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No cúmulo, o destino
jogou-te num inferno
de mundo...
E tua beleza assanhou-se
com o desespero de vida.
A tua face lisa,
tornou-se pedra
e em prantos
derramou o teu sorriso
de asco...
Lutar...
Lutar é tua vingança.
Brigas, fome, misérias...
Enfrentastes tudo,
numa guerra desumana
de quem ama
a vida pela vida.
E a tua vida
é a mais importante.
A.J. Cardiais
07.05.1982
imagem: google
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Poeta
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LA HISTORIA DE LA VERDAD
___Wystan Hugh Auden ( Inglaterra )
1907-1973.
Esta es versión de Eduardo Iriarte.
En ¨Canción de cuna y otros poemas¨.
La historia de la verdad
En aquellos tiempos en que ser era creer,
la Verdad era el súmmum de muchos creíbles,
más previa, más perpetua, que un león con alas de murciélago,
un perro con cola de pez o un pez con cabeza de águila,
en absoluto como los mortales, en tela de juicio por sus muertes.
La Verdad era su modelo mientras se afanaban en construir
un mundo de objetos perdurables en los que creer,
sin creer que la loza de barro y la leyenda,
el pórtico y la canción, eran veraces o embusteros:
la Verdad ya existía para ser cierta.
Esto ahora que, práctica como los platos de cartón,
la Verdad es convertible en kilovatios,
lo último por lo que nos regimos es un antimodelo,
alguna falsedad que cualquiera puede desmentir,
una nada en cuya existencia nadie tiene por qué creer.
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Poeta
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Em algum lugar do mundo
tem alguém olhado
o céu, que nem eu.
Em algum lugar do mundo
tem alguém cochilando,
olhando o céu...
Você me diz
que a ciência explica
e que tudo se justifica.
Até a rima pobre ou rica
é uma questão de lógica.
“Mas acontece que eu
não sei viver sem você”...
Baixou Roberto,*
em meu pensamento.
Me perdi na madrugada...
Onde era que eu estava,
antes do Roberto
invadir meu momento?
Ah, perdi o poema...
Foi-se como um vento.
A.J. Cardiais
imagem: google
* Roberto Carlos, em Desabafo
https://www.youtube.com/watch?v=yEyaoVPhXB8
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Poeta
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Quando o destino resolveu
revelar-me para o mundo,
foi que viram o vagabundo
que a poesia acolheu.
A.J. Cardiais
imagem: google
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Poeta
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Estou sempre procurando
defender a Natureza,
em minha poesia.
Não estou me importando
se ela está vazia:
de ética, de estética,
de poética, de "bostética"...
Estou alertando,
estou denunciando,
estou brigando,
para que no futuro
tenhamos um mundo melhor...
Um mundo sem dor.
Só estou pedindo,
para plantarmos amor,
em volta da Terra;
Para não vivermos mais
nesse clima de guerra;
Para fazermos um mundo
de paz.
A.J. Cardiais
imagem: google
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Poeta
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Eu não tenho praia...
Gente da minha laia,
rima em qualquer lugar.
Meu poema quer navegar...
Singrar este mundo diverso.
E, quando eu voltar,
(réu confesso)
contar meus pecados
em versos.
A.J. Cardiais
imagem: google
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Poeta
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O dinheiro é bom, meu senhor,
mas precisamos "baixar sua bola".
O mundo é regido pelo dólar,
quando deveria ser pelo amor.
Por causa do dinheiro
estão destruindo o mundo.
Os gananciosos
estão destruindo tudo
que Deus construiu.
Estão aterrando mares,
barrando os rios,
destruindo florestas
e reflorestando desertos.
Os homens se acham espertos,
mas com tanta ambição
estão empreendendo
a nossa destruição.
A.J. Cardiais
imagem: google
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Poeta
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Enfeito minha vida com poesia,
para enfrentar esta realidade
dura e fria.
A realidade não tem
pena de ninguém.
Vai passando
(junto com o tempo)
e modificando
a vida de todo mundo...
Deixo minha vida enfeitada,
porque quando a realidade vem,
não entende nada...
Ela não sabe se está
entrando no sonho,
ou se é o sonho
que está dentro dela...
Então ela fica apavorada,
porque na verdade,
a realidade
não gosta de sonhos.
A.J. Cardiais
imagem: google
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Poeta
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CONFORMIDAD
___J.A.Soffía.
Poeta de Chile.
Autor del Canto Aconcagua, La Epopeya del León y otros muchos, odas, idilios, elegías, epitalamios.
CONFORMIDAD
(soneto)
Por encontrar la dicha, que en el suelo
tal como la soñó nadie ha encontrado,
lucha el hombre en el mundo exasperado
y empeña y gasta su incesante anhelo.
Si algo logra alcanzar tras su desvelo,
es hacerse a su vez más desgraciado,
matar la fe, vivir desengañado,
y de inclemencia apostrofar al cielo.
¿Y qué es lo que pretende?... ¿En qué grandeza
finca la dicha y sueña la fortuna?
¿En el mando?..., ¿en la gloria?..., ¿en la riqueza?
¡Oh triple agitación, lucha importuna!...
¡Felíz aquél que sabe en la tristeza
que no hay más dicha que no ansiar ninguna!
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Poeta
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Preciso trabalhar mais...
Preciso arregaçar as mangas do poema
e botá-lo para lutar
contra as injustiças sociais.
Meu mal, em mel se fez.
Minha indignação ficou para trás.
Minha fome feroz de tudo,
esbarrou num sem fim do mundo,
e ficou brincando de rimar...
Deixei de sonhar, parti para o estudo...
Perdi-me no sem fim do mundo,
e voltei com cara de tacho...
E agora, onde eu me encaixo?
Solto este poema na correnteza,
e deixo que me mostre
os caminhos da pureza.
A.J. Cardiais
imagem: google
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Poeta
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