|
A poesia não resolve os meus problemas. (já disse isso) Antes, complica muito mais. Não tenho o nome nos jornais, mas dou minha cara pra bater.
Falo por quem não tem o que comer; Falo de políticos marginais; Falo de coisas essenciais, mixando com meu jeito de viver.
Mesmo sabendo que poucos, ou ninguém vai me ler, procuro cumprir meu dever e continuo minha "versalização" em prol ou contra a civilização.
Depende da sua observação.
A.J. Cardiais imagem: google
|
Poeta
|
|
Teus olhos dançam nos meus... A minha boca quer te saborear. O teu perfume vem provocar uma fome difícil de saciar.
O teu corpo é uma grande tentação, nesta busca terrível de prazer. Morte para mim é conhecer, e não viver esta louca paixão.
A.J. Cardiais
|
Poeta
|
|
Ser feliz é estar com alguém que a gente ama, sem passa fome.
A.J. Cardiais
|
Poeta
|
|
Ah, como eu gostaria de escrever só o belo... Porém o meu martelo condena a hipocrisia.
Quando vejo a vida vazia que o povo está levando, acabo não suportando e explodindo na poesia.
Esqueço da velha Academia, esqueço o trato, o contrato... Deixo tudo para depois.
Aqui, neste retrato, o sonho é de feijão com arroz e fome de encher o prato.
A.J. Cardiais
|
Poeta
|
|
Eu sou a esperança
No outro lado do mundo
Onde a fome avança
E mata uma criança
Em cada segundo
Eu sou o choro que se perdeu
Por não ter nada a perder
Sou a alegria que morreu
Quando a miséria cresceu
Como se fosse errado nascer
Eu sou a evolução
Que se prendeu
Por terra abastada
Eu sou... não,
Eu sou o nada
Que não sabe nada,
Apenas o meu nome,
Que não sente nada,
Apenas fome.
Sonhos , não tenho
Nem um só desejo
Sou o que obtenho
Naquilo que vejo
Eu sou a mudança
Num processo natural
Mas a fome avança
E eu sou criança
Não sou animal.
Eu sou o futuro
No outro lado da certeza
Onde é mais escuro
E onde auguro
Conhecer a tristeza
Sim, conhece-la
Porque não a sinto
Outra coisa me apela,
Mais do tê-la,
Neste olhar faminto.
Eu nunca a vi
E serei triste um dia
Quando souber que senti
E que o sorriso abri
Por uma pequena alegria.
É meu o deserto
Onde ninguém vai
Estou em céu aberto
Com o inferno perto
Onde a morte cai
Não me ostentem
A vossa vergonha,
A que não sinto
E a que não sentem
Os que mentem
A quem sonha
Levem-me
Salvem-me
Alimentem-me
Mostrem-me tudo
O que para lá existe
Mas sobretudo
Dêem-me alegria
Para saber estar triste.
tavico
|
Poeta
|
|