Poemas de amor :  ESQUECENDO O MUNDO
Dia de sol, passeio na areia e admiro o oceano.
De tempos em tempos uma vaga chega até mim
Molha-me os pés me provocando, fica a espuma
Espuma, que fez ficar triste pensando ao nosso amor.

Assim, os meus pensamentos voltaram ao passado
Um passado que tantas saudades deixou em mim
Desses momentos de loucura, de amor em liberdade
Das noites em que os nossos corpos se entrelaçavam.

As nossas lágrimas corriam de prazer, também salgadas
Como esta água do mar que teima em me provocar
Como tu o fazias com o teu sorriso de felicidade
E eu me perdia nos teus braços, esquecendo o Mundo.

Hoje as lágrimas também correm mas não de prazer
Correm para o mar o tornando assim mais salgado
As vagas que vão chegando pouco a pouco até mim,
Não são que a espuma de um amor jamais esquecido.

A. da fonseca

SPA Autor 16430
Poeta

Poemas de introspectíon :  PASSASTE POR MIM
Passaste por mim e nem sequer me falaste.
Foi naquela viela estreita onde passa a vida.
Naquela ruela onde tantos se batem para viver
Mas eu te reconheci, sim e já lá vão tantos anos!

Nesse tempo vivias comigo de mãos dadas.
Acompanhávamos o tempo sem nos separarmos ,
Éramos alegres, riamos cantávamos, dançávamos
Não víamos o tempo passar isso pouco interessava.

Depois, pouco a pouco, nos fomos separando
Não estávamos zangados, não, mas a vida é assim.
Eu comecei a envelhecer e hoje tenho cabelos brancos
E tu, ai tu...! tu continuas sempre jovem, provocadora.

Não me falaste, não te levo a mal, tens tanto a fazer
E eu prefiro ir esquecendo todos esses belos tempos
Guardo comigo a saudade e como eu ainda a amo,
Mas a ti juventude que foste minha, apenas te beijo.

A. da fonseca

SPA Autor 16430
Poeta

Poemas de amor :  ESCREVI O QU ME DIZIA O CORAÇÃO
Casei-me contigo por amor, tu sabes poesia?
Depois do tempo em que o coração me falava
Me ditava palavras de amor, mas eu não sabia
Que eram palavras belas que ele te dedicava.

Pouco a pouco, comecei a escrever palavras
Que se transformavam em frases e eram belas,
Sem me aperceber que foram de rimas ornadas
E compreendi que era poesia que vinha à janela.

Comecei a te fazer atenção e o amor chegou.
Todas as noites os meus sonhos falavam de ti.
Comecei a burilar palavras e a paixão despertou.
Tentei fazer o melhor mas nas letras me perdi.

Os anos passaram, escrevi verdades e mentiras
Nunca fui além do que sou, não cheguei à perfeição
Queria ser poeta mas ser poeta, só o poeta se inspira
E eu, de poeta nada tenho, escrevi o que dizia o coração


A. da fonseca


SPA Autor 16430
Poeta

Poemas de amor :  TEMPO PERDIDO
Tantas, tantas horas em te esperando eu passei naquela rua
Toda a gente me conhecia, e dizia bom dia com delicadeza
E como era engraçado quando chegava a noite e com ela a Lua
Que me olhava com muita ternura e com um sorriso de nobreza.

Pois que ela sabia que eu sofria de um amor não correspondido.
Todos os dias eu trazia um novo ramo de belas rosas vermelhas
Pois que as da véspera murchavam como o meu coração perdido
Esperava poder me aproximar dela e lhe dizer, te amo, à sua orelha.

Esperei em vão, perdi-me no tempo, perdi-me num espaço vazio
Que eu julgava que o meu coração conseguiria um dia conquistar
Foi tempo perdido como a água que corre para o mar, morre na foz do rio
A esperança morreu, a minha alma sofreu e eu continuo a desesperar.

A. da fonseca

SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA

Sociedade Portuguesa de Autores a Lisboa
AUTOR Nº 16430
http://sacavempoesia.blogspot.com em português
http://monplaisiramoi.eklablog.com. contos para as crianças de 3 à 103 ans
http://a...


Autor
Alberto da fonseca
Autor Alberto da fonseca
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
Enviar mensagem particular para Alberto da fonsecaEnviar PM

Texto
Data 23/04/2012 21:34:16
Leituras 1020
Favoritos 0
Licença Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
Comentar Presentear
2 pontos
200
Recentes
A MULHER, É A MAIS BELA DAS FLORES
Ricardo
BOAS FESTAS
VOU PEDIR AOS ASTROS (vERSÃO 2)
VOU PEDIR AOS ASTROS
Aleatórios
NOS DEVIAMOS BEIJAR
A MULHER
VI ARVORES, VI FLORES
NÃO POSSO VESTIR O PIJAMA
ESTA NOITE, NÃO ESTOU PARA NINGUÉM
Favoritos
Poço de dor
APENAS UMA MULHER
AVISO DE COBRANÇA
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/04/2012 18:47 Atualizado: 24/04/2012 18:49
Re: FOI TEMPO PERDIDO
humm! é disso que gostamos tds, poetas. bom saber-te recompondo aqui a sua poesia, amigo Mr Albert, numa prova de que é infinda e a qualquer tempo as formas de se cantar a paixão...
meu abraço caRIOca.
zésilveira
Responder

Enviado por Tópico
Alberto da fonseca
Publicado: 25/04/2012 09:35 Atualizado: 25/04/2012 09:35
Colaborador


Usuário desde: 01/12/2007
Localidade: Natural de Sacavém,residente em Les Vans sul da Ardéche França
Mensagens: 7078
Online!
Re: FOI TEMPO PERDIDO
Bom dia amigo e poeta José Silveira.
Na verdade tenho andado afastado destas lides. A minha saude faz-me perder a paciência, logo. inspiração.
Sinto-me muito nervoso, o tudo e o nada me irrita, cada dia é um novo alerta,cada dia é um dia de novos sintomas, e tenho medo, não medo de ir de esta para melhor, não, medo sim, de morrer e as coisas que tenho a resolver para não deixar a minha mulher com problemas, não as consigo resolver graças a esta puta de crise,que os capitalistas inventaram para se enriquecerem e nós, os papalvos, vamos pagando, como cordeirinhos que somos.

Logo, escrever, pequenas coisas, uma brincadeira para o caito, outra para o Camarada e pronto !

Obrigado Amigo José, pela leitura e pelo seu muito amável comentário.

Abraço grande do Mr Albert. e um bom fim de semana
Editar Responder
Avisos ativos

Opções de aviso
Categoria Eventos
Textos Avise-me quando um novo comentário for publicado neste item.
Inclui o item como favorito, sem aviso.
Atualizar
Modo de aviso: Mensagem particular [Alterar]
Páginas em
Blank.gif
Haikais
Humor
Contos de humor
Blank.gif
Textos políticos
Páginas sobre
Dedicatoria
Dedicatória
Poemas, frases e mensagens sobre dedicatória
Futuro
Futuro
Poemas, frases e mensagens sobre futuro
Estrada
Estrada
Poemas, frases e mensagens sobre estrada
Luso-Poeta
Alberto da fonseca
Caixa de entrada
Créditos 12
Sair
Menu de poemas
Enviar texto
Meus textos
Meus rascunhos
Comentários recebidos
Comentários enviados
Comentários respondidos
Textos de autores favoritos
Textos favoritos
Textos recomendados
Minhas estatísticas
Minha página
Criador de PDF
Estatísticas gerais
Páginas
Denunciar
Plágio
Conteúdo impróprio
Comentário ofensivo
Spam
Comentários Recentes
Re: Versos Velhos Tecidos...
hcx
07/05/2016 05:31
Re: "que não tem parte,"
hcx
07/05/2016 05:20
Re: "megera(, e) domada."
hcx
07/05/2016 05:16
Re: Como nos velhos tempos.
hcx
07/05/2016 05:10
Re: Despe-me a alma
Migueljaco
07/05/2016 03:53
Re: Não prometas poesia
silva.d.c
07/05/2016 01:24
Re: the noite
johnmaker
06/05/2016 23:58
Re: Vanidade ou encriptação (espelho d.arte)*
Joanad'Arc
06/05/2016 23:51
Re: AVIVANDO
johnmaker
06/05/2016 23:49
Re: *Num voo incerto, a ilusão rodopiou os dias...e encur...
johnmaker
06/05/2016 23:39
Re: RASGA-ME
AntónioFonseca
06/05/2016 23:32
Re: "Tristesse" (Chopin Etude op.10 no.3)
johnmaker
06/05/2016 23:27
Re: Ilusões
johnmaker
06/05/2016 23:23
Re: UMA ALDEIA SÓ
jluis
06/05/2016 22:52
Re: Palco
RaipoetaLonato2010
06/05/2016 22:24
Luso Pensamentos
Frase

É incrível que, no intuito de justificar as nossas crenças, coloquemos Deus na terra e o Homem no céu

(Garrido)



A folha

A folha cai no verão.
( Era folha de papel)
Não consigo pegá-la
Porque o vento é forte
E me leva para longe.

Matheus



Insanidade perfeita

Sinto-me cansada
Já me faltam as palavras!
As que saboreio entre dissabores
Da minha própria loucura
Já não sinto o meu corpo
As vogais consomem-no
Adormece em brandas consoantes
Ficam tantas frases por dizer
Aquelas,
Que já não consigo escrever,
Falta-me a força
A caneta começa a tremer
Soluça.
O meu olhar constrói
O que meu pensamento rejeita
Esta sou eu,
A doce mulher
A insana, poeta...

(ConceiçãoB)



Tempestades

Tudo em mim, são dias de tempestades...
Por isso entrego minha alma à poesia
E meus dias a escrever versos
E meto uns poemas em velhas garrafas
E as levo para as águas intermináveis dos mares
- revoltos e tristes -
E as lanço, na singela esperança
De que um dia alguém os leia
Ainda que meus pés não estejam mais sobre este chão
E meu corpo tenha sido já lançado no ventre desta terra impura
E minha alma tenha também partido
- para a imensidão do infinito com que sonho,
ou para o abismo solitário que me amendronta...

(Vanessa Marques)


vaga-lume

... beijar-te

- era ser
pássaro azul
dedilhando ugabe

era levitar
beber das nuvens
e desfolhar os céus

era um doce caminhar
sem tocar o chão
estirpes desaguando
em aljôfar...

era dédalo a calar-me
se acontecia
cascata de sonhar-me
na boca que feliz
se fenecia

- e era livre
sendo chama
toda asas
vaga-lume
brilhante
como quem ama.

(RoqueSilveira)


Nós de poesia

A vida é feita de incompletudes...
Como os bares de mesas vazias
Nas calçadas
Ou as longas estradas
Repletas de nada dos dois lados

Ainda assim, escrevo
Mesmo sabendo que em mim
desatam-se nós de poesia
E atam-se outros em seguida.

O fato é que
Daquilo que me resta
Faço-me humanamente completa
meramente humana...

(Vanessa Marques)



Frase

"Amor" é o presente dado sem esperança de retorno,
e o que esperamos é apenas que não seja rejeitado

(Junior A.)



Frase

Como posso explicar
Esta dor
Invasora
Da minha alma
Senão dizer
Que és a mentira
Mais verdadeira
Da minha vida...?

(Raquel Naranjo)



Frase

O amor é como a justiça:
Injusto e cego.

(TrabisDeMentia)



guardanapos

do nosso beijo,
muralhas

do nosso amor,
migalhas

do nosso verbo,
mortalhas

dos nossos papos
poemas
em guardanapos

(Niké)



Sexto sentido

Tenta ouvir o silêncio...
Ver a luz na escuridão profunda...
Cheirar o aroma da mais pura água...
Sentir a textura do vento...
Saborear a doçura do sal...
Quando o conseguires...
Irás te descobrir...

(gera)



Só saudade

Dor que sente
Dor que não se mede
Que vai e vem

Com a vida vou rolando
Com a dor vou buscando
Talvez alívio...

Quando doer que seja
Sem deixar morrer
Só saudade...

(amasol)



A foz

Se cada coisinha que eu sei correspondesse a um rio... E se cada um deles desaguasse na mesma foz...Esta não teria senão o tamanho de uma bacia bem pequenina na qual eu refresco os meus cansados pés. Os rios seriam tão curtos quanto a minha felicidade, tão estreitos quanto a minha existência, tão secos quanto a minha solidão. Mas talvez, talvez bem no fundo da bacia, talvez para lá das lágrimas turvas, e para que eu me possa orgulhar, talvez sorriam dois peixinhos, que eu, apesar da distância possa contemplar! E quem sabe... Uma flor se incline e faça nascer, na foz uma flor que eu possa colher!

A: Da Fonseca

SPA autor 16430
Poeta

Prosas poéticas :  ERA UMA VEZ UM PLANETA
Era uma vez um planeta do nosso sistema solar onde se vivia feliz.

Havia enormes montanhas de amor, de longos e largos oceanos de felicidade, as mais belas cores confundiam se e formavam um belo e grande Arco Íris.

As flores, belas em cor e formas , confundiam se com as crianças que corriam de um lado para outro com imensa alegria.
Os animais era igualmente de rara beleza, os passarinhos, esses voavam baixo como se quisessem conviver de perto e assim todos estes seres viviam em harmonia e felicidade.

Com os anos este planeta começou a mudar, novas espécies de animais começaram a aparecer e a vida pouco a pouco começou a degradar.

A relva, ai a relva... linda mas perigosa, escondia nela as mais variadas formas de destruição onde uma nova raça se desenvolveu. De passo a passos largos começaram a tomar posse de toda a pradaria ate la linda ou quase e esta maldita raça conseguiu unir os seus amigos seguros e a miséria, construida e desenvolvida por eles foi entregue aos pobres habitantes que viviam normalmente antes e agora nada tinham para meter entre os dentes, frio e fome não faltavam enquanto que para os
amigos coelhos era fartura e ate se deram ao luxo de retirar uma fatia do pouco que tinham deixado , enquanto para os aumentos de boa vida, era coisa deles, isso era diário.
Um dos primitivos habitantes falou com um poderoso novo colonizador pedindo para que ele faça algo de melhor e a resposta foi:
então vem pedir que seja eu a o ajudar, eu, que tenho muitas dificuldades para ter comida que chegue ate ao fim do mês, oh homem, tenha juízo.

E assim terminou a alegria de viver dos antigos habitantes do que foi esse belo planeta e hoje, só vemos passar os cordeirinhos.


A da Fonseca

SPA Autor 16430
Poeta

Poemas de amor :  BEIJOS ESQUECIDOS
Hoje acordei triste
Porque esta noite
Não houve sonhos, 
Não houve beijos,
Nem houve carícias.
Noite tão diferente
Não houve perícia.

Como eu lamento
Aquela triste noite
Em que os nossos lábios
Não se encontraram
Tanto beijo para dar
Mas foram beijos perdidos
Ou beijos esquecidos
Pelo verbo amar.

Espero que amanhã
A noite volte sedutora.
Que nos faça esquecer
A noite de desespero
Que por nós passou
Assim dobraremos 
As caricias e os beijos
A perícia voltará
A bem de nossos desejos.

A. da fonseca

SPA Autor 16430
Poeta

Poemas de despedida :  A HORA DA VERDADE
Quando eu morrer,
não mais beberei,
não mais comerei,
não mais eu verei
o Sol a brilhar
nem a bela Lua
e o seu lindo luar.
Não mais andarei
Na minha querida rua,
não mais te verei nua,
não mais terei os teus beijos
acabam os nossos desejos.
Não terei as tuas caricias
nem os murmúrios de amor
Não terei o teu calor.
Dos teus olhos,
não verei mais o brilho
Nem o teu belo sorrir.
Adeus, eu vou partir
é a hora da verdade
mas levarei comigo
uma eterna saudade.

A. DA FONSECA

SPA Autor nº 16430
Poeta

Poemas de reflexíon :  QUANDO A MISÉRIA ESTÁ PRESENTE
Que a festa comece e a miséria se divirta
Uma mesa feita de pano estendido chão
Quase cheia de nada mas nela há a vida
Daquilo que não temos mas há o coração.

Que sejam pretos, Árabes ou Europeus
O barco é o mesmo sem porto de abrigo
Sem bússola nem remos, a vida é um ilhéu
Deserto de felicidade, parece ser castigo.

À volta desse pano branco, pobre mesa
Os pais e os filhos pouco têm para comer
Chega o fim do ano só tendo a certeza
Que outro vai chegar e nada lhes vai trazer.

Procurando um osso o amigo sempre fiel
Um cão que os ama os protege, não diz nada
Magro como os donos, com o destino cruel
Diria que dormiu em cima de chapa ondulada.

Chegou a meia noite, e as doze badaladas
Ouviram-se os foguetes e o fogo de artificio
Nesses pobres chegaram lágrimas cruzadas
De desespero e de uma vida de sacrifício

Imploram aos Deuses que a vida lhes dê prazer
Justiça divina que não sabem se podem acreditar
Novo Ano vai começar na incerteza do viver
Nada pedem, mas têm direito de ver o Sol brilhar

A. DA FONSECA


SPA Autor nº 16430
Poeta

Poemas de amor :  NÃO, MEU AMOR
Esta noite, meu amor, não quero fazer amor
Quero ficar junto a ti para te poder adorar.
Quero ver como tu te despes docemente
Com o teu lindo sorriso sempre presente
Quero ver o teu corpo para o apreciar

Sabes bem, sabes bem e eu também sei
Que quando na nossa cama nos deitamos
Só pensamos em fazer amor, nada mais
Ficava atracado a ti como se fosses cais
E onde as nossas cordas amarramos.

Mas o amor é muito, muito mais complexo
O coração tem que bater por amor desejado.
Ele têm que bater no mesmo compasso
Não é só ir para cama quando por lá passo
É ter a certeza que o nosso amor é bem amado.

Hoje venho te pedir perdão do amor perdido
Quero passar a noite ao teu lado, meu amor
Tenho comigo um lindo presente a te oferecer
Eu não quero que tu venhas me agradecer
Para ti meu amor te trago este ramo de flores.


A. da Fonseca

SPA Autor nº 16430
Poeta

Poemas de esperanza :  SONHAR É VIVER
Sonhar. Sonhar é viver estando dormindo.
É viver num mundo onde tudo é possível
Dançar, cantar, levitar e saber chorar rindo
Viver num mundo onde tudo é credível.

Acordei feliz porque esta noite eu sonhei. 
Vi fantasmas, falei com as almas perdidas,
Tudo isto no meu belo sonho eu encontrei
Encontrei também amigos e pessoas queridas.

Envolto em nuvens, quase que me afogava
Naquele vapor de água fofo e muito ligeiro
Sentei-me numa das nuvens e alto cantava 
Vaidoso de mim, estava livre, não prisioneiro.

Sonhei e viajei no tempo e no impossível.
Vi um mundo de beleza e pleno de amor.
Não vi os sem abrigo, vi esperança credível
Nos olhos, nos rostos todos eles feitos flor.

Não vi analfabetos, mas pessoas instruídas.
Vi as pessoas passearam de mão na mão.
Não ouvi palavras monstruosas descabidas
Mas vi e senti que todos tinham um coração.

Vi o Sol sorridente à tarde namorar a Lua.
Dizer-lhe palavras de amor em a acariciando
Vi a Lua feliz começar a pratear a nossa rua
Vi as crianças correndo, rindo e brincando.

Acordei e ia morrendo, tudo foi um sonho.
Entrei na realidade, não queria ficar acordado.
Na realidade o Mundo era muito medonho
Pouco amor, pouca educação e amaldiçoado.

A. da Fonseca

SPA Autor nº 16430
Poeta