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Não escrevo do alto... Também não vivo pousado em nenhuma núvem... Escrevo daqui, do asfalto, do barro, do mato tudo que me toca o coração.
Pode ser uma dor pode ser um amor pode ser uma indignação...
Pode ser um devaneio... Por que não? Tudo me é permitido.
Sonho, mas não fico iludido. Minha realidade não deixa.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Estou em crise... Não sei escrever tecnicamente, como muita gente faz. Eu escrevo para ficar em paz.
E só escrevo inspirado. Preciso ser provocado, preciso estar comovido, preciso ser induzido...
Às vezes eu me provoco. Às vezes eu me toco, e tento caminhar sozinho...
Mas a poesia é flor e o poema é o espinho. E no meio do caminho, eu topo na pedra da dor.
Então, abandono meu intento e vou buscar alimento nos livros de algum autor.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Caminho pelas ruas e ninguém sabe que eu sou poeta... E se soubesse, o que mudaria?
Bem, o que interessa são meus olhos leitores, que buscam encontrar nas dores alguma poesia.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Mando sinais de fumaça para chamar os poemas. A vida passa... Vejo nas nuvens.
A chuva cai... Não pedi chuva. O sol se abriu. Não pedi sol.
O vento canta e a poeira levanta. Não pedi vento, não pedi canto, nem que a poeira levantasse...
Seria tão bom se um poema visse os meus sinais e atendesse o meu chamado...
Mas vou parar, já estou cansado.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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O poeta quer mostrar serviço... O poeta quer mudar o planeta. O poeta quer voltar ao início, no tempo do “boi da cara preta”.
Não adiantou avançar, sem se domesticar... Não adiantou descobrir que o azul do céu, é o ar...
Não adiantou tanto invento, sem tomar as devidas precauções... Agora chegou o momento de lutar contra os dragões.
Eles estão nos destruindo, eles estão nos sufocando, eles estão nos engolindo...
Tem gente não acreditando e continua poluindo... E o dragão se alimentando.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Não tente entender-me, pois nem eu me entendo... Às vezes vou à luta, outras, me rendo.
Às vezes sou força bruta, outras, só diplomacia... Às vezes minha face oculta transparece na poesia.
A.J. Cardiais
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Poeta
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O sol está brindando a tarde... O verde se assanha com o vento.
O meu pensamento invade a paisagem à procura de um poema.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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O relógio e o coração Fazem uma canção resumida: Tic, tac, tum – tic, tac, tum... Se um parar, perdemos a hora. Se o outro parar, perdemos a vida.
A.J. Cardiais 19.08.2011
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Poeta
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Toda segunda feira Eu morro... Eu peço socorro Para subir a ribanceira.
Toda segunda, Não é a primeira, Tenho que levantar E sacudir a poeira.
Toda segunda A poesia abunda De qualquer maneira...
Toda segunda feira, A vida vagabunda hasteia a bandeira.
A.J. Cardiais 15.08.2011
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Poeta
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Não escrevo poesia... Descrevo sentimento. Faço uma “fotografia” do meu momento.
Algumas vezes escrevo uma trova vazia. Outras vezes descrevo minha monotonia.
Quando estou “por um fio”, escrevo um poema arredio cutucando o parlamento.
Quando estou inspirado, escrevo um poema bordado com chuva, sol e vento.
A.J. Cardiais 15.08.2011
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Poeta
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