Sonetos :  Acreditando no desafio
Quando a poesia me ronda,
não tenho como escapar...
Nado a favor da onda,
tentando não me cansar.

Quando dona inspiração
resolve dar um empurrão,
é que eu consigo poetar.
Sem este empurrão, não dá.

Ficar ruminando uma ideia,
para agradar a plateia,
não é do meu feitio...

Chego, penso e faço...
Sou de mudar o compasso,
acreditando no desafio.

A.J. Cardiais
18.06.2018
Poeta

Poemas :  Diálogos
Diálogos
Agora que nos amamos
juramos amor eterno...
Mas a primavera passa,
o verão passa
o outono passa
e vem o inverno...

Vem o frio...
O desafio de viver junto.
Muda-se de assunto.
Finge-se todo momento...
Até que um pé-de-vento,
põe tudo de pernas pro ar...

Como é, dá pra continuar?
Vamos sentar, conversar, analisar...
Estudar a situação.

Dá para consertar?
Vamos tentar... Vamos tentar...
"Respeito e compreensão
é a base de qualquer relação".

A.J. Cardiais
imagem: google
Poema do livro Psicografando-me
Poeta

Poemas :  O desafio de viver junto
Agora que nos amamos
juramos amor eterno...
Mas a primavera passa,
o verão passa
o outono passa
e vem o inverno...

Vem o frio...
O desafio de viver junto.
Muda-se de assunto.
Finge-se à todo momento.
Até que um pé-de-vento
põe tudo de pernas pro ar...

Como é, dá pra continuar?
Vamos sentar, conversar, analisar,
estudar a situação...

Dá pra consertar?
Vamos tentar... Vamos tentar...
"Respeito e compreensão
é a base de qualquer relação".

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas :  Não sei mais nada
Você não sabe como estou...
Sinto-me um barco à deriva.
Nessa luta de amor,
estou sem esquiva.

A cada golpe, só apanho.
Já não me acompanho.
Sou um estranho
neste desafio.

Não sou mais o rio
em busca do mar...
Não sei mais sonhar,
não sei mais nada...

Não sou estrada
e nem caminho...
Sinto-me um mar
em desalinho.

A.J. Cardiais
13.09.2005
Poeta

Poemas surrealistas :  Vividor
VIVIDOR

Si la Muerte me intima
a seguirla algún día,
yo la haré concubina
con cuatro anclas tendidas.

Esgrimiendo una rosa,
un poema y un lirio,
he de arar sus desiertos
escarbándole vida.

Y tres soles marchitos,
distraída en mi risa,
la veré derretirse,
desvirgada y rendida.

Mas, sabiendo que al cabo
ganará la partida,
procuraré que me extrañe
cuando vague perdida.

En su estero de luna,
solterona aterida,
de mi tacto insolente
quedará poseída.
Poeta