Sonetos :  Luz pequena
O poeta vê o poema
nos pés sujos de barro,
na poeira do carro
ou nos olhos da morena.

O poeta é uma luz pequena,
como a de um vaga-lume.
Mas, como é de costume,
quer iluminar uma arena.

Leva sua vida acenando
para algo impossível.
E assim vai rimando.

O poeta é um ser incrível:
quando está poetando,
se acha inatingível.

A.J. Cardiais
09/02/2013
Poeta

Poemas de amor :  Sonho para uma morena
O meu sonho era
para uma morena
franzina, pequena
um etc de beleza.

O meu sonho era,
como tantos quantos,
para uma cena de amor.

Veja, meu senhor!
Neste embalo eu entro e saio,
mas a saia não sobe...

O meu sonho era um só:
dormir com ela.

A.J. Cardiais
23.06.1990
Poeta