Crónicas :  Carcamano
Tenho a mania de chamar as minhas amizades de carcará ou carcamano. E gosto quando eles devolvem o “titulo”. Porque razão eu faço isto, não sei. No meu entender de doido, não é qualquer um que merece ser chamado assim. O pior de tudo, é que eu ficava chamando as pessoas de carcamano, sem saber o significado da palavra.

Conheci esta palavra lendo o romance “O Velho e o Mar” de Ernest Hemingway. Achei interessante vê-lo batendo nos tubarões com o remo, gritando: Carcamanos!, Carcamanos! Para mim soava como: Vorazes, devoradores.

Uma vez, passando pela orla com um amigo, eu vi um estabelecimento com esse nome. O meu amigo perguntou-me o que significava, e eu respondi que não sabia. Expliquei-lhe que conheci esta palavra no romance O velho e o Mar. Aí passei a narrar-lhe a história.

Hoje, que me deu um “estalo” para escrever sobre o carcamano, foi que resolvi procurar o significado no dicionário.
Está lá: CARCAMANO: (Deprec.) Designação jocosa dada aos italianos: Carcamano da Calábria.
Eu prefiro ficar com minha imaginação doida, achando que significa carcará humano. Fazendo a junção das palavras carcará com humano = CARCAMANO.

A .J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  Eduquemo-nos Para o Silêncio
Esse texto é quase que uma continuação do Eduquemo-nos Para as Criticas. Eu só vou tentar dar mais uma “explicadinha”. O outro eu escrevi de madrugada, e assim que acabei de escrever, postei. Não cheguei a analisá-lo direito. Para falar a verdade, eu não gosto muito disso: ficar analisando um texto meu. Se eu for ficar fazendo isso, acabo não postando. Vai ser um tal de tira palavra, põe palavra, que vou acabar desistindo. Eu gosto de expor o texto ainda com o sangue quente, com todos os erros da minha sabedoria. Mas vamos ao que interessa: O silenciar para as artes.
Falo em silêncio porque, muitas vezes alguém nos mostra alguma coisa que nós não sentimos nada. Nem de bom, nem de ruim... Nada! E a pessoa fica nos perguntando: E aí, o que achou? Se nós formos responder que não achamos nada, será uma ofensa. Se dissermos que acharmos ruim então... Se for amigo, talvez fique inimigo. Algumas vezes nos cobram porquê não gostamos. Mas nem tudo é uma questão de técnica, é uma questão de gosto. Não gostamos porque não gostamos, e fim. É a esta “falta de educação” que eu me refiro. As pessoas precisam aprender que nem tudo agrada a todos. E precisam respeitar o direito do outro não gostar da sua arte, do seu penteado, do seu vestido... De qualquer coisa. Quem tem que se sentir bem com o que está fazendo, é a pessoa. Independente de opinião. Eu, por exemplo, vou descrevendo os meus sentimentos procurando manter-me dentro do que eu gosto, do que eu sei e do que me dá prazer. Gosto de respeitar as regras, até onde as regras me agradam. Quando não agradam, procuro um “caminho alternativo”. Mas a finalidade deste texto é esta: Respeitar as opiniões. Quando alguém ficar calado diante do que você a expõe, subtende-se que ela não tem nada a dizer, por isso o silêncio. Silencie também.

A. J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  Eduquemo-nos para as críticas
Nós precisamos aprender que ninguém é obrigado a gostar da nossa arte. Tudo é uma questão de “identidade”. Como disse Mario Quintana: “Quando não gostamos, é porque não é da nossa família”. Então já partimos para uma coisa mais profunda.
Mas a verdade é que nós precisamos nos educar para receber os nãos da vida. Tem tanto exemplo de pessoas que venceram, apesar de terem recebido muitos nãos.

Muitas vezes, elogiar uma arte sem ter gostado, é mais prejudicial do que falar a verdade ou não dizer nada. Isso ilude o artista. Faz com que ele pense que está agradando, quando na verdade ele não está. Essa questão da educação,”por educação”, só induz ao erro. Principalmente em se tratando de arte. A pessoa pode gostar de uns “ferros retorcidos”, sem saber porquê gostou, sem entender patavinas sobre escultura. Pode ficar atraída por alguns “rabiscos” em um quadro, sem entender nada sobre pintura. Pode gostar das performances do balé, pode gostar de musica “de vanguarda”... sei lá! Pode gostar de um monte de coisas sem que, para isto, precise ter algum conhecimento básico. Este conhecimento adquire-se com o tempo, com um envolvimento maior (ou não).

É lógico que eu gosto quando alguém elogia o que eu escrevo. Mas fico preocupado em saber até onde vai a sinceridade daquele elogio. Às vezes alguém elogia você, esperando uma retribuição. A gente vê muito disso na Sociedade: Os “educados” se elogiam, se beijam, se abraçam e sorriem. Tudo isso com um perfume de falsidade. No meio literário a gente sente esse “perfume” de longe... Eu, como o meu perfume é só o do sabonete, fico me lavando toda hora, pra não ficar “fedendo” no meio dos perfumados.

Mas a verdade é esta: Precisamos de SINCERIDADE em todos os meios. Deixem para elogiar se realmente se sentirem “impulsionados” a fazerem isto. Caso contrario, fiquem calados. Deixem que cada um se exponha e gaste suas energias como achar melhor. Eu gasto a minha aqui, fingindo que escrevo. Faz um bem... E não precisa “elogios”.

A. J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  Conversa puxa conversa
Eu posso entender “superficialmente” sobre muitas coisas. O que me interessa, procuro aprofundar-me mais. Porém tem coisas que, por algum motivo, eu me interesso, mas não procuro aprofundar-me. Política por exemplo. Política é uma coisa que, quanto mais você fica “entendendo”, mais você fica indignado. Talvez seja por isso que o povo procura ficar de fora dessa sujeira. Mas, como eu digo no título "Conversa puxa conversa", o meu assunto aqui é outro. Eu quero falar sobre Folclore. Eu quero saber (dentro da minha santa ignorância), se quando uma determinada coisa é “transformada” em folclore, se ela ganha mais valor ou perde? Eu faço a pergunta, como um ignorante curioso, tentando “designorar”.

Há muito tempo fico observando que as pessoas olham o folclore como um mito, uma brincadeira... Como algo que, por algum motivo, deve ser preservado, mas não precisa ser respeitado. Taí os exemplos: Papai Noel, Saci Pererê, mula sem cabeça... Na hora da precisão, eles estão ali, eles servem para alguma coisa. Depois joga-se fora, esquece-se. Alguém já viu alguma música folclórica valorizada? Não. O valor dela é sentimental. É por isso que o samba de roda, que é a base de muitos sambas de sucesso, é utilizado, e o pessoal que o utiliza não faz a mínima citação da fonte “arrecadadora”.
A resposta é: ah, mas todo mundo já sabe. Sabe, as pessoas que estão na lida há mais tempo e alguns curiosos. Mas a geração de agora e as gerações vindouras, se não tiverem a citação da fonte, jamais saberão.

Bem, mas a conversa é outra. Eu quero chegar é à Religião. Vocês já viram alguma Religião pertencer (também) ao folclore? Isso faz dela o que? Dignifica, valoriza... Ou faz com que ela entre (também) no conceito geral de “folclore”? O Candomblé é “vendido” como folclore. Seus rituais, seus orixás, suas iguarias...
A capoeira é arte marcial, mas é mais vista como folclore. Ela foi disfarçada como dança, para sobreviver. Será que o caratê, o judô etc, lá na terra de origem, também é visto como folclore? Os nossos índios são vistos como folclore. Tudo dos índios é visto como folclore: a religião, as armas, as vestimentas... A cultura enfim. Bem, eu vou deixar os índios para outra conversa.
Eu só quero é saber isto: se alguma coisa “beneficiada” com o título de folclórica, ganha mais valor ou perde?

A.J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  Deus e os políticos
Deus é tão bom, que deu-nos o livre arbítrio, e só se “intromete” em nossa vida se nós chamarmos por Ele, se nós entregarmos nossa vida a Ele. Fora isso, Ele fica observando o nosso comportamento. Não adianta nós apelarmos para Deus, para resolver a situação da política no Brasil. Para Ele resolver esta situação, Ele teria que ser chamado pelos políticos, e entrar no coração de cada um deles. Vocês já imaginaram um político pedindo a ajuda de Deus para governar com sabedoria e honestidade? Eu acho que não. Os políticos se sentem os deuses. Afinal eles mandam e desmandam aqui embaixo, sem medo de nada. Eles sabem que Deus não “castiga” ninguém, então jogam duro sem nenhum temor. Aliás, acho que eles nem se lembram que Deus existe. E se falam o nome Dele deve ser como um adjetivo: Deus queira que dê tudo certo! Ou como uma apelação para conseguir votos dos pobres coitados. Aí alguém diz: Mas tem vários políticos cristãos!. Eu pergunto: Eles estão fazendo o que o Mestre mandou? Eles estão “repartindo os pães”? Por quê que eles não fizeram (ou fazem) como o deputado federal José Antonio Reguffe (PDT-DF): abrem mão de todas as vantagens, de todas as mordomias?

Uma vez político, sempre político. Eles seguem os mandamentos do partido, não os de Deus. Eu não sei quantos são os políticos que “se dizem Cristãos”, mas se eles imitassem o deputado José Antonio Reguffe, já seria uma grande ajuda. Eles estão preocupados é com coisas que não vão melhorar em nada a vida desses pobres coitados. Ficam discutindo é a questão do aborto, o casamento entre homossexuais... estas bobagens que não” infloi nem contriboi” para o bem estar dos cidadãos.
Eu digo e repito: Esses políticos que estão no Poder não querem ajudar a mudar nada... Não tem esquerda, não tem direita, não tem lado nenhum, que esteja pensando no povo. Se tivesse algum, estaria fazendo como este deputado: José Antonio Reguffe.

A. J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  Experimentação ou possibilidades
Não leio nada como um “estudo”... Ou talvez seja um estudo, o que eu procuro ler por curiosidade e prazer. Não sou adepto de nada, nem contra nada. Sou a favor da liberdade. Liberdade de expressão. Mas, com uma condição: procurar saber, procurar conhecer. Isso não significa fazer tal e qual “aprendeu”. Significa que sabe, conhece, mas segue o que quer seguir, o que dá prazer.

Se tudo que se aprendesse, fosse obrigado a fazer tal e qual, as coisas nunca mudariam.
Na poesia por exemplo, eu sempre enfatizo para que leiam Drummond, Bandeira, Quintana, Leminski e outros. Eu peço que leiam, não como uma “obrigação”... Leiam para ter alguma ideia; para fazer alguma comparação. Se gostarem, continuem a leitura. Não acho válido alguém ler algo “só para mostrar que sabe”, sem nenhum prazer.

Mario Quintana disse: “Já li poetas de renome universal e, mais grave ainda, de renome nacional, e que no entanto me deixaram indiferente. De quem é a culpa? De ninguém. É que não eram da minha família”. ¹

É a isto que eu estou me referindo: ler algo que lhe é indiferente, só porque foi escrito por alguém de renome...
Esse texto de Mario Quintana (Carta), quem se arvora a escrever poesia, deveria lê-lo, é ótimo.

¹ Mario Quintana
Em: Carta
Coleção Melhores Poemas
Ministério da Educação – FNDE
Pag. 90

A.J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  Eu, um anti poeta?
Acho que eu sou um anti poeta ou não existe poeta nenhum em mim. É só um personagem, um “encosto”... sei lá. Não sei definir o que é “ser poeta”. Só acho que não é só "escrever poesias”. Deve ser muito mais do que isto. É uma filosofia de vida ou algo assim. Talvez eu esteja exigindo muito do poeta.
Quando eu tenho que participar de algum evento, que é preciso dizer qual é a minha “função”, eu digo “poeta” com tanta timidez, que até parece que estou mentindo. E quando alguém me chama de poeta, eu adoro o título, mas fico como alguém que recebeu uma armadura bem maior de que o corpo franzino.

Para mim, ser poeta é uma responsabilidade muito grande. Quando penso em Castro Alves, Gregório de Matos, Cuíca de Santo Amaro, Rodolfo Coelho Cavalcante... (isto, só na esfera da Bahia) me sinto pequenininho. Não me acho digno de ostentar o título. O que alivia o meu sentimento é ver tanta gente, só porque escreve alguns versos, se auto intitulando de poeta sem, ao menos, procurar conhecer a história dos grandes poetas; sem procurar saber alguma coisa sobre a própria poesia. Mesmo que não faça uso do que aprendeu. Eu, pelo menos, procurei e procuro saber alguma coisa sobre os poetas e sobre poesias. É esse pouco saber que me salva.

A.J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  É preciso curiosidade
Posso até estar enganado, mas defendo uma tese: Ninguém precisa cursar uma Faculdade de Letras, para ser Poeta. Primeiro porque a faculdade não forma ninguém em poeta. Como todas as artes, ser poeta é um dom. E se for olhar na história, os nossos poetas de renome não cursaram Letras, cursaram Direito, Farmácia etc. Eu, depois de estar trilhando pelos caminhos da poesia, fui cursar Letras, pensando em dar mais “peso” à minha poesia... Só cursei quatro semestres. Vi tanta coisa, que achei que acabaria me perdendo. Depois, lendo sobre Paulo Leminski e sobre Fernando Pessoa, fiquei sabendo que eles também abandonaram a faculdade de Letras. Juro que fiquei mais aliviado. Mas não é o certo, pois uma Faculdade é muito importante. Ela sempre abre novos horizontes. Contudo a questão aqui é sobre a curiosidade. Então vamos ao que interessa: Escrevi uma crônica (Eu, Um Anti Poeta?) que deve ter mexido com os brios de muita gente. Inclusive com o meu. Vou tentar me explicar: acho que as pessoas que se "arvoram" a escrever poesia deve, pelo menos, procurar saber um pouco a história da poesia e sobre alguns poetas. Não como um pesquisador, como um curioso. Afinal, a pessoa tem que saber alguma coisa sobre o que ela está fazendo. É como se estivesse “pedindo licença” para trilhar por este caminho, e reverenciando os que já trilharam.
Agradeço ao Oswald de Andrade por ter ousado em romper com os “moldes” de fazer poesia de antigamente: O Parnasianismo e o Simbolismo. Mas ele cometeu um ato que eu acho que foi um pecado: ele desfez dos poetas antigos e queimou livros dos poetas. A mesma coisa, fizeram os Poetas Marginais: desfizeram dos poetas antigos, queimaram livros de Drummond etc. Alguns até disseram desconhecer a poesia de Drummond. Acho isso uma falta de respeito. Se alguém não concorda com o que está sendo feito, exponha seu trabalho para ver se vai agradar o povo; se vai “pegar”. Mas não precisa desfazer de ninguém.

Olhem quantas “escolas” passaram pela poesia depois do Modernismo: o próprio Oswald criou a Antropofagia, em 1928/29. Em 1956 veio o Concretismo, querendo acabar com as palavras, propondo uma poesia mais visual do que literária. Em 1959, poetas ligados ao Concretismo se desentenderam e criaram o Neoconcretismo. Este, já se preocupando mais com as palavras. Em 1962 Mario Chamie cria o Praxismo. Em 1967 Wladimir Dias Pino cria o Poema-Processo. Este também abandonando quase que completamente o uso das palavras. Eles confeccionaram um “pão poema-processo” de 2 metros, que foi comido por 5 mil pessoas, numa Feira de Arte de Recife. E finalmente em 1970 (mais ou menos), a “Geração Mimeógrafo” ou a Poesia Marginal (da qual eu sou fruto), com uma poesia mais desligada, sem compromisso com os métodos acadêmicos. O que foi bom na Poesia Marginal foi que ela não veio como uma “escola” ditando ordem, ditando conceitos. Ela veio rompendo com os já existentes e deixando a poesia livre de qualquer molde, de todas as normas.
Vou frisar mais uma vez: tudo isso que eu escrevi é fruto da minha leitura "descompromissada", da minha curiosidade. Li como um lazer, não como um pesquisador em busca de fatos para comprovar alguma coisa.

A.J. Cardiais
20.11.2011
Poeta

Crónicas :  Entre Explicação & Desculpa
Certa vez eu escrevi um poema intitulado: “Sob Encomenda”. Eu tentava explicar que eu não sei escrever sem ser inspirado. Tenho que viver o que eu escrevo, tenho que sentir... A “coisa” tem que sair de dentro de mim. Não sei olhar para algo e escrever... Não sei escrever “de fora, pra fora”. É algo meio difícil de explicar. Não tenho nada contra quem escreve sobre qualquer coisa, a qualquer hora, debaixo de chuva, de sol, primavera, verão ou inverno... Quem é escritor profissional precisa saber e ter estas armas. Mas eu sou é poeta (juro pra vocês que eu falo esta palavra com uma certa “inquietação”). E além disso, não sobrevivo de escrita. Escrevo simplesmente por prazer. Apesar de ter uma preocupação enorme com o que escrevo, mas não tenho tanto responsabilidade. Talvez por isso que advenha o prazer.
Deixe-me explicar uma coisa: Estou referindo-me à poesia. Não acho fácil olhar para alguma coisa, e fazer um poema... Não acho fácil alguém dar-me um tema, e eu fazer um poema... Estou falando neste sentido. Outro tipo de texto, tudo bem. Mas na poesia é outra coisa. Parece que ela carrega nossa alma do momento. Digo do momento, porque nós temos vários momentos. E aquele momento em que nós estamos escrevendo, a nossa alma deve estar sendo carregada. Talvez nem estejamos vivendo o momento física ou emocionalmente. Mas é o nosso momento, aquele que nós estamos passando para a escrita. Eu tenho uma certa “indiferença” com acrósticos, justamente por achar que o acróstico é uma coisa muito “técnica”, muito fria.
Vou dar um exemplo: Na década de 80, quando eu vivi os melhores momentos da poesia, depois de algum evento, saia aquele bando de poetas curtindo de bar em bar... E quando alguma pessoa pedia que fizéssemos uma poesia para ela, a nossa “válvula de escape” era o acróstico. Perguntávamos o nome da pessoa e, pimba! Tome um acróstico. Então para mim, é uma coisa sem emoção. E o que eu mais curto em escrever, é justamente a emoção de começar sem saber no que vai dar. Muitas vezes começo a escrever pensando em uma coisa, e vai dar em outra. Parece que a escrita tem vontade própria. É isso que me agrada.
Tenho visto nas comunidades de poesia, os poetas fazendo poesias em parcerias, mas eu não entro na brincadeira. Eu não consigo “entrar” na idéia de outra pessoa. Um amigo meu, o poeta Antonio Sanábria, em um dos seus livros colocou um poema para o leitor terminar. A intenção dele é editar um livro com essas parcerias. Quando eu vi essa idéia, aplaudi, gostei muito. Tentando tornar-me um parceiro (poético) do meu amigo, debrucei-me sobre poesia, tentando completá-la... Quando eu escrevia alguma coisa, ficava alegre, achando que tinha conseguido. Depois que passava o calor da euforia, ao analisar friamente, eu via que nada combinava. Apos tantas tentativas, desisti de querer completar. O livro dele está ali, me olhando...
Para completar esta idéia, vou contar um caso que deve ilustrar bem onde eu quero chegar com essa história: O meu compadre, o poeta Luiz Nazcimentto, tem uma facilidade enorme para escrever “sob encomenda”. Tem três poemas dele que todo mundo que lê, gosta. Mas ele não suporta. Ele não os coloca em lugar nenhum, só porque os poemas são “frutos” de desafios. Desafiaram ele, ele escreveu, provou que faz, e fim. Encerrou o caso. Quando alguém questiona porque é que ele não gosta dos poemas, ele diz: Eles não nasceram de mim, eu não gosto de poemas feitos assim!

A.J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  Un país llamado libertad
Coaccionando todo, condiciones vienen impuestos van son muchos los deberes por cumplir en los países llamados libres. Lo utópico que no existe pero no lo hacen creer y vivimos encerrados por el sistema y por nuestras propias convicciones creadas y no comprobadas.-
De lo legal a lo ilícito un pequeño camino hay que recorrer y caminamos a raya siempre jugando según el bienestar que deseamos llevar.-
Limitantes las drogas, la información, el idioma y las fronteras invisibles que solo son como el escudo para mantener la selva cercada y no haya intromisiones ajenas.-
Los autómatas que se rigen por condiciones interpuestas por otros seres que ni sabemos quienes son y rigen parte de nuestra vida creando un modelo a seguir donde todos tratan de pasarse las leyes, y con severidad el estado busca protegerse para el bien común.-
Y el poder central vigilante de que toda norma se cumpla aunque en casos extraordinarios se le perdone a muchos su intransigencia y lo absuelva el gobierno y declare que se aplicaran penas más duras a quien las infrinja. Aquí hay un estado permisivo para unos y pendenciero para los demás.-
Todos felices por que callan y no tienen medios de defensa en el súper-estado que todo lo manipula y rige y castiga a cualquier infractor.-
Gentes en las calles que corren presurosas, gentes sin destino que aun así se les ve su prisa y siguen en el vibrante orden impuesto donde uno cree todos caminan para el mismo lado sin saber para donde.-
Si, aquí solo se respira libertad, eso dicen los sabios que llevan entre sus manos las cadenas y escondidos llevan los nuevos estatutos, normas muy claras para seguir viviendo en comunidad.
La farsa esta hecha pero aun así hay que seguir por que la identidad de esta región hay que seguir fortificándola aunque se pasan de tanta norma y poca acción.
Esta es la nueva maravilla constituida hace tiempo, donde la gente no piensa, no actúa en la grandes decisiones y viven en estado de shock y stress y no duerme por que le preocupas no cumplirle al sistema que lo tiene registrado cada paso que da.-
El orgullo esta mancillado, se desbordo el sistema y aun así, nos creemos lo maravilloso del régimen, el gran país donde vivimos y lo libre de actuar, aunque el camino esta demarcado.-


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