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Não quero mudar nada... Só quero acrescentar e seguir minha estrada, sem me preocupar.
O passado nada muda, mas nos ajuda, mostrando onde progredimos ou então regredimos.
Nessa busca pelo progresso, o povo só pensa em sucesso deixando o passado de lado...
O meu soneto, encabulado, vai buscar lá no passado um bocado de bregueço.
A.J. Cardiais 03.10.2016
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Poeta
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Tem gente que só se apraz em ganhar dinheiro... Mas essa gente o que faz, o seu tempo inteiro?
Procura embelezar casas, carros, corpos e coisas. Não sabe criar asas, e viajar nos sonhos.
Vive pesadelos medonhos, com medo de tudo perder, sem procurar ter prazer.
Só vive querendo mais. E quando tem algum poder, destrói gente, plantas e animeis.
A.J. Cardiais 04.01.2018
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Poeta
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Turbilhões de ideias brilham dentro de mim... Não posso dizer que são poemas. Não posso dizer nada.
Uma palavra disparada, arrebenta o elo da inspiração, e quer transformar a ideia numa canção...
Um plano... Meu reino por um plano! Ninguém entende essas loucuras.
Deixe-me em paz, imaginação. Ideias vêm e vão, pois necessito de aventuras.
A.J. Cardiais 17.10.2016
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Poeta
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Quando não tenho com o que sonhar, a realidade comparece e começa a me fustigar...
Mostra-me alguns fatos que eu ouso distorcer. A desculpa para estes atos é o medo de sofrer.
O que não posso solucionar, boto pra escanteio e começo a sonhar...
Quando a realidade entra no meio, começa um tiroteio tentando me derrotar.
A.J. Cardiais 26.10.2016
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Poeta
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Não queria falar de dor... Mas como não falar, se é o que me acontece agora, e que me devora?
Tento ocultar esta fase, enrolando a ideia com gaze. E me penitencio fazendo silêncio...
Mas a dor é mais forte e faz no silêncio um corte, deixando jorrar um soneto...
Então jorra um soneto dolorido, que vai escorrendo do peito e deixando o povo comovido.
A.J. Cardiais 03.08.2016
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Poeta
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Jogo tanto “poema” fora, por me recusar a escrever sobre tudo que me aflora, como se fosse um dever.
Por que o povo tem que viver, tudo que me acontece e que me apetece? Onde está o saber?
Isto é só um desabafo. Aí, quem lê diz: ah, isso eu faço. E começa a desabafar...
O poeta que se toca e não gosta de fofoca, guarda-se no seu poetar.
A.J. Cardiais 03.08.2016
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Poeta
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Escorrego da saudade, do tempo de vagabundo, quando eu corria o mundo em busca de felicidade.
A sensação que me invade, é que não perdi meu tempo buscando enriquecimento no seio da simplicidade.
Hoje um prazer me devora, quando olho para o passado: eu vivi um bocado...
E ainda insisto em viver! Mas, chegando minha hora, estou preparado para morrer.
A.J. Cardiais 07.10.2016
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Poeta
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Viver é uma mistura de tudo: tristeza, alegria, religião, ambição, cultura, tempestade e calmaria.
Harmoniosamente tento, na quietude do poema, acomodar meu sentimento sem transforma-lo em dilema.
Quem gosta de sofrimento assiste novela como divertimento.
O que passa na tela só serve de alimento para uma alma singela.
A.J. Cardiais 16.09. 2017
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Poeta
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Bebo um gole de poema e me embriago. Fumo um verso, trago, mas não trago nada à tona...
Aí o poema me abandona, me deixa na mão... O que fazer, com esta situação?
Uma interrogação entra, pela minha venta, e vai cobrando um final.
Poeta é um ser anormal que, quando divaga inventa , uma história irreal.
A.J. Cardiais 24.07.2016
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Poeta
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A sensibilidade do poeta sai farejando emoção, para ver se desperta dona inspiração.
Quem se inspira não atira: espera tempo bom. Chegando o tempo, puxa a lira, e versa no mesmo tom.
E assim a vida segue: faz um poema agora, outro sabe-se lá quando.
Pensam que o poeta consegue se inspirar a qualquer hora, e que só vive poetando...
Ora, ora...
A.J. Cardiais 06.01.2017
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Poeta
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