Poemas :  Livre como as nuvens
Livre como as nuvens
Gostaria de ter um amor,
livre como as nuvens...

Enquanto amar:
ser lento e maravilhoso...
Assim na terra, como no céu.

E quando “desamar”:
ser simples
ao se dissipar.

Sem vestígios,
sem sombras
e sem... Nuvens.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  Maquiando a imagem
Maquiando a imagem
Às vezes maquio a realidade,
para ela não ficar tão feia.
Às vezes preciso aplicar na veia,
varias doses de fantasia,
para enxergar a poesia.

Então só olho para o céu,
não olho para o chão.
Fico viajando nas nuvens,
para não viver a situação.

Tento fugir do asfalto
e embrenhar-me no mato,
mas só encontro devastação...
Por isso meu poema nasce
trazendo esta poluição.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Sonetos :  Na peleja do desejo
Na peleja do desejo
Se esta mulata sambasse,
talvez me derrotasse.
Talvez me derretesse
e até me fritasse.

Se esta gata me amasse,
talvez eu voasse
e assim vivesse
eternamente no céu.

Mas eu tiro o chapéu
para esta gata,
para esta mulata;

Para esta mulher
que pode fazer
o que quiser...

Me mata!

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Grilos
Grilos
No silêncio, este grilo... Olho para o céu:
“Mundo mundo vasto mundo”
As estrela me chegam
com um atraso de milhões de anos luz.
E eu toco a esperá-las...

O que é que há entre o céu e a terra?
Hamlet sabe.
Eu, penso.

Os meus olhos combinam
com o meu pensamento.
Então, alimento a minha mente
com o meu olhar.

Tenho pressa, aperto os passos...
Voam movimentos
e as distâncias se diluem.

Mas, tudo é isto:
Drummond, que Bandeira!
Os grilos me tocam
uma canção de ninar.

A.J Cardiais
23.10.1989
Poeta

Poemas :  Uma hora
Seis horas... Ave Maria.
Enquanto o céu se modifica
para receber a noite:

Uma flor se fecha
um coração perdoa
uma pessoa reza
um sino dobra
uma criança chora
um pai chega em casa
um cheiro de café invade o ar...

As luzes se acendem
as mentes se apagam
o silêncio é geral...

Alguém ama alguém,
alguém pensa em alguém,
o tempo vai... A vida volta...
São sete horas.

A.J. Cardiais
22.11.1982
Poeta

Poemas :  Livre como as nuvens
Livre como as nuvens
Gostaria de ter um amor
livre como as nuvens.
Enquanto amar:
ser lento e maravilhoso,
assim na terra, como no céu.

Quando “desamar”:
ser simples ao se dissipar.
Sem vestígios, sem sombras
e sem... Nuvens.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Desinteresse
Desinteresse
Tudo vazio...
Todo céu
todo chão
todo cio.

Tudo um ócio
um bócio
um equinócio
uma rima escrota.

Tudo uma roupa,
uma aparência
uma demência
uma coisa pouca.

Tudo uma exibição,
uma posição
uma consumição
uma vida louca.

A.J. Cardiais
Poeta

Sonetos :  Conhecer alguém
Conhecer alguém,
olhar nos olhos
e então sentir
o amor surgir.

Conhecer alguém
dentro de uma canção,
chamar para dançar
e envolver-se em paixão.

Conhecer alguém sem ter um plano
é mergulhar no oceano,
no infinito azul misterioso...

Amar é transformar
o azul do céu e do mar
num horizonte maravilhoso.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas sociales :  Dragões da poluição
O poeta quer mostrar serviço...
O poeta quer mudar o planeta.
O poeta quer voltar ao início,
no tempo do “boi da cara preta”.

Não adiantou avançar,
sem se domesticar...
Não adiantou descobrir
que o azul do céu, é o ar...

Não adiantou tanto invento,
sem tomar as devidas precauções...
Agora chegou o momento
de lutar contra os dragões.

Eles estão nos destruindo,
eles estão nos sufocando,
eles estão nos engolindo...

Tem gente não acreditando
e continua poluindo...
E o dragão se alimentando.

A.J. Cardiais
Poeta