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Te amo com toda sua agressividade para o verbo amar; com toda sua má vontade de se entregar; com todo esse capricho pra fazer amor.
Te amo com a cara e a coragem. Se este amor for só de passagem, não perderei a viagem: irei até onde ele for.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Não descrevo só minhas horas saudáveis. Descrevo também minhas horas frágeis.
Descrevo minhas loucuras e minhas fraquezas. Descrevo coisas puras, mas cheias de riquezas.
Descrevo o que sinto, o que vejo e o que passo. Algumas vezes minto.
Rimo meu compasso em busca de alimento... É só isto que eu faço.
AJ Cardiais
imagem: google
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Poeta
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Nós vivemos presos, entre:
políticas religiões éticas estéticas medos opiniões...
Nós vivemos presos, fora das prisões.
AJ Cardiais
imagens: google
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Poeta
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Você não vai me dizer que sim... Mas sei que você se arruma é pra mim.
Pro meu direito, pro meu defeito... Pra minha loucura afinal, você quer o meu bem e o meu mal.
Você quer me ver subir pelas paredes e adormecer nas redes da imaginação.
Deixe estar, coração... Ainda te pego de jeito. E vou deixar gravado em seu peito, a marca de um garanhão.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Precisamos tecer o amanhã. Precisamos cantar até raiar um novo dia.
Precisamos de poesias que não escondam os frangalhos da vida.
Precisamos cantar que nem os galos, acordando a humanidade.
Acordar para trabalhar por um novo dia.
O sonho ficou na noite. Quem trabalhou sonhando sabe que é hora de acordar.
Vamos cocoricar!
A.J. Cardiais
Obs. Inspirado no poema de João Cabral de Melo Neto: "Tecendo a Manhã" imagem: google
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Poeta
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Não escrevo poesias... Descrevo sentimentos. Faço umas “fotografias” dos meus momentos.
Algumas vezes escrevo uma trova vazia. Outras vezes descrevo minha monotonia.
Quando estou “por um fio”, escrevo um poema arredio cutucando o parlamento.
Quando estou inspirado, escrevo um poema bordado com chuva, sol e vento.
A.J. Cardiais imagem: Google
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Poeta
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Se depois de um ato de amor, você não ficar “flutuando”, você não está amando... Você está desejando.
O desejo tem esse defeito: Depois de satisfeito, acaba o “amor”. Tudo perde o “efeito”.
AJ Cardiais
imagem: google
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Poeta
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Tristeza não tem tamanho. Nunca lhe acompanho sem ter a certeza de que a alegria estará me esperando em forma de poesia.
A tristeza não é minha, é do tempo. Se me perco por um momento, ela me faz companhia.
Escuto sua voz querendo me conquistar e deixo-me levar à procura da poesia que gosta de ficar dentro da melancolia.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Quero sempre escrever com amor, com vontade. Não quero a vaidade invadindo meu sentimento.
Quero sempre escrever como quem toca um instrumento: curtindo todo prazer de soltar as notas musicais.
De nada vai me adiantar saber demais e perder o paladar.
Eu quero é deitar e rolar... Quero habitar na poesia sem os acabamentos finais.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Eu vivo a poesia que não se divulga. Eu vivo uma pulga. Eu vivo uma pedra.
Quem é que se julga? Quem é que se enterra? Qual a matéria viva, que não apodrece?
Quem é que se lembra? Quem é que se esquece? De repente, está bom... Logo depois, adoece...
Quem é que se lembra? Quem é que se esquece? Quem ficar imaginando o fim do mundo, enlouquece.
A.J. Cardiais 24.05.2009 imagem: a.j. cardiais
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Poeta
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