Sonetos :  Soneto de amor a arte
Soneto de amor a arte
Um soneto bate em minha porta
numa hora imprópria, errada.
Tentando não perdê-lo por nada,
eu jogo-o numa rima torta.

Tanta coisa assim me invade
sem “se tocar”. Quem se importa?
Para ele, hora imprópria, morta,
tanto pode ser cedo como tarde.

Mas de que reclamo,
se este é o prêmio
por dizer que o amo?

Tanto faz: Hora, dia, ano...
Quando morto: um gênio!
Quando vivo: um insano!

A. J. Cardiais
imagem: google
Poeta

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