|
Eu sou um ator... Jogo meu mundo nas nuvens e, descalço, finco os pés no chão.
Desnudo-me de toda poluição que a vida “perfeita” propicia.
Sou vida bandida. Sou vida vazia ou cheia de coisas ditas “imprestáveis” pela maioria.
Eu sou fantasia. Sou a mais pura alegria. Sou a ironia que a vida não rimou. Eu sou o amor.
A.J. Cardiais 02.04.2009
|
Poeta
|
|
O futuro é daqui a pouco, mas talvez não possamos vê-lo. A vida é como um carretel de linha ou um novelo: Quanto mais nós desenrolamos à toa, tende a embaraçar...
Quem sabe costurar, não espalha a linha: Vai usando-a devagar...
Quem só faz brincar, e espalhá-la pelo chão, depois tem que desembaraçar. Aí veremos com quantos nós essa linha vai ficar.
A.J. Cardiais imagem: google
|
Poeta
|
|
Às vezes maquio a realidade, para ela não ficar tão feia... Às vezes preciso aplicar na veia varias doses de fantasia, para enxergar a poesia. Só olho para o céu, não olho para o chão. Fico viajando nas nuvens para não viver a situação. Tento fugir do asfalto, embrenhando-me no mato, mas só encontro devastação... Então o meu poema nasce com toda esta poluição.
A.J. Cardiais imagem: google
|
Poeta
|
|
Às vezes precisamos cair para sentir a humildade do chão... Nós sempre pisamos nele e nunca pedimos perdão.
Nós cuspimos, sujamos, construímos, moramos... Nós fazemos tudo com o chão.
Nós o abafamos, cobrindo com pedras, com cimento, com asfalto... E ele suporta nosso maltrato.
Quando caímos, o chão nos apara... Quando morremos, o chão nos ampara.
A.J. Cardiais imagem: google
|
Poeta
|
|
Às vezes maquio a realidade, para ela não ficar tão feia. Às vezes preciso aplicar na veia, varias doses de fantasia, para enxergar a poesia.
Então só olho para o céu, não olho para o chão. Fico viajando nas nuvens, para não viver a situação.
Tento fugir do asfalto e embrenhar-me no mato, mas só encontro devastação... Por isso meu poema nasce trazendo esta poluição.
A.J. Cardiais imagem: google
|
Poeta
|
|
Falar da epiderme das raças, da violência nas estradas, dos que dão contramão...
Falar da fome, da falta de pão; do sentido obrigatório da vida, da alma perdida, do sem teto, do sem chão...
Falar do meu itinerário, do meu dicionário sem direção...
Falar do quê? Fala não... Você não vê? Estou sem inspiração.
A.J. Cardiais 30.12.2009
|
Poeta
|
|
Tudo vazio... Todo céu todo chão todo cio.
Tudo um ócio um bócio um equinócio uma rima escrota.
Tudo uma roupa, uma aparência uma demência uma coisa pouca.
Tudo uma exibição, uma posição uma consumição uma vida louca.
A.J. Cardiais
|
Poeta
|
|