Poemas de desilusión :  Leite Derramado

Sobre o olhar incrédulo e desatento
O leite ferveu, subiu e derramou...
E por quase dois segundos
O fogão não reclamou
É um sujo que se limpa com o pano
Desperdício de alimento, ou engano...
Fruto do organismo mecânico
Ou pensamento;
Talvez se o leite não agisse tão rápido
Contrariando a lei da física
E do calor não derramasse
E a sujeira no fogão espreguiçasse
Não se teria em vão a solução
E os olhos estáticos
Por um momento não fitassem
O que iriam pensar?
É certo de que o pensamento é lento
Quando o leite derramado de besteira
Por ser leite e não pensamento
Não pode retornar a leiteira.



Poeta

Poemas de desamor :  Meias Rasgadas

Hoje acordei
Roupas pelo chão
Café fervendo no fogão
O rádio ligado
Tocando uma canção
Levantei de meias
Rasgadas neste frio chão
Busquei um objetivo
Não tinha nada no coração
Olhei em volta de mim
Não tinha culpa
E nem razão
Ao sair pelo mundo a fora
Estava certo de que procurava
Algo com sentido
Ou a solidão
Olhei para o relógio
O tempo parecia correr
Mais do que as batidas
Do meu coração.



Poeta

Poemas de desilusión :  Utopia

Nua eu te decorei
No quadro da minha concupiscência
Assim inconseqüente sem conseqüência
Eu te furtei na vaidade da minha alma;

Tua imagem tão selvagem
Na pintura insaciada
Explorada na estupidez dos meus dedos
Que estiveram perdidas na insensatez do desejo;

Eu te pintei
Como quem pinta arrogante
Na irresponsabilidade dos amantes
O delírio de uma imaginação coadjuvante;

Eu te decorei
Como profissional apaixonado
Eu te desejei
Como um carnal assim tão fraco;

Nua eu te possui
Na utopia ignorante da pintura
Sobre o olhar atento da
Hipocrisia dos meus olhos;
Que não tardaram em julgar
A displicência do teu corpo.

Poeta

Poemas de desamor :  Peito Traidor

Tuas mãos me acolhem
No teu peito que é traidor
Tuas palavras impuras
Contaminam meus sentimentos;

Como um pombo ferido
Lanço-me em teus braços
Em busca da cura
Em busca de abrigo;

Acalentas-me do inverno que é duro
Tomas-me em falsos desejos
Quando renasço em amor e sussurros
Quando me matas
No veneno dos teus beijos;

Venho a dormir
De uma noite cansada
Uma noite fria
Sem vida e sem cor
Sonhando acordar
Nos seios da amada
Que me acolhes em teu peito
Que é traidor.



Poeta

Poemas de desilusión :  Roxo-Lilás

Penso aqui com meus botões
Mas... Será que eles pensam comigo?

Presos a uma camisa imprestável
Eu também preso
Em um amor que não é meu;
Roxo-lilás de um batom
Vertical nos lábios de alguém
Furtaram-me vários dias;

O batom bem sabe
Não existe mais
Porém das marcas
Jamais pude me livrar;

De que me serve a camisa
Se até os botões já se foram;
Eles nem sequer pensavam
Eu pelo menos penso e padeço
Por um lilás, que um lenço...
Mesmo que pequeno
Carrega as marcas
De um crime imperfeito;

Ás vezes se perde na vida
Muito por não pensar,
Ás vezes por pensar demais
Perdem-se os botões da camisa
E do batom um roxo-lilás.


Poeta

Frases y pensamientos :  Sua Garota

Viva o quê é o amor, viva uma fotografia...
Não brigue com sua garota
Nem de noite nem de dia.

O tempo passa tão depressa
Logo no deserto haverá flores
Mostre a ela à terra do seu coração
O tempo não espera por arrependimentos.

Viva o agora, viva o presente...
A garota é sua meu amigo
Como é hoje, como será sempre.

Não procure atalho em outras bocas
Outro sorriso pode não ser o bastante
Mostre a ela à terra do seu coração
O tempo não espera por arrependimentos.

Viva o quê é bom, leve a no cinema...
Não brigue com a sua garota
Não vale a pena.

O tempo passa tão depressa
Logo no deserto haverá flores
Mostre a ela à terra do seu coração
O tempo não espera por arrependimentos.


Poeta

Poemas :  MINHA MÁGOA
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Ah, pobre de mim, alma tão dolorida.
Com meu coração ferido, a sangrar...
Pois o punhal que cravaste em meu peito
Tão fundo e exato, inda não pude retirar.

O suor perfumado escorria por meu corpo,
Contraído pela agonia e pelo desgosto,
Ao descobrir teus segredos, teu jogo.
Ah, como pudeste comigo ser tão maldoso?

Acabaram-se meus dias de contentamento,
Em prantos, sozinha, com meus pensamentos,
Suplicando outro destino... Sinto-me perdida!
Dá-me outra chance, Senhor, outra vida!

Por que tornaste meu destino angustiado?
Por que me fizeste tão alto sonhar?
Preso ainda às sombras do teu passado,
com o amor que te dei foste brincar.

Raposa disfarçada, amou-me com uma mentira...
Outra adorava com poemas e versos perfeitos,
Trabalhados em letras, sentimentos e rima.
Tornando minha vida, cada dia, um desespero.
Poeta

Poemas de desamor :  ADOLESCENTE PERDIDA

ADOLESCENTE PERDIDA

Mulher criança que a todos encanta
Dona de um sorriso inocente
Olhar descontente
És mulher de fato em seus atos
És criança crescida , adolescente perdida
Criança mulher que a todos engana
Na escultura do teu corpo
Na bravura do teu rosto
És criança no teu jeito de convidar
És mulher na beleza de deitar
Faz do coração do homem brinquedo
Sem esforço experiência ou segredo
Desejo oculta esconde em seu peito
Menina insolente rebelde e sem jeito
Te quero mulher
Quando me amas a todo o momento
Não te quero criança
Quando brincas com meu sentimento
Te quero criança
Adolescente perdida
Não te quero mulher
Assim ousada e despida
Não importa se és mulher ou criança
Eu preciso te amar
E não perco a esperança.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2002 no dia 20
Itaquaquecetuba (sp)

Poeta

Poemas de desilusión :  O AÇO DA SAUDADE

O AÇO DA SAUDADE

Lamina cega que ao pulso cerra
O frio do teu metal confronta-lhe a face
Que ocultas sinais e tremores

O teu golpe que do frio sangue jorra
Esvaziar se faz em copos rasos
Um sorriso dispersa e atento

Inquieto espera o desferir
Não mais que o tempo o machuca
O aço da saudade que penetra

Sóbrio o corpo empilha na vala
A guia o toma como morto
Da bebida que exala pela entranha

Usurpar se faz na insensatez
Á cólera que teu rosto assola
A solidão que dispersa em pensamento

Entorpecido arremessa teus olhos ao céu
Do arrependido Deus que lhe oculta a face
Torto mendigo de esfacelados pecados

Se o inverno que à tarde trás e o congela
A lápide envelhecida em negrito o traga
Amarga e cala a voz que por vez
Outrora não só a matéria que desfaz
A maldita saudade como homem carregou.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2008 no dia 01
Arujá (sp)

Poeta

Poemas eroticos :  ACASALAR

ACASALAR

Olhas-me veneras!
Rejeitas-me
Eu compreendo
O dilema do pensar...
Despi-me esculacha!
Tonteias-me
Eu compreendo
O desespero de amar...
Tocas-me loucura
Receias-te
Eu compreendo
Este teu apaixonar...
Roubas-me a vida
Devolva-me
Não compreendes
Que sou livre pra voar...
Perdes-me e tornas
Perder-me
Não compreende
O desencontro do olhar...
Calas-te espera!
Entendas-me
Eu compreendo
O mesmo sexo acasalar.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Janeiro de 2009 no dia 07

Poeta