Poemas sociales :  El Cantor Sin Igual
Hablando de sucesor
para Horacio Guarany
me permito disentir
con respetuosa opinión
ya que fue su decisión
la de un cantor elegir
honrándolo así, gentil,
sin duda por buena voz
pero pa mí se apuró
y aquí lo quiero decir:

Para ser el gran cantor
su carisma hay que tener,
vida con vino beber
y rodar como él rodó,
mostrar abierta expresión
en escenario que esté,
derecho y pan defender
entre canción y canción
(si medio en pedo mejor
pa templar el parecer).

Diálogo ameno y frontal
que Don Horacio creó,
pues no tuvo antecesor:
en eso de platicar
alegre o por demandar
además en su actuación.
Acto que lo distinguió
de quien canta y nada más;
¡quién va' perderse escuchar
al cantor y al defensor!

Escribir comprometido
ante el pueblo, ante el amor
y con ternura y fervor
dejar entre trino y grito,
obras como "Regalito"
o "Si se calla el cantor"
y mil éxitos en flor
que no secó ni el exilio;
y eso que anduvo perdido
cual "viejo mate español."

Falta también la utopía
de bohemia natural,
corazón, jocosidad
de bromas con picardía,
pingos y gallos de riña
en el alba de su edad,
falta su cama prestar
a las "chicas de la vida"
y entender "La Villerita"
para poderle cantar.

Y falta, vaticinando
ya por infantil artista
que jugaba con pajitas
de las paredes del rancho,
improvisando del gallo
que picaba a la gallina,
la vocación que lo haría,
alta pero destellando
como fama desafiando,
alcanzar su estrella un día.

Eso y más, falta, Señor,
al que se pretenda usté.
No alcanza el atuendo fiel
en afán de imitación
ni el cantar bien o mejor
evocando dos por tres
las canciones del haber
de Guarany el precursor;
será poncho la ovación
pero es pilcha de quien es.

No tiene par, mi maestro,
y resigne su intención
si aquel que ducho eligió
no dentra en nuestro rodeo
Es usté como el moreno
del Abasto: ruiseñor
que no le hallan sucesor
ni pariéndolo de nuevo.
Así también lo queremos:
único en su condición.

Y por aquí me despido
ya sin más importunar.
¡ Pucha !, gusté desbocar
el potro de mi motivo
"sin saber, como usté dijo,
pa dónde va' galopiar"
(servime para escapar
del brete si mal opino;
"mi caballito querido,
! ésta te pido nomás !")

Poeta

Poemas sociales :  Destruidores de vidas
Os homens destroem as florestas,
sem se preocuparem
com o que nos resta.

Os homens acabam com a vida animal,
sem se importarem se estão
fazendo algum mal.

Os homens fazem poluição,
mesmo sabendo
que será a nossa destruição.

A.J. Cardiais
05/09/2012
Poeta

Poemas sociales :  O POETA MORREU
O Poeta morreu
viva o Poeta!
Se alguém
dele já se esqueceu
tem a porta
aberta
Para visitar
as obras que deixou
as poder apreciar
as poder criticar
mas não o imitar,
cada poeta
é único,
um estilo,
uma alma,
nervosa
ou calma
mas o amor
que ele deu
esse é imortal.

A. da fonseca
Poeta

Poemas sociales :  Una Farsa

Enmarcados en una hermosa tarde
Así se vislumbró el ocaso
Frente a frente en una tarima
Se vieron Londoño y Santos

Se firmó la paz retumba
En el pueblo de Cartagena
Yacen millares sin tumba
Pero el gobierno no se acuerda

Clamando patriotismo se mofaba
Y entre aplausos mutuos se alababan
Irónicos países comunistas
A esta farsa daban el respaldo

Obtuvieron perdón sin nada a cambio
Por los homicidios y bombazos
Un presidente que lloraba como un sapo
Mas a las victimas nadie les hizo caso

Poeta

Poemas sociales :  A "grandeza" do homem
O homem é pequeno
diante da natureza,
mas sente-se numa grandeza
que não tem tamanho.

O mar vem, e dá um banho.
A terra treme e transforma
tudo em entulho...
Mas o homem não se dobra.
Continua com seu orgulho.

Quando será que o homem
vai aprender,
que destruindo a Natureza
nós é que vamos sofrer?

A.J. Cardiais
17/11/2012
Poeta

Poemas sociales :  Denuncia
Quando defendo a Natureza
em minha poesia,
não estou me preocupado
se ela está vazia,
se tem ética, estética,
poética, “bostética”...

Só estou me preocupando
em alertar,
em denunciar...

Eu estou brigando,
para que no futuro tenhamos
um mundo melhor,
um mundo sem dor...

Só estou pedindo
para que plantemos amor,
em volta da Terra,
e para não vivermos mais
nesse clima de guerra...
Façamos um mundo de paz.

A.J. Cardiais
30.05.2011
Poeta

Poemas sociales :  Culturalmente
Parece que a cultura pesa,
porque a estante pega
um peso enorme...
Feliz de quem dorme
sem se preocupar
com essas baboseiras.

Ser culto é uma besteira
que só nos afasta
das pessoas "naturais".
De que adianta ser culto,
e não lutar por seus ideais?

De que adianta ser culto,
e ficar servindo aos chacais?
Nessa hora a cultura só serve
para fazer você sofrer mais.

Ficar assistindo os "donos do poder"
fazendo "manobras radicais",
e ainda sendo aplaudidos
pelos "pobres mortais"...
Ah, isso é demais!

A.J. Cardiais
02.06.2011
Poeta

Poemas sociales :  O OURO CAI-LHES NA MÃO
Estendam a passadeira vermelha e deixem a crise passar.
Ela la vai vaidosa, poderosa, ninguém a impede de continuar.
A quem interessa que ela pare? A nós, que pagamos a despesa.
Aos senhores do capital só lhes interessa que neles fique presa.

Banqueiros, petrolíferas, paraísos fiscais e as taxas correm
Sempre apressadas para entrar nos bolsos dos que pouco comem.
Que não têm onde dormir, sim, debaixo de pontes morrendo de frio,
Ninguém os vê ou não os querem ver, é como água que corre no rio.

É um fartar vilanagem, obesos de sobranceria e de vil desprezo.
Nós trabalhamos duro para viver, mas não conseguimos o peso
Para fazer o prato da balança descer para o nosso lado, é ilusão;
Enquanto os donos da crise enriquecem, o ouro cai-lhes na mão.


A. da fonseca
Poeta

Poemas sociales :  REPAREM NQIUELE GAROTO
Porquê, mas porquê eu me sinto incomodado
Pela miséria, fome, sede, sem abrigo, sem Sol
Que possa aquecer tanta criança fria no gelado
Dos corações que os vêm passar sem terem farol.

Porquê tudo isto me enerva quando o Mundo é rico
E eu? que faço eu ? Escrevo, barafusto revoltado
Por não ter meios de ajudar mas certo, não abdico
De gritar bem alto, olhem, escutem o desamparado.

Mas tenho a impressão que o egoísmo é mais forte
Só vêm o que querem vão assobiando para o lado
Como se não fossem do mesmo mundo, é a morte
Dos sentimentos que faz que o mundo ande atrasado.

Olhem, lá ao largo aquele cruzeiro de luxo navegando.
Vejam o parque dos Casinos, não há lugar para o carro.
Vejam a roleta, o bacará, e o dinheiro vai esbanjando.
Reparem naquele garoto que pede esmola, como é bizarro!

A. da fonseca
Poeta

Poemas sociales :  QUANDO A MISÉRIA ESTÁ PRESENTE
Que a festa comece e a miséria se divirta.
Uma mesa feita de pano estendido chão,
Quase cheia de nada mas nela há a vida
Daquilo que não temos mas há o coração.

Que sejam pretos Árabes ou Europeus
O barco é o mesmo sem porto de abrigo,
Sem bússola nem remos, a vida é um ilhéu
Deserto de felicidade, parece ser castigo.

À volta desse pano branco, pobre mesa,
Os pais e os filhos pouco têm para comer;
Chega o fim do ano só tendo a certeza
Que outro vai chegar e nada lhes vai trazer.

Procurando um osso o amigo sempre fiel,
Um cão que os ama os protege, não diz nada.
Magro como os donos, com o destino cruel
Diria que dormiu em cima de chapa ondulada.

Chegou a meia noite e as doze badaladas.
Ouviram-se os foguetes e o fogo de artificio.
Nesses pobres chegaram lágrimas cruzadas
De desespero e de uma vida de sacrifício

Imploram aos Deuses que a vida lhes dê prazer,
Justiça divina que não sabem se podem acreditar.
Novo Ano vai começar na incerteza do viver,
Nada pedem, mas têm direito de ver o Sol brilhar

A. DA FONSECA
Poeta