Poemas :  Dunas de seda

É no nosso ocaso
Que Florescem fantasias
E me desafias,
De gozo extravaso
Quando me seduzes
Com as milhentas luzes
Que me confias
Nos teu olhos românticos
E me contagias
Com desvios tântricos
E o teu corpo nu, deserto,
De espírito entreaberto
Com prazer arrebato
Porque me apressou
A sede que me torturou
E agora a mato
Com um esforço suarento
Em que me deslizo
Num arrepio num riso,
De atrevimento,
Do carnal desejo
Com um derradeiro pestanejo
Que tento
pelos teus cabelos
Que me acercam belos
Como sombras ao vento.
Ainda me queres
Eu pego em fogo
Entro no teu jogo
Se assim preferes
Mas não te toco
Evito, te provoco
Quase te roço,
Abraça a energia
Que te assedia
Enquanto te adoço
E o fogo amenizo,
No momento preciso
Em que um suspiro segreda
A mútua entrega
Que nos aconchega
Em dunas de seda.

tavico
Poeta

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