Sonetos :  Justiça cega
Ah, como eu gostaria
de escrever só o belo...
Porém o meu martelo
condena a hipocrisia.

Quando vejo a vida vazia
que o povo está levando,
acabo não suportando
e explodindo na poesia.

Esqueço da velha Academia,
esqueço o trato, o contrato...
Deixo tudo para depois.

Aqui, neste retrato,
o sonho é de feijão com arroz
e fome de encher o prato.

A.J. Cardiais
Poeta

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