Sonetos :  Poema sem poesia
Poema sem poesia
Estou num vazio...
Não é do mar,
nem é do rio...
Sou rima somente.

Vou nadando
contra a corrente
e mergulhando
no vazio...

Sou o cio
do silêncio.
Sou a palavra no cio.

Sou o que foi escrito
e agora “está frito”,
porque a poesia partiu.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Convocando a alcateia
A lua me irradia...
Ela não está pedindo
que eu lhe faça poesia.

Ela está pedindo
para eu soltar meu lobo
e sair uivando para ela.

Hoje ela está amarela,
e quer plateia.

A lua convoca a alcateia
para ficar uivando
à sua passagem.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas :  Sensações poéticas
Sensações poéticas
Tudo em mim fervilha poesia.
Tudo em mim centelha poesia:
É o vento que me açoita ou acaricia,
a luz da noite, a luz do dia,
os sons da urbe et orbi.

Tudo em mim cheira poesia:
Roupas nos varais,
Ave Maria,
galos, noites e quintais... (Belchior)

E se for falar onde está a poesia,
eu varo noite, varo dia
e talvez não mostre nada...
Mas sempre existe sua luz
em cada estrada.

A.J. Cardiais
27.12.1996
imagem: google
Poeta

Poemas :  Poeta Viciado
Poeta Viciado
Deixo-me tomar pela poesia,
sem preocupar-me com o terreno
em que estou pisando.
As palavras vão me levando
e os versos me embriagando...

Tomo uma dose de fantasia
para criar coragem
e continuar escrevendo.

Vocês não estão vendo,
mas estou completamente “chapado”.
A poesia está aqui ao meu lado,
me incentivando...

Se alguma coisa der errado,
não culpem este poeta, coitado.
Eu só estou escrevendo
para ficar “viajando”...
Sou um poeta viciado.

AJ Cardiais

imagem: google
Poeta

Poemas surrealistas :  ¡CÁSATE CONMIGO POESÍA!
¡CÁSATE CONMIGO POESÍA!
Poesía que tanto te persigo
Eres brisa cruzando por mis ojos
Y cuando a conseguirte estoy
Leve brizna queda, de todos tus encantos…

Te llevas las perlas de las caracolas
El rubí y el carmesí de los mozos labios rojos
El sol y la noche, de ondeadas cabelleras
Y de la luna el resplandor, de los ojos enamorados.

Misterioso maleficio creo, ha caído sobre mí
He de ver, si lo permites, un viajero nigromante
Para que rompa estas cadenas
Del hechizo cruel, que de ti me aleja.

¡Cásate conmigo poesía!
Como la abeja se casa con la miel
La leña con el fuego, el mar con la sal…
¡Porque yo me muero, si no tengo a quién amar!


Delalma
14/11/2012 09:30:15 p.m
Poeta

Poemas sociales :  Poema Duro
Poema Duro
Não posso ter uma poesia bela,
vendo tanto sofrimento na tela.
Não tenho uma palavra doce
como se a realidade assim fosse...

Tenho um poema duro,
ousado, impuro.
Como ser feliz vendo
tanta infelicidade
vagando pela cidade?

De que me adiantará um nome
se não puder amenizar a fome?
De que serve a “intelectualidade”,
vendo o povo sem dignidade?

AJ Cardiais

imagem: google
Poeta

Poemas :  Maquiando a imagem
Maquiando a imagem
Às vezes maquio a realidade,
para ela não ficar tão feia...
Às vezes preciso aplicar na veia
varias doses de fantasia,
para enxergar a poesia.

Só olho para o céu,
não olho para o chão.
Fico viajando nas nuvens
para não viver a situação.

Tento fugir do asfalto,
embrenhando-me no mato,
mas só encontro devastação...
Então o meu poema nasce
com toda esta poluição.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Apelo a meus desinformados em favor da poesia
Apelo a meus desinformados em favor da poesia
Leiam Manuel Bandeira
leiam Carlos Drummond
leiam Ascenso Ferreira.

Leiam Vinícius de Moraes
Leiam Manoel de Barros
leiam outros e outros mais...

Depois leiam A.J. Cardiais.
Não é nenhum poeta novo.
Ele é um produto
dos Poetas Marginais.

Com uma caneta na mão
atira em qualquer direção
em que estejam os seus rivais.


A.J. Cardiais
imagem: google

Obs. Este título é uma “paródia” ao título do poema de Carlos Drummond:
Apelo a Meus Dessemelhantes em Favor da Paz
Poeta

Poemas :  O vento
O vento
O vento, que é o ar em movimento,
movimentou uma saia rodada...

A você isso não diz nada,
porque você não viu
quando a saia subiu:

Que poesia...
Ela baixava de um lado,
o outro subia...

E o vento,
fazendo arrelia,
pelas frestas vaiava:

U U U U U U U U U U!

E eu, pedindo bis,
aplaudia.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Sin inhibiciones, ni reglas impuestas
En medio del desierto… reposando sobre una duna
Se pierden en la oscuridad de la noche mis pensamientos;
Mis esperanzas se desvanecen, justo cuando un claro de luna
Abre el cielo mostrándome un sentimiento.

Se cuela tras un terciopelo de nubes,
Arropado con la luz de un billón de estrellas,
Sin darme cuenta por mi se trepa y me sube,
Y me lleva a admirar cada una de ellas.

Como agua para el sediento ahora se muestra,
Hace su entrada deslizándose por la arena,
Con cada detalle y con cada paso humedece mi tierra,
Y donde había aridez,ahora florece la hierba.

Tu deseo de aventuras se ha incrementado,
Ya no eres tan rígido ahora tu pensamiento vuela,
Dejas escapar sueños y deseos encerrados,
Poniendo el corazón en la mesa como mayor apuesta.

Se encuentran dos personalidades en la laguna,
El pasado y el presente que se devela
Se funden estas dos fuerzas en una,
Dejando atrás lo que el cometa deja en su estela.


Saltamos los dos hacia una nueva aventura
Que el deseo y la pasión con sigilo nos muestran
Señalan el camino hacia la locura
A una vida sin inhibiciones, ni reglas impuestas

By: Antonio Fuenmayor Sep 2012.
Poeta