Poetrix :  Introdução
Miro o céu, e rimo o vazio...
Uma ideia, no cio,
introduz-me a palavra.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas :  A Poesia Como um Atalho
A Poesia Como um Atalho
Não tenho a poesia
como um trabalho.
A minha poesia
é um atalho
para algum lugar
que não sei
se vou encontrar.

Algum lugar que sonhei,
que serei
que rimei
que passei
que voltei
que irei...

Em algum lugar
tem um poema.
Em algum lugar
tem uma poesia.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  No combate
Aprendi a combater,
dou combate.
Dizem que cão que morde,
não late.

Poeta é bardo,
poeta é vate.
Quem derrubar os poemas
que cate.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas :  O que espero da poesia
O que espero da poesia
Espero que a poesia
sempre aponte
para um novo dia.

Que não seja só uma rima.
Que não se envaideça
como obra prima.

Espero que a poesia
seja um despertador,
para acordar o trabalhador.

Que aponte erros e defeitos.
E se precisar ir à luta,
que ela meta os peitos.

Que ela se arrume para agradar...
Mas que sua finalidade
seja sempre ajudar.

Obs. Esta imagem do galo cantando
é uma alusão ao poema de João Cabral:
Tecendo a Manhã.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas :  A Ponte Aponta
A ponte aponta pros lados.
É um risco atravessado,
ligando as pontas
de cada lado.

São braços abertos
fazendo os lados
ficarem pertos.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas :  Sonho lindo
Num sonho, vem você...
Linda como quê!
Chuva esparramada de sol.

E me beija, e brilha,
fazendo meu sentimento
endoidar de amor.

É tudo sonho, beijo, ilusão...
Chuva a magoar
meu coração.

Se quero te ver,
tenho que adormecer
para viver
este sonho lindo.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas sociales :  A natureza chora
A natureza chora
Eu vi um rio morto...
Já tinha virado esgoto.
E as pessoas, nem aí...

As pessoas estão achando
tudo normal.
Se um rio morrer,
não faz mal...
Elas que não podem morrer.

Deixe o esgoto
seguir seu curso...
Deixe poeta
com o seu discurso...

Deixe a Natureza chorar
mais um luto.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Brincando de existir
Quero continuar existindo
nesta casa pequena,
com esta vida amena
e esses quadros cafonas
na parede...

A minha rede,
é este horizonte aveludado.
Onde me deito quieto, calado,
escutando a voz do vento,
quando ele passa assanhado.

O meu perfume
é o de brisa do mato...
Só uso,
quando visto o lume das estrelas
e saio para brincar
com os astros.

O resto é sonho.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas :  Viver
A gente cai,
A gente levanta...
As vezes é pai
As vezes é criança...

A gente inventa
Uma mudança.
Inventa uma fé,
Inventa uma festa...

Inventa um arco
Do triunfo na floresta.
A gente caminha
Por uma trilha aberta,

Que joga poeira do destino
Em nossa testa.
A gente protesta:
Viver é ruim!
Viver não presta...

Viver é fogo!
Viver é água!
Viver é gozo...
Viver não é mágoa.

A.J. Cardiais
02.03.2012
Poeta

Poemas :  O último dos moicanos
Talvez eu seja
o último dos moicanos,
tentando acabar
com este capitalismo selvagem.

Sei que sou uma gota,
lutando contra oceanos.
Mas minha voz
não quer se calar...

Sei que eles podem
me esmagar,
sei que eles podem
me ignorar...
Sei que eles podem tudo.

Eles já contaminaram a VIDA
com seus "pregões" de felicidade.
Eles já compraram as Faculdades.
Agora eles estão formando
seres capitalistas.

A.J. Cardiais
Poeta