Poemas :  Dinheiro e bactérias
Eu sou um velho hippie perdido
no maio desta sociedade tecnológica,
que tem a lógica
cheia de técnica,
mas nenhum amor.

Eu ainda dou valor
à coisas que não valem nada,
para essa sociedade estressada
à qual só vale
o que se pode vender...

Quem quer comprar essa brisa
que me alisa agora?
Quem quer comprar o sorriso da Monalisa,
quando me namora?

Amor comprado, não é amor.
Amizade interessada, não é amizade...
Dinheiro suado fede,
e vive cheio de bactérias...

E por causa de dinheiro,
tem gente que faz misérias.

A.J. Cardiais
16.12.2010
Poeta

Poemas sociales :  Difícil solução
O mundo chegou a uma condição
difícil de solucionar.
Criaram tanta poluição,
que nos impede de enxergar
o caminho da salvação.

Fabricam tanto bagulho,
afim de "facilitar a vida",
que acabam complicando mais:
o que fazemos com tanto entulho?

As coisas mal são fabricadas,
logo estão "superadas".
E por isso são trocadas
para exibir à Sociedade,
como um marco da prosperidade.

Portanto,
nenhum bem pode durar,
pois os homens precisam prosperar.
E sinônimo de prosperidade,
é poluir a vida
com "superficialidades".

A.J. Cardiais
21.03.2017
Poeta

Poemas :  Ilhado sentimentalmente
Tem muita coisa que eu penso,
e não escrevo.
Não por medo, ou por qualquer outra coisa.
Não escrevo porque não interessa
a esta sociedade "tecnocrata".

Vivo, ilhado em meus sentimentos,
observando coisas que as pessoas não dão valor.
Quanto vale a beleza de uma flor?
E o canto de um passarinho?
Observo tudo isso sozinho...

Vejo nuvens completamente paradas,
e outras sendo sopradas
para um destino qualquer...
Para onde será que vão as nuvens?
Será que alguém se enternece,
olhando para este imenso céu azul?

Não... Não creio.
Cada um está procurando
defender o seu quinhão.
Se ninguém tem tempo para observação,
imagine para "poetizar besteiras".

A.J. Cardiais
25.10.2017
Poeta

Poemas :  Sociedade desalmada
Sou um ser muito sensível...
E ser sensível é horrível,
no meio desta Sociedade desalmada.
Viver se torna uma ferocidade:
tem gente matando a troco de nada.

Tem gente prejudicando o próximo,
simplesmente pelo prazer
de ver a vida do próximo desandar.
Poucos procuram ajudar.

Muitos só querem se “dar bem”.
Sendo assim, ai de quem
se puser em seu caminho,
rumo ao “sucesso”.

Fama, dinheiro e poder,
virou o símbolo de “felicidade”.
Se fosse assim, na verdade,
famosos e endinheirados
não se drogariam,
nem se matariam.

São todos uns “pobres coitados”,
que não sabem de nada.
A verdadeira felicidade
vem da Alma,
e não da fama ou da riqueza.

A.J. Cardiais
20.01.2014
Poeta

Poemas :  Cultivando observações - 2
Vivo colhendo frutos,
que a sociedade não se importa.
Minha vida é uma horta,
onde cultivo observações.

Sei que isso não dá camisa a ninguém,
nem paga as prestações
no final do mês.

Mas quem se dedica a escrever
o que sente e o que vê,
está procurando muito mais que prazer:
está procurando viver.

A.J. Cardiais
11.04.2016
Poeta

Poemas sociales :  PUTA DE VIDA
Puta de vida, puta de sociedade
Não é só a puta que é fodida
Mas também a nossa dignidade.
Mesmo a dignidade da puta
Nem ela mesmo é respeitada
Ninguém é ninguém, não somos nada.
Tenho vontade de ser kamikas
Fazer explodir tudo em palavras
Das mais rudes às mais malcriadas
Pois que há gente sem sentimentos
E nada servem os lamentos
Daqueles que são feridos de morte
Que andam no Mundo sem Norte
Que tudo fazem para o merecer
Mas esse Norte nem sequer dá para ver.
Um véu negro se levanta
Se reagem logo alguém se espanta
E dizem-lhes, vão-se foder.
Se estou revoltado? Ah pois estou
Gostava de viver num mundo sem hipocrisia
Sem o cinismo das guerras
Mesmo que sejam só de palavras
E essas fazem na verdade doer.
Porquê, porque quero a paz
E contrariado não posso responder

A. da fonseca
Poeta

Poemas de reflexíon :  ESTAS CRAINÇAS NÃO PEDEM QUE AMOR
Era terça feira.
A neve caía
E nessa rua fria
Eu caminhei.
Num passeio deitados
Cobertos com cartões
Estavam dois corações
A quem a mão eu dei.
Eram duas crianças
Ao frio, abandonadas
Com as roupas molhadas
De frio tiritando.
Levei-os ao café
Onde sofregamente
Os dois pobres entes
O estômago aqueceram
E o calor adorando
Eram duas crianças
Pelos pais abandonados
Sozinhos e escorraçados
Por uma sociedade sem calor.
Mas para quando
Veremos esta miséria
Banida como bactéria
Nociva para a vida.
Estas crianças, só pedem amor.

A. da fonseca
Poeta

Poemas sociales :  Sociedade desalmada
Sociedade desalmada
Sou um ser muito sensível...
E ser sensível é horrível,
no meio desta Sociedade desalmada.

Viver tornou-se uma ferocidade:
tem gente matando a troco de nada.
Tem gente prejudicando o próximo,
simplesmente pelo prazer de ver
a vida do próximo desandar.

Poucos procuram ajudar.
A maioria só quer se “dar bem”.
Sendo assim, ai de quem
se puser em seu caminho,
rumo ao “sucesso”.

Fama, dinheiro e poder,
virou símbolo de “felicidade”.
Se fosse assim, na verdade,
famosos e endinheirados
não se drogariam,
nem se matariam.

São todos uns “pobres coitados”,
que não sabem de nada.
A verdadeira felicidade
vem da Alma,
e não da fama ou da riqueza.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  Humanidade cega
Humanidade cega
Não precisa ser adivinho
para ver o caminho
da humanidade.
A minha sede, na verdade,
é saber o que se esconde
no ninho desta sociedade.

O que os poderosos pregam
e "repregam",
só entra na mente
dos que não enxergam.

São todos cegos
culturalmente,
religiosamente,
intelectualmente
e politicamente.

Cegos da mente,
do espírito
e de interpretação.
A humanidade está cega,
por causa da ambição.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta