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Voa rápido Pássaro-meteoro Nunca deixa Um pouso vertical
Futuro malfadado é Teu caminho E cometa visionário
É teu espaço.
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Poeta
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Se de Ti, Amor, Falo, É Porque a Ti Venero
Nas estrelas rápidas e cintilantes, que de Extremosa beleza se vai acercando, Eu desejo em meu coração a ti Venerar, Amor, em ti desejo Aquele sacerdócio antigo esquecido.
Se de Ti Amor, Falo, é que minha lira Está desejosa de venerar teu santuário, Ela deseja que em ti todas as coisas Façam-se perfeitas e deleitosas.
Mas minha lira se vai acercando ao Pessimismo de minha mente, acaso Ela estará segura em ti Amor?
Que minha voz possa ser ouvida, Que minha mente possa cantar A Ti, Amor, todas as tuas benesses Fecundas e benfazejas.
Se de Ti, Amor, falo, é porque minha Voz precisa atravessar os séculos em Poemas e canções que só a Ti, Amor, Eu posso ter a plena felicidade de Cantar em versos teu amor bendito!
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Poeta
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I
Ruas bombardeadas no poético ano De 1870, os prussianos avançam Sobre a cidade conquistando cada rua, Casa e cada pessoa, nos uniformes cinzas O resplendor da vitória prussiana.
A águia teutônica flamula sobre os Campos de Marte, a velha e delicada Torre Eiffel cai diante das botas prussianas.
Ah, bela cidade que eleva os sentidos De sonhos a milhões de almas! Belos destroços em ti são pisados Com firmeza pelo inimigo de milênios!
II
Os poilus sujos e abatidos Caem na batalha com baionetas Velhas, mas que ainda furam a velha Carne... Gritos malditos ecoando Naquelas trincheiras ensurdecidas Por canhões e bombas dos grandes Alemães, mas a língua francesa leva Cada ato da batalha a um novo nível De humanidade, desejo de vitória, e a Cessação da pior hostilidade humana imaginada.
III
Contrastes de modos e linguagens, aquele Alemão de fala rústica leva cada sentimento No peito como uma fortaleza intransponível. Nos alto voos filosóficos abstratos o alemão Vê sua vida como uma forma entrelaçada que A linguagem não pode explicar, no qual seu Espírito mora sempre unido.
Aquela alma sedosa, fresca, delicada, Aquela alma que bebe as sensações do Gosto e prazer não consegue lidar com Aquela sensação crua e mal preparada.
Ela sempre se afastará daquele germanismo De duras poses, de duros golpes e de linguagem Que move os ouvidos para um inferno em que Todas as palavras são uma faca dilacerante aguda.
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Poeta
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