeia Porque a vida é de opções Com que cada um se enleia
Solta um som Por entre uma cidade Que se cruza em corrida Sem dó nem piedade Louca e desprendida .
E assim se desune A nossa raça Que consegue e passa Imune Sim imune A essas notas que entoam Como musica sofrida De solidão, de tristeza E voam… Em abandono de vida.
tavico
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Poeta
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