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Um homem pobre caminha por um bairro nobre, à procura de algo para sobreviver...
O rico não quer nem saber... É do lixo que o homem tira o que comer.
O homem pobre vasculha o lixo, cantando uma canção, indiferente à mansão que está na sua frente.
Para ele este povo só serve para isto: jogar uma porção de coisas no lixo. Coisas que ele cata, e vai vender.
A.J. Cardiais 10.08.2010 imagem: google
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Poeta
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Meus poemas estão perdidos pela internet da vida. Estão procurando uma saída pra não serem só consumidos.
Hoje tudo é pra consumo. E o homem é o consumidor. Por isso que não me acostumo: estou mais pra conservador.
Não sei simplesmente descartar algo que ainda me satisfaz. Sou mais de conservar.
E nesse negócio de leva e traz, alguma coisa tem que ficar... Senão a história da vida jaz.
A.J. Cardiais 17.04.2015 imagem: google
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Poeta
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Quem não ama não vive, vegeta. Pela simplicidade da frase, alguém já deve ter dito (ou escrito) isso. O título da crônica também, se não estou enganado, é de uma musica. Bem, mas “tomando emprestado” ou não, a frase e o título, eu pergunto: que sentido tem a vida de quem não ama nada, nem ninguém? Eu me refiro aqui a um amor geral, mais ampliado. Não estou me referindo ao amor homem x mulher. Este, muitas vezes, se torna uma coisa obsessiva, doentia. A pessoa fica presa e quer manter o “objeto” da sua obsessão preso também. Eu quero saber do amor que liberta, que dá sentido e sabor ao ato de viver. Neste sentido eu posso dizer que sou rico: tenho vários amores. Quando um não resolve meu problema, busco outro. E assim vou levando a vida, ou deixando que ela me leve. É por isso que eu gosto de dizer que o amor é meu combustível: sem amor, eu não ando. Até o ato de escrever, eu só faço por amor, por prazer. Talvez se fosse “por dever”, eu não conseguisse escrever nada. É justamente por isso que eu não gosto de me “intitular” de escritor. Clarice Lispector se dizia amadora talvez por isso: só escrevia por amor. Escritor para mim é aquela pessoa que para, pensa e escreve. Já vive “programado” para escrever. Eu nunca me programei para nada. Gosto de viver à mercê da inspiração. Sou como Dorival Caymmi: as indústrias fonográficas queriam que ele “produzisse musica”, mas ele só fazia quando tinha inspiração.
Mas voltando ao título, tem gente que tem um amor só: o amor ao dinheiro, o amor ao luxo... Essas pessoas às vezes nem tem dinheiro, nem luxam, mas vivem se deslumbrando com as que têm e ficam se exibindo, para deleite dos pobres amadores. Outras, por não amar alguém, amam seu carro, seu bicho de estimação, sua plantinha, sua casa, sua religião, seu grupo, seu time... E assim vão morrendo aos poucos.
A.J. Cardiais 22/09/2013 imagem: a.j. cardiais
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Poeta
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Dizem que Deus fez o homem de barro. Moldou, esculpiu, soprou: deu-lhe vida.
Então se Deus fez a mulher da costela do homem, Ele usou na mulher um "material" melhor.
E como Ele já estava com mais experiência sobre "fabricação" humana,
Fez a mulher mais bem feita. Mulher, seja o que você é: uma obra prima de Deus.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Os homens em busca do ouro, destroem nossos tesouros. De que vale procurar pela riqueza, deixando a Natureza completamente destruída? A Natureza é nossa vida! Sem a Natureza fica difícil viver...
Mas pelo ouro o homem é capaz de morrer.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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O homem é pequeno diante da natureza, mas sente-se numa grandeza que não tem tamanho.
O mar vem, e dá um banho. A Terra treme e transforma tudo em entulho... Mas o homem não se dobra. Continua com seu orgulho.
Quando será que o homem vai aprender, que destruindo a Natureza nós é que vamos sofrer?
A.J. Cardiais 17/11/2012 imagem: google
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Poeta
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O homem consome a cidade, a cidade consome o homem. O homem consome a beleza, a beleza consome o homem...
O homem consome o físico, o físico consome o homem. O homem consome o dinheiro, o dinheiro consome o homem...
O homem consome o prazer, o prazer consome o homem. O homem consome a bebida, a bebida consome o homem...
O homem consome a droga, a droga consome o homem. O homem consome o lixo, o lixo consome o homem...
A.J. Cardiais imagem: a.j. cardiais
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Poeta
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Não me cobrem o sentido... Hoje estou imbuído de soltar o palavrório. Ter, eu tenho acessório. Tenho um monte de palavras em minha mente; um monte de imagens à minha frente; inúmeras razões aparentes...
Começaremos pela chuva: essa água benta, que quando cai na terra mistura-se, fica fedorenta e me dá margem para rimar. Vou aproveitar e falar da enchente, que está matando muita gente e causando desolação...
A culpa de tudo é do Bicho homem... Estou chamando de “Bicho”, por não ter outro nome que eu possa usar, para “desqualificar” esta nossa espécie... Incluo-me também apesar de não concordar com tanta coisa que eu vejo.
Intitulamo-nos de seres “racionais”... Com que razão usamos este título? Talvez tenhamos razão... O racional não usa o coração. É frio e calculista. Por esta razão, perde de vista a intuição; o instinto de sobrevivência que, nos outros “animais”, deve ser a única “inteligência”...
Estou sendo muito árduo com a “nossa” espécie... Mas acontece que as pessoas esquecem das outras formas de vida. Quando a Ciência dividiu a Natureza em “reinos”: reino animal, reino vegetal, reino mineral... Transformou tudo em reinados. E para cada reinado, existe um rei...
Alguém respeita o reino vegetal? Alguém respeita o reino mineral? Alguém se lembra, por acaso, que todos eles estão em nós? Alguém se lembra, por acaso, que para sobreviver nós precisamos do animal, do vegetal e do mineral?
Alguém se lembra disso quando, para expandir sua plantação, destrói toda a vegetação que há em volta? Alguém se lembra disso quando constrói suas fábricas de poluição e polui os outros reinados em volta?
Pois é... Tudo tem volta. A Mãe Natureza, para mostrar que está viva, se revolta... E para isso Ela conta com a ajuda do Deus Sol e da Deusa Chuva... Racionais, limitem suas ambições, limitem seus desejos... Sejam um pouco Emocionais: usem mais seus corações. Olhem em volta e entrem em comunhão com os outros Reinos... Se eles nos faltarem, nada sobreviverá. Principalmente nós... Aí sim, será o FIM.
A.J. Cardiais
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Poeta
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O homem é pequeno diante da natureza, mas sente-se numa grandeza que não tem tamanho.
O mar vem, e dá um banho. A Terra treme e transforma tudo em entulho... Mas o homem não se dobra, continua com seu orgulho.
Quando será que o homem vai aprender, que destruindo a Natureza nós é que vamos sofrer?
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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A manhã transcorre em poesia... Não quero uma alvenaria de palavras me cercando. Quero meu pensamento solto...
Voando nas asas do acontecimento. Eu quero o momento de uma rima qualquer.
Rimar homem ou mulher... Rimar tudo que vier... Eu quero ver o dia saltitante de alegria, com a brincadeira do sol.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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