Poemas :  Sem inspiração
Sem inspiração
Falar
da epiderme das raças,
da violência nas estradas,
dos que dão contramão...

Falar da fome, da falta de pão,
do sentido obrigatório da vida
da alma perdida
do sem teto, do sem chão...

Falar do meu itinerário,
do meu dicionário
sem direção...

Falar do quê?
Fala nada não...
Você não vê?
Estou sem inspiração.

A.J. Cardiais
30.12.2009
imagem: google
Poeta

Poemas :  Fantasiando
Fantasiando
Cada poeta escreve
focado em sua realidade.
Quem vive numa turbulência,
escreve com violência
e com agressividade.

Eu, para encontrar calmaria,
enfrento a tempestade
escudando-me na fantasia.

A.J. Cardiais
07.07.2014
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  Violência
Violência
...E você passa
pela rua
sem graça...

O desemprego,
o medo lhe abraça
e você segue
vivendo na raça...

Tem de correr
e se esquivar,
pra não morrer,
pra não matar...

É a violência
no seu encalço
no seu enlace
no seu roteiro.

A.J. Cardiais
21.03.1984

imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  Guerra fria
Guerra fria
Eles falam de guerra
como se vivêssemos em paz.
Acabar com esta guerra
todo mundo é capaz.

Eles pensam que a guerra,
são só canhões estrondando...
Mas a pior das guerras
é a que a gente vem passando:

São políticos roubando,
é o trânsito matando,
o desemprego assolando
e a violência aumentando.

A pobreza crescendo
e a tristeza logo atrás.
Ainda pensam em guerra...
Como se vivêssemos em paz.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  O GRITO DA TERRA
O GRITO DA TERRA
Ahinsa!

Desde as eras primitivas
a Terra se nutre
do fluido cósmico
que abre-lhe entranhas,
percorre-lhe inteira.
Na etérea poeira
de luz das estrelas
o fluido lhe vem.
Inunda-a de vida
esse mágico bem.
O sangue dos seres
que surgem e passam
Gaia o transfunde
noutros que, em ciclo
ascendente, sustém.

O espírito de Gaia
canta na Natureza
a música do Infinito.
Em culto à beleza,
exalta essa Fonte
da Vida que a anima.
e que ela sublima
ao multiplicá-la
no espaço irrestrito.

Mas traz no seu canto
uma ária bem triste.
Sofre os excessos
dos filhos ingratos.
Está no limite.
Dá mostras de seus
sucessivos maus tratos.
Lamentavelmente,
comovem a poucos,
por certo, aos melhores
os duros apelos que emite.

Gaia está farta de sangue,
farta dos homens, talvez,
porque não cessa a ganância,
porque não cessa a violência ,
esses cancros resultantes
da insensatez.

Ciclônico éolo a bramir,
convulsiona o oceano,
rebenta do solo, feroz.
Sofrem-lhe muitos a fúria.
Ouvem-lhe muitos a voz.

Há os que riem e bebem e comem,
com as mãos manchadas de sangue.
Sabem que a Terra prescinde do homem.
Nenhuma voz os confrange.

(Da coletânea “ESTADO DE ESPÍRITO”)

..............................................

AHINSA! (En Esperanto)

Serĝjo de Sersank

De la primitivaj tempoj -
kia profunda mister’! -
el kosma emanaĵo,
kiu plene ĉirkaŭas
kaj ĝin trapenetras,
nutriĝas la Ter’.

Simile al l’etera pulvo,
devenas tiu ĉi fluido
el la senfina stelar’
kaj ĝi alportas la vivon -
miraklo ja sen kompar’.

La sango de ĉiu estaĵo,
tuj naskita jam pasanta,
transfuzas Gaja en aliaj,
tio ĉi en ciklo kreskanta.

Tial, la animo de Gaja
aŭdigas en la Naturo
la muzikon de l’ Senlim’.
Tiele, ŝi laŭdas la dian belecon
de l’ Vivofonto kiu vigligas ŝin
kaj kiu sublimigas ŝî per disdonad’
en ritmo intensa,
eble sen fin’.

Tamen, la kanto de Gaia
nune fariĝas ia tristega ario.
Pro tio ke agresojn de nedankaj filoj
jam multe suferas,
nun ŝi kantadas en frua agonio.

Ve, bedaŭrinde, nur kelkajn homojn
la plibonajn, certe, kortuŝas la petoj,
kiujn, averte, elĵetadas ŝi.

Jam Gaja satiĝis je sango.
Eble je la homoj ankaŭ satiĝas,
ĉar ne ĉesiĝas la homa perforto,
eĉ la homa ambici’ ne ĉesiĝas.
Ho, furnaj ŝankroj de l’ homa nesci’!

Ciklona Eolo, blekante feroca,
diskrevas el la subgrundo,
agitas la maron, subite.
Multaj suferas sian furozecon,
multaj aŭdiĝas sian voĉon, aflikte.

Ja multaj malgraŭe
ridegas kaj drinkas kaj manĝas,
je sango malpurajn havante la manojn .
Tiuj sciadas: la Ter’ sin aranĝas:
neniel bezonas la homojn.
Tamen, nenia voĉ’ ilin tuŝas.
Nenia far’ ilin ŝanĝas.


(El la poemaro “SPIRITOSTATO”)
Poeta

Poemas :  A Tu Lado
Se que no confías en mi
Que tu vida ha sido dura
Aquel cobarde te marcó
Tu rostro un refleja amargura
Ya no crees en los hombres
Te olvidaste del amor
Intentas huir de cupido
Buscando un futuro mejor.
Entiendo que aun tienes miedo
Y no quieres que me acerque
Pero yo soy diferente
Déjame tan solo verte
Quiero extenderte mi mano
Darte mi apoyo incondicional
Jamas voy a maltratarte
Como lo hizo ese animal
Toma mi mano tan solo
No intentaré presionarte
Solo quiero estar a tu lado
Solo déjame cuidarte
Protegerte del peligro
Volver a observar tu sonrisa
Sonrisa que se ha marchitado
Con cada brutal golpiza.

No estas sola mi angelito
Aquí estoy para quererte
Mi mano sera la guía
Que te ayude a sostenerte
Olvídate del pasado
Esa bestia quedo atrás
Te ha causado mucho daño,
Pero no lo veras mas
Yo no quiero hacerte daño
Como aquel hombre malvado
Tan solo toma mi mano
Déjame estar a tu lado.
Poeta