Vilians3

Poemas, frases y mensajes de Vilians3

Selección de poemas, frases y mensajes mais populares de Vilians3


Cómo decirte

Cómo decirte,
Sin que lo sepas que si me lo pidieras
Te daría un universo.

Como mantener lejos de ti este secreto,
Totalmente desvelado, en cada mirar
... en cada gesto.

Como esconder hasta morir,
Esta llama ardiente en mi pecho
Cuando te veo.

Como matar este vil deseo
Sin que te acaricie
Sin que te posea.

Trad. de Gustavo Arturo Restrepo

“ Como dizer-te,
sem que o saibas que se mo pedisses
dar-te-ia um universo.

Como manter longe de ti este segredo,
tolamente desvendado, em cada olhar
em cada gesto.

Como esconder até morrer,
esta chama ardente no meu peito
quando te vejo.

Como matar este vil desejo
sem que te toque
sem que te tenha.”

MRLEAL - 2012

A triste flor

Que belos são os teus ramos,

os teus nós entrelaçados…

Quem és tu?



Dizes-me que és uma árvore apenas,

Entranhada na terra, à mercê do vento,

da chuva e do sol…



És, realmente, bela,

to digo eu que sei tudo acerca da beleza!



És serena e imponente,

apesar de um pouco altiva,

invejo-te o porte elegante

e as rugas de sabedoria...



Nada temes nem receias

seja dor ou sofrimento,

nada muda o teu semblante

nem a morte ou o vento…



As coisas que já viste

e tiveste que calar

Carregaram-te o olhar



com uma sombra triste…

e da tristeza, bem sei falar ,

Sente o meu perfume



feito de pura melancolia,

serei eternamente jovem,

Sem saber nada da vida.



Morre-se-me,

Aqui perante ti,



o meu tempo mas se tenho só este momento

então nasci p’ra te admirar…

Inercia fatal

Más que placer hacer nada

Solamente ser sin pensar en nada

Estar al sol, si él llega,

Sino paciencia,

Tendré que esperar.



Más que placer hacer nada

Ni siquiera preocuparme

Haga yo lo que haga

Todo gira sin parar



Más que placer hacer nada

Ni sufrir ni ansiar

Cuando mi tiempo se agota

Que lea esto, quien quiera…

Traduzido por Gustavo Arturo Restrepo de um poema de Maria do Rosário Leal

El poeta - O poeta

Balancea los pies

En la orla del puerto

Sobre las rutilantes aguas

El poeta.

Contempla hasta no poder más,

Sabe que su cuerpo ya no aguantará

Un próximo viaje

Hace mucho que dejó de estar por ahí

Rumiando la belleza de algún pensamiento

O de escurrirse en él

Por él

A través de él.

Las palabras ya no sirven para nada

Nunca más servirán

Ahora que se detienen.

En vano.

Se escapa de nuevo el pensamiento.

No sabe,

Cualquier ruido o color

U otra cosa cualquiera,

Son ahora su aire o su sustento

Imposibles de agarrar.

Traducción Gustavo Arturo Restrepo



"Balança os pés

na beira do cais,

sobre as rutilantes águas

o poeta.

Olha até não poder mais.

Sabe que este corpo já não aguentará

a próxima viagem.

Há muito que se deixou ficar por ali

a saborear a beleza de algum pensamento

ou a escoar-se nele

por ele,

através dele.

As palavras já não servem o seu intento.

Nem nunca serviram

agora que se detém.

Em vão.

Foge-lhe de novo o pensamento.

Não sabe,

qualquer ruído ou cor

ou outra coisa qualquer,

são agora o seu ar e o seu sustento.

Impossíveis de agarrar."

Poema de Maria do Rosário Leal

OITO

Oito vezes fui ao cais

esperar-te,

ansiando o teu regresso.

Oito vezes, até mais

pois só à décima me devolveram o teu corpo.



Vinhas de gesso vestido

os lábios, de carmesim pintados

os cabelos negros enrolados

e as mãos roxas sobre o peito,

em cruzeta.



Oito vezes quis morrer,

talvez mais, não o sei.

À décima, me quedei

e as oito lágrimas que deitei

guardei-as numa gaveta.



Ao cais, não mais voltei.

Inércia fatal

Mas que prazer nada fazer

Apenas ser, sem pensar

Estar ao sol, se ele vier,

Senão, paciência,

Terei que esperar…

Mas que prazer nada fazer

Nem sequer me preocupar

Faça eu o que fizer

Tudo gira sem parar...

Mas que prazer nada fazer

nem sofrer ou ansiar.

Quando o meu tempo se esgotar

que leia isto, quem quiser...

Ao florir a amendoeira- tradução

Nubes oscuras,

Cargadas

Sombrean el horizonte.

Escurren lágrimas,

Pesadas

Por los edificios de gastados ladrillos…

Al fondo de las aceras

Crecen charcos negros

Sucios por la basura de los hombres.

A l oirse los estruendos, se cierran las vidrieras.

Entre paredes,

Se resguardan los deseos y crecen

Secretos.

Serenamente,

Me entrego a los brazos del silencio.

Allá afuera.

La lluvia arranca el frágil tallo de la flor blanca

Del Almendro.

Traducción Gustavo Arturo Restrepo





"Nuvens escuras,

carregadas

sombreiam o horizonte.

Escorrem lágrimas,

pesadas

Pelos prédios de azulejos gastos…

Ao fundo das calçadas

crescem poças negras

sujas pelo lixo dos homens.

Aos estrondos, cerram-se vidraças.

Entre paredes,

resguardam-se os desejos e crescem os segredos.

Serenamente,

entrego-me aos braços do silêncio.

Lá fora,

a chuva arranca do frágil caule a branca flor da amendoeira"

fogo

Lufadas de ar quente

Inebriam os sentidos

Gritos agudos, aflitos

Ferem os ouvidos

Crepitam as casas

Desabam os muros

Fugiram os animais

antes de tudo,

e os velhos, arrastados

para sítios seguros,

choram lágrimas secas e

abrem as bocas num pedido mudo.

Enegrecido o sol

queimado o futuro

não há dia nem noite

só rolos de fumo.



MRLEAL - 17.03.2013

O pintor

O Pintor

De olhar ardente, esgotado,
Segue pela rua abaixo a figura do pintor.
Corcovado,
o torto ombro arqueado,
assina-lhe a silhueta inconfundível
no contra luz de néon branco do café.
Parou.
Acendeu outro cigarro.
De onde está, não me vê mas sinto-lhe o olhar
a existir dentro de mim.
Não respiro.
Assim ficámos, suspensos um do outro,
enquanto os nossos mundos se tocavam, em ânsias…
Arde-me o peito,
em brasa como a chama do cigarro que ele esmaga no passeio com o pé,
por fim.
Silêncio, na rua onde a noite se escondia.
Se falasse, diria que nada viu.

MRLEAL – 23.03.2012

O poeta

Balança os pés

na beira do cais,

sobre as rutilantes águas

o poeta.

Olha até não poder mais.

Sabe que este corpo já não aguentará

a próxima viagem.

Há muito que se deixou ficar por ali

a saborear a beleza de algum pensamento

ou a escoar-se nele

por ele,

através dele.

As palavras já não servem o seu intento.

Nem nunca serviram

agora que se detém.

Em vão.

Foge-lhe de novo o pensamento.

Não sabe,

qualquer ruído ou cor

ou outra coisa qualquer,

são agora o seu ar e o seu sustento.

Impossíveis de agarrar.


MRLEAL - 4.4.2012

Seca

Seca

Escribo
Tardíamente,
Para quien quiera y pueda leer
Palabras que me salen a torrentes,
Descontroladas,

Agonizantes,
Palabras inciertas, inconstantes
A chorros
En furores cautivantes.
Perdidas en el éter, devueltas
Desde lo alto por las lluvias que este año tardan en llegar.
Se siente, en el aire

Amargura, cansancio.
….
Las escucho,
En estados febriles.
Las escribo
en los tiempos muertos.
Tradução de Gustavo Arturo Restrepo


"Seca

Escrevo
tardiamente,
para quem quiser e puder ler
palavras que me saem em rompantes
descontrolados,
agonizantes.
Palavras inseguras, inconstantes
aos jorros e golfadas cativantes.
Perdidas no éter, ser-nos-ão volvidas
por altura das chuvas que este ano teimam em tardar.
Sente-se no ar amargura,cansaço.
...
Oiço-as,
em estados febris.
Escrevo-as nos tempos mortos."

MRLEAL – Abril 2012

Ao florir a amendoeira

Nuvens escuras, carregadas,
Sombreiam o horizonte.
Escorrem lágrimas,
pesadas
Pelos prédios de azulejos gastos…
Ao fundo das calçadas
crescem negras poças
sujas com o lixo dos homens.
Estrondos, cerram-se vidraças.
Entre paredes,
resguardam-se os desejos e crescem os segredos.
Serenamente, entrego-me aos braços do silêncio.
Lá fora,
a chuva arranca do frágil caule
A branca flor da amendoeira.

Em cacos

A veces,

en las noches amenas de verano

Cuando el cuerpo

Cansado de sublevarse

Procura la calma serena y fría de la Luar blanca

El velo azul del cielo

…me acoge en su regazo.

Los barbaros monjes caballeros

Persiguen, ardientes de deseos

Las lindas princesa árabes...

Y se oyen risas, en las doradas llanuras.

En la luz parda y clara que antecede al nacer del sol

Se quiebra de súbito, el hechizo.

En el suelo, los trozos partidos de otra ilusión

Yacen, golpeados los sentidos.

Traducción Gustavo Arturo Restrepo



"Por vezes,

nas noites amenas de Verão,

quando o corpo,

cansado de se revoltar

procura a calma serena e fria da branca lua,

o veludo azul do céu acolhe-me no seu regaço.


Os bravos monges cavaleiros

perseguem, ardentes de desejos

As lindas princesas árabes…

E ouvem-se risos, nas douradas planícies.


Na luz parda e clara que antecede o nascer do Sol

Quebra-se, de súbito, o feitiço.

No chão,

os cacos de outra ilusão

Jazem,

ferindo os sentidos."

De mirar ardiente

O Pintor
poema de Maria do Rosário Leal

De mirar ardiente, agotado,

Sigue calle abajo la figura del pintor.

Encorvado,

Torcido el hombro arqueado

Enseña su silueta inconfundible

A contra luz del neón blanco del café

Se detuvo

Encendió otro cigarrillo.

Dónde está, no me ve pero siento el mirar

Latir dentro de mí.

No respiro.

Así estamos, suspensos uno en el otro

En cuanto nuestros mundos se tocaban, en ansias…

Me arde el pecho

En brasa como el fuego del cigarrillo que él aplasta en la acera con el pie

En fin

En la calle donde la noche se oculta, se calla el silencio pero si hablase

Diría que nada vio.

Traduccion Gustavo Arturo Restrepo

ah, se eu pudesse

Ah, se eu pudesse

aprender a contentar-me

com o brilho das estrelas

sem querer conhecê-las...

Se eu pudesse fugir aos meus pensamentos,

intensos descontentamentos e aos seus porquês...

Talvez pudesse dormir

sossegar de querer novos impossíveis

todos os dias

saborear apenas a paz de um instante

o sol a brilhar

uma folha a cair.

Ah, se eu pudesse...

me callo

Me callo

Delante del espectáculo doloroso de este mundo.

No por motivos sublimes,

Solamente por tristeza.

Me callo

Delante del continuo fluir de la Naturaleza,

Que sea sí, por su belleza

Merece mi mudo aplaudir.

Pero, a pesar de esta bendición o quizás por ella,

La melancolía de otros horizontes despunta…y insiste en surgir

Qué hacer con este nudo en la garganta,

Profundo,

El terrible despertar de un monstruo que me va a devorar

Me callo

Cuando veo el mar

Para oír las mareas ir y venir

Me callo,

Para oír el silencio,

Me callo

Para sentir.



(Traduccion de Gustavo Arturo Restrepo do poema "Calo-me" de Maria do Rosário Leal)

Como dizer-te

Como dizer-te,
sem que o saibas
Que se mo pedisses
dar-te-ia um universo.
Como manter longe de ti
este segredo, tolamente desvendado,
em cada olhar,
em cada gesto.
Como esconder até morrer,
esta chama ardendo no meu peito
Quando te vejo.
Como matar este vil desejo
sem que te toque
sem que te tenha.

MRLEAL – 31.01.12

Em cacos

Por vezes,
nas noites amenas de Verão,
quando o corpo,
cansado de se revoltar
procura a calma serena e fria da branca lua,
o veludo azul do céu acolhe-me no seu regaço.

Os bravos monges cavaleiros
perseguem, ardentes de desejos
As lindas princesas árabes…
E ouvem-se risos, nas douradas planícies.

Na luz parda e clara que antecede o nascer do Sol
Quebra-se, de súbito, o feitiço.
No chão,
os cacos de outra ilusão
Jazem,
ferindo os sentidos.

MRLEAL - Março 2012

Uma palavra, apenas

Agita-se
O meu interior
Num turbilhão violento.
É, talvez, um pensamento
Mas age como um vulcão.

Penso, então, em escrever
Um pouco sobre esse momento.
Não por interessar a alguém
Mas p´ra acalmar o sofrimento.

Na minha doce ilusão
Solto um grito em silêncio
P´ra matar a solidão
Basta uma palavra, apenas.

MRLEAL – 20.03.2012

Por entre as paredes serenas

Na branca paz do claustro
emparedam-se as mortas em vida.
Paz podre,
mas merecida
por tanta miséria sofrida.

Apenas vaguear por ali,
imaterialmente,
sem sentir as leis terrenas,
apenas ser,
existir,
por entre as paredes serenas
enquanto rosas brancas murcham no jardim.

MRLEAL – 30.03.2012