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Fragmentos de mim
E as mãos dos sonhos ainda me roçam a pele.
Amparou-me com sua existência, ocupou meus pensamentos por muitas e muitas horas. Realizou sonhos meus e muitos outros me ofereceu. Deu-me sonhos sim, e para realiza-los impregnou-me de vida. Seu amor ensinou-me a não temer a saudade a não fugir dela, fez-me paciente e terna com minhas nostalgias, seu amor ajudou-me a saborear cada fragmento do meu amar. Posso sentir o melhor de você em mim.
Hoje habitam sonhos e saudades nas lágrimas vivas que agora morrem de mim. Aprendi a andar no tempo, idas e voltas há lugares que somente meu pensamento é capaz de alcançar. As horas passam como tem que passar como sempre passaram, e eu? Prossigo sozinha dividindo minha vida com alguém muito mais frágil que eu, alguém que tenho que proteger a todo custo e a todo o momento, alguém de quem depende tudo que sou de onde emana a minha seiva.
Ah! Mas a minha solidão já não é mais a mesma, ela pressente um riso a vagar, sabe que por trás daquelas lágrimas está você e tudo que a tua presença deixou, agora a minha solidão é feita de recordação, cometida de espera e instigada por tão intenso amor. Em muitos dos caminhos em mim, até mesmo desconhecidos por mim, você chegou, deixou marcas vivas que se rebelam exigindo tua presença.
Já me sangram as mãos, de tanto segurar as rédeas desta paixão.
Mas às horas vão devorando os meus sonhos e me vejo só, tendo que por fim em tudo menos em mim.
Enide Santos 14/06/14
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Poeta
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Quando sentir saudade, venha. Não se detenha. Deixe o amor dominar.
Venha... Você é a lenha que eu quero queimar.
Quando sentir saudade, venha logo... Não demore.
O meu corpo é o fogo e nosso amor está em jogo... Então vamos jogar.
A.J. Cardiais 26.10.2009 imagem: google
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Poeta
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Faz de conta que alguém tem que vencer, para não ficar os dois perdidos; para não ficar os dois vencidos.
Se você está bem, então siga o seu caminho... Deixe-me aqui, sozinho, enfrentando minha realidade.
Deixe-me sentir saudade. Não posso ficar como seu amigo, pois corro o perigo de nunca me libertar.
Vá... Vá viver, vá amar... Deixe as lembranças comigo.
A.J. Cardiais
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Poeta
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A saudade do ente querido que não mais existe, é um dardo pontiagudo de penetração atroz que a felicidade nos lança de algum lugar do passado.
Guru Evald
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Poeta
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Você se foi... Agora só resta a mancha de batom num copo, que me faz lembrar seus lábios vivos e macios...
Você se foi e a saudade ficou a tristeza ficou sua imagem ficou aquele beijo ficou...
(suspiros)
Tanta coisa ficou, mas a principal partiu.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Faz de conta que alguém tem que vencer, para não ficar os dois perdidos, para não ficar os dois vencidos...
Se você está bem, então siga o seu caminho... Deixe-me aqui, sozinho, enfrentando minha realidade.
Deixe-me sentir saudade. Não posso ficar como seu amigo pois corro o perigo
De nunca me libertar. Vá... Vá viver, vá amar... Deixe as lembranças comigo.
A. J. Cardiais
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Poeta
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Porquê? só a morte de um amigo Nos confunde em marés de emoções Emolduradas com tantas e tantas questões Numa partilha de tamanho castigo
Numa impotência que nos condena Nuns olhares de palavras mudas Num apaziguar de bocas linguarudas Ao pesar aquilo que não vale a pena.
Numa raiva onde desmoronamos Numa vida demais injusta e atroz Em lágrimas que nos abafam a voz Numa verdade em que não acreditamos.
É essa a verdade que se atrasa E nos encontra talvez mais tarde Quando nos aperta a saudade E por uns momentos nos arrasa.
É com muito amor que as evito Esta verdade e a saudade em mim A vida de um amigo teve um fim Mas em minha alma o ressuscito.
Tenho-te bem vivo na memória E o prazer de rever cada passagem Com o mundo ouvinte da história Que conto em tua homenagem.
tavico
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Poeta
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Você se foi... Agora só resta a mancha de batom num copo, que me faz lembrar seus lábios vivos e macios...
Você se foi e a saudade ficou, a tristeza ficou, a sua imagem ficou aquele beijo ficou...
(suspiros)
Tanta coisa ficou mas a principal partiu.
A.J. Cardiais 12.07.1989
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Poeta
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Vento que passa como música Folhas secas a bailar Sem destino voam lúcidas Sem lugar pra descansar;
Neves emprestam um branco Forram os canteiros de gelo Tais como um sorriso brando Perdem-se em minutos de desejo;
Folhas desbotadas pelo chão Retrato da primavera esquecida Chuva fina de verão Refrescam a cidade adormecida;
As luzes se apagam nas praças Ofusca a beleza do encontro Meninos chutando lata Pensamentos em meio aos escombros;
À tardinha invade a tristeza Deixando a saudade para o dia que vem Monótonas ruas de terra Trás a lembrança o rosto de alguém;
A noite cai vestida de medo Escurece o caminho da estrada Faz acender no corpo o desejo E trás a fisionomia do semblante da amada.
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Poeta
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O encanto acabou-se Acabou-se o encanto Acabou a farinha A manteiga e o sossego Acabou-se! Mesmo que por enquanto.
Acabou o que chamo de desejar O que chamo pelo nome E nem nome tem E mesmo se tivesse Não o chamaria Mesmo que por engano.
Acabou-se o pão, o sabão e a razão... Acabou que bom Acabou-se tudo Nem tudo se acabou Acabou o que chamo de expirar Só não acabou O encanto que ficou por vir.
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Poeta
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