Poemas :  Válvula de escape
Válvula de escape
A dor que eu trago,
não falo...
Escrevo e largo.
Deixo-a ir, não retenho.

Da dor que eu venho,
eu quero partir.
Não sou carregador,
sou poeta.
Sou o estafeta
da linguagem.

Sempre trago uma mensagem
escondida nas entrelinhas.
Da dor que eu vinha,
(no começo da linha)
consegui fugir...

Nada como tingir
sua vida
da cor que mais lhe agrada.

A,J. Cardiais
imagem: google
Poeta

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