Crónicas :  Eduquemo-nos Para o Silêncio
Esse texto é quase que uma continuação do Eduquemo-nos Para as Criticas. Eu só vou tentar dar mais uma “explicadinha”. O outro eu escrevi de madrugada, e assim que acabei de escrever, postei. Não cheguei a analisá-lo direito. Para falar a verdade, eu não gosto muito disso: ficar analisando um texto meu. Se eu for ficar fazendo isso, acabo não postando. Vai ser um tal de tira palavra, põe palavra, que vou acabar desistindo. Eu gosto de expor o texto ainda com o sangue quente, com todos os erros da minha sabedoria. Mas vamos ao que interessa: O silenciar para as artes.
Falo em silêncio porque, muitas vezes alguém nos mostra alguma coisa que nós não sentimos nada. Nem de bom, nem de ruim... Nada! E a pessoa fica nos perguntando: E aí, o que achou? Se nós formos responder que não achamos nada, será uma ofensa. Se dissermos que acharmos ruim então... Se for amigo, talvez fique inimigo. Algumas vezes nos cobram porquê não gostamos. Mas nem tudo é uma questão de técnica, é uma questão de gosto. Não gostamos porque não gostamos, e fim. É a esta “falta de educação” que eu me refiro. As pessoas precisam aprender que nem tudo agrada a todos. E precisam respeitar o direito do outro não gostar da sua arte, do seu penteado, do seu vestido... De qualquer coisa. Quem tem que se sentir bem com o que está fazendo, é a pessoa. Independente de opinião. Eu, por exemplo, vou descrevendo os meus sentimentos procurando manter-me dentro do que eu gosto, do que eu sei e do que me dá prazer. Gosto de respeitar as regras, até onde as regras me agradam. Quando não agradam, procuro um “caminho alternativo”. Mas a finalidade deste texto é esta: Respeitar as opiniões. Quando alguém ficar calado diante do que você a expõe, subtende-se que ela não tem nada a dizer, por isso o silêncio. Silencie também.

A. J. Cardiais
Poeta

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