Sinto Quando como Peras Quando bebo Vinho Quando abdico das rimas Para pensar em você ...
Que inventou Mil motivos Para me deixar ir ...
E eu fui, Logo que o dia Amanheceu Porque o frio Da manhã me Chamou para a Chama da vida e me fez Sorrir ...
Sempre fomos eu e O frio da manhã, a me doer Os ossos agora ...
Por isso que gelo nos Dias amanhecidos, Todos eles me lembram de você E de sua incapacidade de Aceitar o amor Que lhe chegou e deu Boas-vindas ...
Entretanto, persistimos, Sou eu e os primeiros Raios de Sol a Cantar a vida, Mesmo que ela doa, Que a nuvem esconda a Luminosidade, Ainda podemos enxergar o Horizonte acenando, a Dizer que a alegria de viver É um mistério, Que nunca pára ...
Nasci quando o dia começou, e tudo me era ensolarado ...
Talvez eu tenha captado Meu momento vital, Sinto emoção em tua Companhia, Percebo tua entrega fervorosa A seu objeto de concentração, Papel de seda, cola, armação, arte. Tantas flores e plantas e nós Conectados pela alegria de viver Em pequeninos gestos que sejam.
Tu a meu lado, Experimentando a luz da tua vida, Mostras-me algo importante, Mas inexplicável como o ponto: Há um mundo de felicidade exposto em Harmonia, confiança, contentamento, natureza, Sentidos unidos, liberdade, Corações risonhos, Boca suave, Leveza, Amor por esses instantes, Em que me enxergo completamente, E me cuido, e te vejo em satisfação, E te respeito, e sinto o universo todo Tamborilar: seja feliz e me faça feliz assim, Seja feliz e me faça feliz assim ...
Nasci quando o dia começou, e tudo me era ensolarado. . .
Sacudi a poeira cósmica Assim que cheguei de Marte Diretinho na praia de Boa Viagem.
Muito bom respirar os ventos Oceânicos, Andar com os pés descalços Por cima de areias brancas Macias . Oh, sal!
Oh, vida que teima em Ser feliz! Oh, força inesgotável que Há dentro desse peito!
Sei que vou vencer novamente, Sem derrotar ninguém. Sinto todo o horizonte azul Acontecer dentro de mim, O movimento da natureza Vibrar com minha Inesperada alegria, Sem se importar Com a possibilidade de Amanhã eu desejar Voltar para Marte ...
Nasci quando o dia começou, e tudo me era ensolarado ...
Onde mastigo estrelas e Reluzo, com olhos inocentes, Só na aparência. Como podem ser tão destoantes?
Eu precisava desse 'descompromisso' todo Para ser igual a minha raiz: Bruta natureza regada a aguardente, Invadindo as profundezas da terra, Para conhecer novas possibilidades De ação, numa metamorfose supersônica.
Podem ser ambientes que Prescindam de qualquer Sentimento, basta ser lugar Onde vontades surjam sem Receios de censuras.
Noite mundo, noite vida, mudo coração.
Nasci quando o dia começou, e tudo me era ensolarado
Ontem eu deixei de me procurar Nas pessoas, seus jeitos, seus sonhos, seus valores. E a sensação de despertencimento imperou.
Pouco tempo após, busquei-me nos costumes locais; Um modo de lembrar o que fui antes dessa névoa Apagar minhas certezas. Aliás, penso, no mundo ninguém tem certeza de nada; Apenas respondem racionalmente, ou não, Algumas perguntas.
O que me resta são pendências Que, por comodidade, empurrei Para o futuro; a boca aberta, Diante do espanto de Ser não sendo, por não Sentir nada.
Nasci quando o dia começou, e tudo me era ensolarado ...