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"O meu descansar com as pessoas o é conversar com pessoas"
(o meu descanso é conversar com pessoas)
Ricardo Nabais
(Maria Carla)
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Poeta
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Mas afinal, para que serve a poesia? A filosofia, a escrita, o acordo ortográfico E a literatura?
Psicologia, sim!!!! Mas a que preço? Assistentes sociais, políticos… que mais? E outros departamentos governamentais.
E para que servimos nós, Senão macacos da diplomacia da rima? Orientados pelas ondas do tempo.
Aliás, nem sequer chove…. Que desgraça, a natureza secou Os mantimentos da sorte…
Recordo-me de ti, como eras Há algum tempo atrás…. Ou serei eu?
Estou velha, O cérebro prega-me algumas partidas O Maroto!
Mas ainda me lembro da época Em que já fui eu E tu eras tu, igual a mim, Portugal.
Maria Carla
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Poeta
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Já vi as guinadas por outros prismas, Na matemática contemporânea do ontem Da escrita dos deuses, ao poema sentido Passando no cérebro dos filósofos de hoje…
Maria Carla
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Poeta
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Gostaria que os sentimentos se transformassem Por si só, em palavras. Mas não podem, enquanto oprimidos, não conseguem!
Mas as palavras, estas podem voar hoje... mas só hoje! E enquanto escrevo, lembro e Recordo um momento do ser feliz.
Já que os sentimentos, a isso estão sujeitos, Ao degrado das palavras enquanto escrevo Me esqueço... De tudo o que fui.
(lembranças)
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Poeta
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Indiferença mira-se no rosto, Sentido ao lábio que treme, não sente. E se o notas assim tão indiferente, Nas noras da calçada imprudente É o rosto calcado ao silêncio Num poema parido ao relento!
Pois calcarias lousas uma a uma, De olhar desviado sem ver! Oscularia inimigo…só por sim, Afecto da lua, as quimeras… Respeitaria o grau em bel-prazer E desposarias nada para o ter.
E se o nada difere do uno Naquele que olha o linear, Num espaço vago ao futuro… Então anulo-me inacabada, Em linhas de descoroçoar Num rosto que não diz Nada!
Carla Bordalo
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Poeta
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Dos momentos de agora, aos de sempre Que nem me lembra a memória Acordo ao sonho E devolves as tuas mãos às minhas Com o amor, de sempre! Acordarei… Um dia! A teu lado.
Como se a vida fosse efémera E me esperarias aí, Ao teu lado… Assim vivo, com saudades.
Abraças-me saudade…novamente Sem to pedir, sua épica! Estendes-me teus braços, solidão Habito teu, sem me teres Ser tua escrava e nem pedes e… Me tomas por céptica Onde? Mas onde solidão?
Nos teus abraços...
Carla Bordalo
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Poeta
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Desenhei numa estrela
E com salina colei;
Voar ao céu da fantasia
Numa noite que lá passei.
Gostava de ser como tu
Menino que vejo passar
A correr pela calçada
E que chamo p´ra brincar!
Ó minha fada madrinha
Segura na minha mão.
Também sou um pequenino
Também tenho coração!
Com um toque de mansinho
Da varinha de condão
Seria logo um menino
Não sou feito de cartão.
Cobririas com o teu véu
Como uma bola de sabão
Azul clarinho, cor do céu
Tinha a tua protecção…
Brincaria todo o dia;
Comeria pão e mel.
E só para ti sorriria
Com um riso de papel.
Corria para os teus braços
Como o filho para a mãe,
Na cama em que não me deito
Deixando ser um Zé-ninguém.
Carla Bordalo
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Poeta
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Perdidos na noite, alheios a tudo… Desviam olhares, lábios de mudo. Abstêm ver-te, Criança assustada, Pedindo esmola por entre quem passa.
Estendes na mão pequena e suja Migalhas do nada… em teu coração. A fome aperta em pequena barriga, Pedindo moeda… esmola de Pão!
Pequena Criança, tão só e tão pobre, Em rosto manchado, a lágrima escorre. Que vida madrasta, sem esperança!
Um Lar de Criança em noite que cai, Calor de Mãe, carinho de um Pai… Repleto de Amor… Pequena Criança…
Carla Bordalo
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Poeta
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Se os meus olhos choram em desconhecer Atalhos mais curtos na vasta distância, De mundos iguais em direcção ao saber Também na razão vos pede a criança.
Poderia algum dia, deixar de o fazer?! Soubera eu, da mais pequena estância… Acolheria o mundo num só conhecer, No coração dos homens… em fina esperança.
Olhai Senhor, hoje e sempre as crianças, Permiti-lhes leitura, contos e lembranças Que brinquem e sonhem, criem fantasias
Aos pais dos menores, Senhor… seguranças, Professores e escolas… mas sem ganâncias, Em comum futuro… albergando alegrias!
Carla Bordalo
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Poeta
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