Poemas :  A voz do coração
A voz do coração
Quando meu coração disse sim,
eu fiquei indeciso, não obedeci.
Segui a razão...
Com medo de ouvir um não,
então eu disse: não!

Quando meu coração disse não,
eu duvidei, não acreditei.
Escutei a razão...
E pensando que ouviria um sim,
eu disse: sim!

Então eu ouvi um NÃO!
Que até hoje ecoa
em minha solidão.

A.J. Cardiais
13.12.1981
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Poeta

Sonetos :  Capa de poeta
Capa de poeta
A minha capa de poeta
não me protege
do frio do medo...
Antes, revela meu segredo.

A minha capa não me cobre...
Antes, não quer que eu me dobre
a certas situações da vida.
A minha capa é indefinida:

Não é capa, é cruz.
Não é sombra, é luz.
Não é nada e sendo...

E, em cima ou
embaixo da capa,
eu vou vivendo.

A.J. Cardiais
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Poeta

Poemas :  Jogo literário
Jogo literário
Os poetas estão por aí,
procurando sair
deste mundo falso...

Os poetas estão dando salto,
tentando pegar
na borda da vida.

Ser poeta não tem saída:
é uma bola dividida.
Ou você chuta, sem medo
de perder o pé,
ou você será só mais um
jogador qualquer
neste jogo literário.

A.J. Cardiais
16.12.2014
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Poeta

Poemas :  Remoendo esse amor
Remoendo esse amor
Fico a remoer este amor
com medo de ser,
com medo de não ser...
Fico a ti querer
como se quisesse uma lua.

Sei que existem naves e foguetes
que poderão levar-me a ti.
Mas temo em pedir carona.

Esta distância entre nós é tão curta
como a luz dos astros.
O que nos separa e nos distancia,
é o pensamento.

A.J. Cardiais
07.01.1990
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Poeta

Poemas de reflexíon :  Morte: sorte e azar
Morte: sorte e azar
Não tenho medo da morte,
mas tenho medo de como ela virá.
Se ela vier sem eu esperar,
estarei com sorte.

Mas se ela me avisar,
e começar a me assustar,
estarei com azar.

A.J. Cardiais
02/10/2012
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Poeta

Sonetos :  Soneto do medo
Soneto do medo
Por que não confessar
que sinto medo?
Por que guardar
este segredo?

Para que inventar
um novo enredo?
Sinto medo, sim!
O medo não é o fim.

O medo pode até ser
somente uma forma
de se proteger.

Mas não existe norma.
E quem sente medo,
nunca se conforma.

A.J. Cardiais
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Poeta

Sonetos :  Tecendo em Verso ou Prosa
Tecendo em Verso ou Prosa
Escrevo em cima do medo,
embaixo da dor,
contando segredo
ou morrendo de amor...

Descrevo a aurora delicada,
o alvorecer cor de rosa,
a mulher apaixonada,
a mocinha fogosa...

Escrevo, com espinho,
o valor da rosa
e de um carinho.

E a rima formosa
vai tecendo o caminho
em verso ou em prosa.

AJ Cardiais

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Poeta

Poemas sociales :  Violência
Violência
...E você passa
pela rua
sem graça...

O desemprego,
o medo lhe abraça
e você segue
vivendo na raça...

Tem de correr
e se esquivar,
pra não morrer,
pra não matar...

É a violência
no seu encalço
no seu enlace
no seu roteiro.

A.J. Cardiais
21.03.1984

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Poeta

Poemas de amor :  Fiel às Convicções
Fiel às Convicções
Você me olha com olhos de amor...
Mas os seus atos,
não fazem jus ao olhar.
Você não quer se entregar.

Tem medo que eu a domine
e que ensine
a fórmula do verdadeiro amor.

Você não sabe o que é prazer,
e procura ser
fiel às suas convicções.

Pensa que d,ominar
e ter poder, é amar...
Mas o amor é a entrega
de dois corações.

A.J. Cardiais
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Poeta

Poemas :  Da tribuna do poema
Da tribuna do poema
Eu sou poderoso aqui,
quando escrevo...
Aqui mascaro meu medo,
e anestesio minha dor.

Aqui,
da tribuna do poema,
julgo a vida,
imponho um lema.

Aqui, agora,
eu sou Poeta...
Depois, lá fora,
eu sou pateta.

A.J. Cardiais
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Poeta