Poemas :  fogo

Lufadas de ar quente

Inebriam os sentidos

Gritos agudos, aflitos

Ferem os ouvidos

Crepitam as casas

Desabam os muros

Fugiram os animais

antes de tudo,

e os velhos, arrastados

para sítios seguros,

choram lágrimas secas e

abrem as bocas num pedido mudo.

Enegrecido o sol

queimado o futuro

não há dia nem noite

só rolos de fumo.



MRLEAL - 17.03.2013
Poeta

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