Poemas :  UMA POESIA LEVE
UMA POESIA LEVE

NÃO QUERO UM POEMA PESADO
QUE TRAGA ALENTO DE CHUMBO
QUE VENHA ARQUEANDO AS COSTAS
NEM FAZENDO DOBRAREM OS JOELHOS

NÃO QUERO QUE ELE TE TIRE O SONO
QUE ELE NOS DEIXE MAIS ANSIOSOS
QUE ELE NOS LEMBRE DE PASSADOS
QUE DESASTABILIZEM O NOSSO DIA

QUE ELE SÓ NOS DEIXE APAZIGUADOS
NOS ALIVIANDO DAQUILO QUE OPRIME
QUE ELE ABRA AS JANELAS DA EMOÇÃO
E LIBERTE TODOS OS MEDOS E MAGOAS

E QUE ESTE INTIMO LIVRE DOS ENTULHOS
DEIXE BROTAR A ESPERANÇA NO DESERTO
QUAL A AGUA QUE SE ESGUEIRA DA PEDRA
E QUE RENAÇA O ANSEIO DE VIVER NO AMOR

"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br

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Crónicas :  A RECIPROCIDADE ESPIRITUAL NAS DOENÇAS
A RECIPROCIDADE ESPIRITUAL NAS DOENÇAS

Então o médico mandou fazer biopsias de algumas manchas que lhe surgiram no corpo e quando foi buscar o resultado constava “compatível” com hanseníase, a chamada lepra de séculos medievais. Apavorou-se.

Esta doença foi um estigma milenar na história da humanidade, cujos doentes eram colocados isolados da sociedade para nunca mais voltarem ao seu convívio, e isto a até menos de cinquenta anos.

Na idade média eram obrigados a portar sinos que anunciavam a sua chegada, e viviam se escondendo pelos cantos e nas sombras, e iam perdendo pedaços dos seus corpos, como dedos, nariz, e se deformando as suas fisionomias de forma grotesca. Diz-se que veio para a Europa com os cruzados.

Caiu como uma bomba o diagnóstico para ele.

O seu médico disse que era só iniciar o tratamento que sumiam os sintomas e o perigo de transmitir para outras pessoas, mas mesmo assim ele se apavorou, mas como é simples o tratamento hoje em dia.

Mas indo à um especialista descobriu que aquele “compatível” dava margens para muitas coisas, inclusive para algo bem simples como se evidenciou em novo exame, mas o medo que sentiu serviu para alguma coisa. Tinha chegado o momento de repensar a sua vida, só estava precisando daquele impulso final.

Então vemos que teve doenças pontuais na história da humanidade que foram meios para que as leis naturais nos trouxesse os frutos do que plantamos em tempos idos e de forma para desencadear as reciprocidades criadas por nós mesmo.

Se não pensarmos assim o mundo seria muito injusto e as igrejas dizerem, ao longo dos milênios, "que estes seriam os desígnios de Deus" só passou a ideia de que o Criador seria muito injusto e que, ao contrário do que disse Albet Einstein, ele gostaria de jogar dados aleatoriamente, e com isso não merecedor da nossa consideração, mas porque só com relação ao ser humano não existiria a perfeição tão vista na natureza e no espaço sideral?

Esta doença afetava o ser humano em todos os campos, tanto social, psicológico (imagine o sofrimento), como físicos.

Qualquer doença também pode vir para aprendermos algo necessário para o nosso desenvolvimento, ou para nos desviar de algum caminho que seria mais danoso a nós, como no susto citado acima, ou quando alguém vai temeroso buscar o seu exame de Aids e feliz pela negatividade passa a ter mais responsabilidade com a vida.

Então podemos dizer que, se a Lepra já não traz mais nenhum estigma psicológico, social, e nem físico, ela já cumpriu a sua finalidade como desencadeadora destes retornos, pelo menos no Ocidente, o que não quer dizer que a humanidade melhorou.

A doença Ébola (ou ebola) acabou se restringindo a algumas regiões da África e não se expandiu pelo mundo, mas causou muito susto incicialmente, mas até quando estaremos livre disso vivendo nestes amontoados de gente dos grandes centros e com os antibióticos já não fazendo o efeito que tinham?

Também tivemos o exemplo da Gripe espanhola ocorrida na década de 20, em plena 1ª guerra mundial, com dezenas de milhões de mortos espalhados pelo mundo, principalmente nos exércitos estacionados na Europa. Ela causou mais baixas do que a guerra propriamente dita

Talvez o que a lepra causou aos seus acometidos só tenhamos tido em paralelo no início da proliferação da Aids, onde as pessoas também foram segregadas, inicialmente, pelo resto da sociedade, mas aquela foi por milênios e a Aids só por um pouco mais de duas décadas; hoje os adoentados já possuem uma vida normal, mas, com certeza, ainda acometidos de sofrimentos psicológicos.

Outro exemplo foi o período “áureo” da tuberculose no Brasil onde ainda vê-se na bela Campos do Jordão as marcas do hospital luxuoso que tinha na bela cidade, dos tempos em que os doentes abastados iam para lá para tentarem melhorar com o ar da região e ganhar mais algum tempo de vida.

Uma doença também da boemia, ou de uma vida menos regrada, não em todos casos, claro, como foi considerado, no início, a Aids.

E hoje, aparentemente, o período mais nefasto das doenças psíco/afetivas, as de transtorno de humor como a bipolaridade, a ansiedade, a depressão e fobias sociais, está chegando ao seu fim, pois os diagnósticos estão muito mais rápido do que a vinte anos atrás, e com isto tratamentos eficazes foram descobertos para estes males que martirizaram e martirizam uma boa parte da sociedade moderna.

Doenças essas que foram mais tipificadas, inicialmente, nos anos sessenta e setenta, onde a própria humanidade viveu o seu período de bipolaridade, de um extremo as guerras geopolíticas e caretices em geral, e do outro os muitos doidões, a contracultura e as "sociedades alternativas".

Interessante que estão sendo feito muitas descobertas com aquilo que marcou o período da contracultura como a canabis e o LSD e que, infelizmente, foram banidos dos laboratórios por causa do uso que tiveram alternativamente, hoje dito recreativamente, mas que são uma boa promessa para muitos males, pelo menos é por onde tem se voltado a ciência da mente.

Tive um amigo na adolescência que fumou desta erva, mas ela não lhe fazia bem, era evidente, quanto a mim eu não gostava dela, me deixava sem chão, mas outros amigos gostavam, e aquele sucumbiu à esquizofrenia, doença que comprovadamente o uso da maconha potencializa, mas nesta mesma erva, conhecida milenarmente, existem muitos outros princípios ativos que podem ajudar em muitas outras doenças, conforme pesquisas recentes.

Mas o medo de lidar com legiões de viciados foi motivo suficiente para alarmar qualquer governante, mas os métodos usados de repressão mostrou que o caminho tomado não foi o melhor e ainda gasta-se bilhões de dólares para o seu combate.

Se a Lei seca dos EUA levou os gângsteres ao poder que tiveram, então seria de imaginar que com os narcotraficantes não seria diferente.

Já a Bipolaridade hoje é tão falada, tão estudada, e já com remédios altamente eficazes foi o mal de alma de muitos a até poucos anos, e que levou tantos a caminhos erráticos, com evidente prejuízo do convívio social, mas, principalmente, para a falta de paz intima dos seus acometidos e a falta de controle dos seus cérebros desenfreados e “turbinados”.

Mas o caminho aterrador destas doenças também já está passando e hoje gasta-se mais em pesquisas nesta área do que com pesquisas para o câncer, só como exemplo.

Nas décadas de setenta a oitenta a bipolaridade tinha a denominação de “Psicose Maníaco Depressiva”. Um termo impróprio que por si estigmatizava o portador.

Ninguém queria ter um "maníaco" por perto, mas com a denominação mais apropriada e estudos avançados e hoje sem medo pode-se dizer-se ser bipolar sem causar nenhum frenesi.

E assim vão surgindo novas doenças, ou são melhor diagnosticadas, e outros males como secas, guerras e convulsões naturais vão surgindo para trazerem a reciprocidade para a humanidade perdida, enquanto outras vão ficando pelo caminho libertando os sofredores, mas tudo tem uma hora certa para cada final de sofrimento.

Das doenças psico/afetivas citadas aparentemente a humanidade logo estará libertada para que os acometidos melhor repensarem seus caminhos sem tanto sofrimento.

Mas o que surgirá então para dar continuidade às colheitas dos tantos males que a humanidade, e o homem individualmente, criou ao longo da sua história e existência?

Que doenças ou outros males ainda virão?

Tantas doenças ligadas ao medo torturam tantos seres humanos, mas também quantas atrocidades foram praticadas na história da humanidade, quantos medos foram provocados, tanto por guerras, quanto por ditadores déspotas, como também por tantas religiões com suas fogueiras e mártires e mesmo pela morte de Jesus com tantos gritando pela sua crucificação. E como nos disse o próprio Jesus "O que o homem semeia isto ele colherá".

E pelos sofrimentos que afligem hoje tanto a humanidade, podemos dizer que estamos em plena época de colheita.

“Somente o saber da existência de repetidas vidas terrenas dá esclarecimentos e explicações sobre o “porquê” dos muitos sofrimentos e das aparentes injustiças sob as quais geme a atual humanidade.”” Roselis von Sass em “O Livro do Juízo Final” – www.graal.org.br

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Poemas :  TER VOCÊ POR AQUI
TER VOCÊ POR AQUI

AH, NÃO MAIS ME PERGUNTO
DA SORTE TER VOCÊ POR AQUI
VOCÊ QUE ALEGRA AS MANHÃS
ILUMINA O MEU SOL TODO DIA
E ME ENTREGA À NOITE PRA LUA

VOCÊ É A TRILHA SONORA
QUE SILENCIA O MEU ÍNTIMO
AMENIZA TODO O BARULHO
HARMONIZA A MINHA VIDA

VOCÊ QUE SORRI ENCANTANDO
ME OLHA ME ILUMINANDO
FALA ME ENLEVANDO
E PÁRA O MUNDO PARA MIM

VOCE QUE NA PAZ ME ATUROU
E NA CALMA MUITO ME ENSINOU
VOCÊ ME FEZ CRESCER NO AMOR
QUE HOJE ESPALHO AO TEU REDOR

"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo". Roselis von Sass – www.graal.org.br
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Crónicas :  A INFLUÊNCIA DA VIDA ANTERIOR NESTA VIDA
A INFLUÊNCIA DA VIDA ANTERIOR NESTA VIDA

Na adolescência os amigos sinceros foram seguindo os seus caminhos e ele, devido à fobia social que foi se intensificando, foi cada vez mais se isolando ou sendo mero acompanhante daqueles que ainda o aceitavam no grupo, afinal aquele cara quieto que não participava muito das conversas acabou perdendo qualquer voz ativa com o tempo.

Nesta altura já tinha que guardar as suas opiniões para si, apesar de saber que estava certo, mas já não tinha forças para expô-las e isto lhe fazia um mal danado, pois ficava se remoendo e isto só alimentava a sua já baixíssima autoestima, ainda não entendida como tal.

Na natureza tudo que você não usa vai se atrofiando e nisso também entra o simples fato de começar a guardar as suas opiniões, pois chega um momento que você não consegue mais expô-las. Você ficou à margem do movimento natural do convívio social, assim como não voam mais as galinhas de tanto terem ficado ciscando no chão.

Mas na vida particular ele já era um recluso e andava feito andarilho cada vez mais sozinho, um ser sem compreensão daquele mundo que parecia cada vez mais assustador e da qual ele não se sentia fazer parte.

Chegou ao ponto de se sentir em um buraco anímico de onde espiava a vida, como de uma fresta de um porão da sua alma e mesmo em família, aliás, ali, o ambiente era mais perigoso do que na rua.

O tempo passou, teve que aprender a se virar com estes males perenes, afinal tinha que sobreviver, mas o convívio no trabalho era sofrível, então não parava em emprego nenhum, mas se tornou uma pessoa de rompantes, qualquer coisa que acontecesse pedia a conta.

Apesar de silencioso na aparência começou a sentir um mar revolto dentro de si, se tornando como uma panela de pressão que poderia explodir a qualquer momento.

Mas nunca explodia e tinha que conviver com esta situação antagônica, mutismo de um lado e a vontade de se fazer valer de outro, mas sentia que isto nunca aconteceria de uma forma natural, por isso se continha. Ele tinha que conseguir o equilíbrio antes de se expor.

Era como se a vida em sociedade lhe fosse proibido, quanto mais necessitava de aceitação, mais afastava as pessoas. Então andar era o único caminho, sempre andar para não precisar conversar com ninguém e nem ficar em casa.

Em todos os lugares parecia que todos o estavam olhando e por isso ficava sempre circulando, não parava nunca.

Mas com o tempo foi tendo que encarar estes medos, afinal não era rico e cedo ou tarde ia ter que se virar sozinho, pois se os seus pais morressem, com certeza ele ficaria sem ter aonde morar.

Não se aproximava de meninas de sua idade, mas começou a ter os seus casos e a compulsão por sexo reprimido se pronunciou , sendo mais um problema (a culpa sempre presente criada pelas religiões), mas sem namoros, pois qualquer relação firme e duradoura exporia a sua fragilidade emocional, e não se via saindo de mãos dadas na rua. Era como se isto lhe fosse proibido, como se não tivesse esse direito.

Então de tanto conquistar mulheres na noite a sua autoestima foi melhorando e o sexo começou a ser a sua moeda de troca, além de aumentar a compulsão, pela qual também ficava se punindo.

E a vida foi indo e quando ele já tinha tido centenas de casos sem maior envolvimento emocional, a solidão foi pegando forte e ele viu o quanto ainda era extremamente sozinho e as conquistas, que se tornaram fáceis, foram se tornando um tormento, uma obrigação, como se não pudesse recusar as tantas mulheres que agora apareciam.

Chegou a um ponto que não aguentou mais segurar a barra de viver só e superficialmente, e começou a ansiar por paz, e aquela vida de nunca ter um porto seguro estava lhe derrubando, cansando, lhe deprimindo, mas ele não sabia como mudar.

Ele já estava saindo por sair com elas, já estava perdendo a única moeda de troca, estava cansado de companhias superficiais, mas a fobia por relacionamentos afetivos e diurnos ainda era do mesmo tamanho, ele só tinha aprendido a conviver com ela.

Se tornou articulado e se tornou um homem de sucesso profissional, mas no mundo afetivo e nos momento de lazer ainda era aquele adolescente assustado, aquela pessoa solitária. Vivia mais em função do que os outros gostariam de ver nele, virou um escravo desta dependência e ficava trabalhando até tarde, pois dali não teria outro ambiente para ir. Os finais de semana eram um tormento.

Sentia-se muito mal, mendigava animicamente por aceitação, mas quanto mais queria ser aceito mais parecia que fazia tudo errado. Era um mendigo de afetividade e as bravatas de conquistador, de bom vivente, só camuflavam estes temores, mas não sabia por onde começar a resolver o cerne do problema.

Como é que poderia de uma hora para a outra começar a ser ele mesmo?

Mas quem é ele afinal?

Ele não tem nem ideia mais do que gosta ou não gosta na realidade, pois vive em função dos outros. O mundo nós não conseguimos mudar, então a solução está em mudarmos a forma de vermos este mundo, o que vemos nele é reflexo do que sentimos no nosso íntimo, se temos medo, então ele nos será assustador.

Mas de onde vem esta sensação de medo social? De onde está sensação de ter que agradar todo mundo para pelo menos poder ficar ali por perto? De onde esta vergonha de sair de mãos dadas com namoradas durante o dia?

A noite era o único ambiente, não por escolha, mas era o que sobrava, mas a vida foi evoluindo e ai ele recebeu uma ajuda para entender a confusão que ele tinha no íntimo e entender como é que funciona o passar do bastão de uma vida terrena para outra.

Conheceu um gênio maluco, que deu uma entrevista em um jornal sobre um estudo que estava desenvolvendo baseado na numerologia que seria “a cura pelos números” e que deu o nome de Numeríatria. E ele foi lá e se tornou amigo do cara, que para ele foi muito esclarecedor, ficou sabedor dos motivos de tanta fobia e vergonhas, pois ficou sabendo que tudo o que ele sentia era em função de maus usos do muito poder que tinha tido em uma outra vida.

Foi um déspota, um tirano, que pensando fazer o bem oprimia toda uma coletividade com o seu temido poder religioso e rígido, daí a vergonha de sair na rua com namoradas; nesta outra vida não se permitia isso, em nome de um conceito errado religioso, cujos membros não podiam namorar, nem casar, se comprometendo forçadamente com o celibato, e ele tinha sido rigoroso com isso também, e não levava em conta o direito do livre arbítrio de cada um.

Este poder que dispunha era comum os religiosos terem nas suas regiões a apenas poucos séculos atrás, muitas vezes um poder maior do que o de muitos reis.

E ai o numerólogo foi lhe explicando que agora aquele ser poderoso não tem mais poder, então se sente ameaçado em todo canto que vai, vê perigo em todo lugar, pois não tinha sido uma pessoa justa, longe disso, então se sentia em ambiente hostil agora nesta vida, pois não tinha mais o poder que lhe dava a proteção para os seus desmandos daquele época.

Esta atuação foi tudo em função de conceitos errados que tinha sobre a vida espiritual e que considerava certo e tentava impor a outros.

Então daí vinha a vergonha inconsciente de andar de mãos dadas com uma namorada durante o dia, pois era como se todos o ficassem olhando e dizendo assim agora: “Olha só o cara, era um tremendo de um xarope e agora está ai de mãos dadas como se nada tivesse acontecendo”.

E a vida é baseada no que sentimos no nosso íntimo e quem causou medo aterrador, agora se sente sem defesa nenhuma e não se sente ser aceito por ninguém, pois antes se impunha, não conquistava com afetividade e agora tem a impressão que todos o querem pegar.

“Perdeu o poder e agora está apavorado que o peguem”. Está será a sensação íntima numa próxima vida dos tiranos, pois viveram sem plantar o amor, não era um poder baseado no respeito e afeição, mas no medo.

Hoje ele já superou bastante disso tudo, já não tem vergonha de andar de mão dada com namoradas e não tem mais aquele medo atroz, mas ainda não trabalha bem a não aceitação, mas está a caminho disso, e sabe que vai morrer tendo muito ainda que aprender nesta área de relações sociais e afetivas.

* "Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo." Roselis von Sass. E ele, mais do que ninguém, sabe do quanto esta escritora está certa.

Neste início de século XXI tivemos dois exemplos claros de como seria a vida futura de dois tiranos já ainda nesta vida deles agora.
Um foi Saddan Russein do Iraque e o outro Muammar Cadafi da Líbia.

Quem procurar no Youtoub, ainda deve encontrar a expressão de medo de Saddan Roussen quando foi pego e tirado de dentro do buraco onde estava escondido.

O medo medonho estampado no seu rosto será o medo que ele trará na alma na próxima vida, infelizmente, pois devido ao medo que provocou para algumas das etnias do seu povo, encarnará no meio delas, provavelmente, mas não terá mais o poder que tinha hoje e daí virá a sensação de estar em meio ao inimigo.

O convívio social será muito difícil, como foi o da pessoa aqui retratada.

E com este medo que trará na alma ele vai vagar pelas noites, pelas sombras, se escondendo, e não terá remédio nenhum que lhe dará paz, nunca se sentirá bem e nem aceito onde for, embora seja só uma sensação sua, enquanto não procurar dentro de si as razões e procurar se entender e superar.

Na nova vida vai parecer que a qualquer momento será descoberto, mas isto só existirá dentro do seu íntimo, pois ninguém nem vai notar nada do que está acontecendo dentro daquela atormentada alma ali do lado, nem ligar para ela.

Mas para nos sentirmos assim, não precisamos ter sido nenhum “grande” tirano, pois a maioria destes estão no convívio nosso de cada dia, nas empresas, nas organizações, nas famílias.

E este medo já ficará evidenciado imediatamente na vida sem o corpo terreno que acabou de abandonar, o poder ficou com a indumentária do corpo, este poder só existia na Terra, e o medo, o pavor da fragilidade sentida agora, ele continuará sentindo no além e ainda pior quando novamente aqui encarnar.

Saddan, já na saída do esconderijo, mostrava o quanto a falta de poder iria lhe fazer sofrer.

*“Os muitos sofrimentos humanos tiveram início no passado! Hoje cada um colhe apenas aquilo que no decorrer de suas muitas peregrinações terrenas semeou.” “O que o ser humano semeia terá de colher”” já nos dizia jesus".

*Roselis von Sass em “O Livro do Juízo Final” (www.graal.org.br)

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Crónicas :  "HERÓIS E MITOS" MOVIDOS POR CONFLITOS OU CARÊNCIA
"HERÓIS E MITOS" MOVIDOS POR CONFLITOS OU CARÊNCIAS EXISTÊNCIAIS

Assim como os amores interrompidos no início de forma trágica, ou por um motivo maior, ficam parecendo os amores que seriam perfeitos, pois não chegaram a passar pelo crivo da rotina do dia a dia, assim também muitos se tornam "heróis ou mitos" só porque tiveram uma morte prematura também na sua luta.

Um exemplo clássico que se tornou um mito para muitos foi Che Guevara, mas não acontece o mesmo com Fidel Castro, que lutou com ele de igual para igual e que vai morrer de velhice, pois a longevidade mostra os defeitos de cada um, ou no caso de guerrilheiros, a sua tendência à tirania, após a conquista do poder, e isto desmitifica-os.

Ninguém se torna um mito ou herói se morre babando e usando fraldas geriátricas.

Temos corredores de fórmula Um que foram tão ou mais campeões que Ayrton Senna, mas que se obscureceram na rotina do dia a dia, após encerrarem as suas carreiras de sucesso, como os nossos compatriotas Nelson Piquet ou Emerson Fittipaldi, ou como Schumacher e Alan Proust, que eram muito mais frios na competição.

Muitos destes heróis, ou pessoas arrojadas no dia a dia, são movidos por algum conflito existencial ou emocional e vivem em uma necessidade de adrenalina acima da média e acabam se tornando exímios ou arrojados no que fazem e por isto se destacando.

Não gostar de Ayrton Senna era difícil, mas é da característica humana gostar de pessoas que nos passam um ar de desamparo, de desolação, mas que são vencedores, são reagentes, e dão a volta por cima, e ele era um solitário na formula Um. Quando ele ganhava uma corrida, ele estava se auto superando, como se ele fosse o seu único adversário, os outros eram apenas coadjuvantes.

E assim tem muitos anônimos por ai, arrojados no dia a dia. Muitos vão para a criminalidade, outros se tornam conquistadores contumazes, nunca se prendendo a ninguém, outros em artistas com dezenas de relacionamentos como foi Chico Anízio, declaradamente depressivo, ou Vinicius de Moraes, sempre carente de afeto e por isso tantas namoradas e esposas e tanta boemia.

Assim também temos muitos altos executivos ou outros artistas exponenciais como foi Van Gogh, ou pessoas tremendamente lúcidas e articuladas como foi Paulo Francis.

Todos estes estados alterados podem ser mantidos por bastante tempo, até a vida inteira, mas exigem uma energia extra constante para serem mantidos neste nível de stress, muitas vezes aplacados pela bebida ou drogas, e isto muitas vezes cansa e quando derruba, derruba mesmo.

Ayrton Senna tinha muito de melancólico e depressivo fora das pistas, e as poucas namoradas, além de complicadas, que teve, também demonstravam isso.

Xuxa teve um caso platônico com Ayrton e se encaixa bem no caso de atração pela igual espécie da carência, que se tronou evidenciado depois dela assumir os abusos sexuais que teve na adolescência.

Esta atração pela igual espécie, da precariedade emocional, desperta em muitas mulheres carentes um sentimento maternal que confundem com amor, e por isto estas relações não se sustentam e ficam parecendo que aquele foi o grande amor da vida delas, mas é ilusão.

Um ser humano que não se sente completo, que não é feliz consigo mesmo, não pode dar felicidade plena a outro.

A superação destas carências é uma tarefa isolada, tem que vir de um esforço íntimo, pois não haverá relacionamento sustentado e maduro enquanto não se houver conseguido este equilíbrio íntimo, enquanto não superar este estado íntimo lacrimoso e dependente.

Já outros que foram abusados sexualmente, ou tiveram uma frustração neste sentido acharão que é pelo sexo que atingirão o amor como foi o caso de Marylin Monroe, cuja vida era mantida por barbitúricos, drogas e álcool.

Assim como ocorrido com Elvis Presley, que todo mundo tinha como um homem de sucesso, muitas mulheres, fama e dinheiro, mas que morreu tremendamente sozinho e também a base de drogas para suportar a sua vida desastrosamente infeliz.

O fato deles, apesar de tanta demonstração de infelicidade, ainda serem tidos como pessoas de sucesso e invejados, só mostra a distorção de valores existente na nossa sociedade materialista.
Todos olham para o sucesso deles, mas não para a infelicidade que os norteavam.

O que estas pessoas não dariam para terem um pouco de paz no seu íntimo nenhum de nós tem condição de dimensionar.

E para personalidades competitivas como Nelson Piquet desestabilizar o lado emocional dos adversários faz parte do jogo, e devido a isso ter feito insinuações referente à vida particular de Ayrton Senna.

Muitos tidos como grandes heróis históricos, ou também anti-heróis, assim foram considerados, pelas atitudes ousadas que assumiam, ou pela crueldade que praticavam, e a morte, nestes casos, é o menor dos problemas.

Ayrton Senna tinha esta coragem de reagente, assim como James Dean e a história particular deles demonstra isso.

Já Marlon Brando, na mesma época, passava a mesma imagem de coragem e rebeldia que James Dean, mas morreu de velho e não ficou o mito.

Assim como a bebida, muitos usam as drogas para aplacar estes sofrimentos indefinidos e estes se viciam com muito mais facilidade e morrem por ai, como foi o caso de Kurt Colbain do Nirvana, ou Janis Joplin.

Muitos pais não entendem porque um filho toma o caminho das drogas enquanto outros tem uma vida normal, mas a resposta para esta pergunta não está na formação educacional, mas no conhecimento que se perdeu das tantas vidas que já tivemos antes desta e onde se encontra a origem da maioria dos problemas anímicos que muitos possuem.

Nunca foram interpretadas direito as frases a seguir de Jesus, pois sem futuras novas vidas elas não seriam verdades, ou alguém viu algum politico pagar devidamente pelos crimes que cometem?

“Que suas obras os seguirão” ou a de que “O que o homem semeia isto ele colherá’, e que estão melhor explicadas para os tempos atuais na Mensagem do Graal “Na Luz da Verdade”, de Abdruschin,

Morrer sem superar os problemas anímicos que temos só vai nos levar para uma vida futura igual ou pior, pois acrescidas dos vícios que adquirimos aqui, ou pela responsabilidade de uma vida interrompida por motivos banais, que equivalem a suicídio.

A raiz do problema não foi resolvido, foi levado na alma que é onde está o mundo emocional e as características mais fortes da nossa personalidade, e que não se findam com a morte.

Por isto, em boa parte, tem tantas pessoas com tantos problemas psíquicos, desde que se conhecem por gente, sem explicação aparente e sofrendo tanto por ai, mas não existem injustiças, tudo é causa e efeito na vida. O motivo quimico/biológico/genético é só o gatilho físico para desencadeá-los.

Quantos seres humanos encarnados não se veem na frente das suas estátuas, ou ouvindo suas músicas, ou apreciando as suas obras, onde foram vistos como mitos ou heróis e nem se dão conta disso, ou como alunos que ficam estudando a vida de alguém do passado sem saberem que foram eles mesmos.

Quantos guerrilheiros frios e sanguinários, ou tiranos (mesmo os anônimos do dia a dia) cruéis do passado, ou religiosos sádicos e radicais (lembram das fogueiras?) ou outros que insuflaram o medo para manterem a sua influência e poder estão hoje, nesta vida, com tremendos medos anímicos e fobias sociais hediondas e não tem consciência de que ter sido aquele "herói corajoso", ou aquele "religioso famoso", foi o que deu origem aos seus sofrimentos atuais.

‘Com a morte do corpo, não morrerá uma só partícula da alma. Isso mostra com toda a simplicidade que cada um existe por si só, não ocorrendo qualquer mistura’. Abdruschin em Na Luz da Verdade – O beijo da amizade - www.graal.org.br

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Poemas :  TEMPO DE SUPERAÇÃO
TEMPO DE SUPERAÇÃO

ELE VIU O MEDO NO ROSTO DAS CRIANÇAS
VIU CHOROS DESOLADO NA DESESPERANÇA
VIU NA SUA CARA MENTIREM COM CONVICÇÃO
VIU OUTRO TRAINDO SORRINDO DANDO A MÃO

VIU A TRISTEZA PRESENTE SEM FIM APARENTE
E AI RESPIROU SUFOCADO DO PÓ QUANDO CAIU
E ATÉ ALI SENTIU A SUA PORÇÃO D’AGUA NEGADA
MAS SABIA DE TOMBOS NESCESSÁRIOS A APRENDER

E COMO BAMBU ARQUEAVA COMO EM VENDAVAL
SÓ TEMIA A RUPTURA DA QUEBRA QUE NÃO VEIO
E AI VIU A VOLTA DURA NOVAMENTE A SUPERAR
E VOLTOU A VER OUTRO MENTIR PARA SE MANTER

MAS JÁ NÃO APRECIAVA VER A QUEDA DE NINGUÉM
POIS ISTO SABIA NÃO PODIA TRAZER PAZ A ALGUÉM
NO CAMINHO AGORA É ATENTO AOS PASSOS
NÃO MAIS INTERESSA DESVIAR A ATENÇÃO

ELE VIU TODO O PODER O QUERER SUBJUGAR
MAS VIU NELE O CANSAÇO DE TANTO ESPERAR
APRENDEU EM QUALQUER VENTO SE MANTER
E A SER FIRME COMO RAIZ DE UMA FIGUEIRA

E ALERTA COMO PERTO DO FIO DA NAVALHA
HOJE PROCURA SE MANTER NA NOVA TRILHA
NA CAMINHADA QUER SÓ AMOR AO SEU LADO
PARA ISTO NÃO SE PERDE MAIS NAS ESQUINAS

POIS QUANDO VERGOU SE VIU DESAMPARADO
E NA QUASE QUEDA VIU TODO AMOR FALTANDO
DESOLADO NA ESCURIDÃO TENTOU VER O SOL
MAS NÃO TINHA AINDA NA ALMA A ILUMINAÇÃO

ESPEROU LUTANDO PELA NOVA SEMENTEIRA
QUE AGORA JÁ PODE À MÃOS CHEIAS OFERTAR

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Poemas :  O TREEEEEMMMMMMM
O TREEEEMMMMMM

O TREM PASSA
PASSA E PASSA
E A VIDA FICA
E A VIDA PASSA
E O TREM PASSA
E TUDO FICA
E O TREM PASSA
E COMO PASSA
PASSA A VIDA
E AI O TREM PASSA
PASSA E PASSA
E A VIDA AINDA PASSA
ATÉ QUE O TREM PASSA
PASSA E PASSA
MAS COMO TUDO PASSA
AGORA SÓ ELE PASSA
PASSA E PASSA

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Crónicas :  MINHA BUSCA
MINHA BUSCA

Quando foi chegando à adolescência aquele garoto tímido foi tendo um incomodo interior sem explicação que norteou a minha vida por alguns pares de anos em busca de explicações ou entendimento.

Esta busca deu o tom para a minha vida.

Tentei terapia, ai já com dezenove anos, mas ai então eu já sabia muito mais do que muitos terapeutas da época e vi que dali não iria sair nenhum coelho (hoje já evoluiu muito), mas antes eu já tinha passado primeiramente pelo candomblé, quando tinha dezesseis anos, mas “um espírito”, que ficava perambulando, era chamado de espírito lavador, pois os seus gestos parecia o de uma pessoa lavando roupa num tanque veio falar comigo.

Ele não falava com ninguém, e por isto a estranheza quando ele se chegou a mim e disse sério e baixinho “você vai apanhar muito se não levar a sério” e eu, claro, nunca mais fui. Eu já estava apanhando bastante, não precisava de mais ajuda.

Quando tinha chegado lá no primeiro dia me dirigi a uma mãe de santo e perguntei: “O que é que eu tenho” e ela “o que é que você tem o que meu filho”, então eu já sabia que o lugar não era ali, não seria tão fácil assim.

Eu gostava do batuque e das cores, era respeitoso, assim como sempre fui, mas aquele cara leu a minha alma.

E ai não parei mais de ler procurando por algo que não sabia o que, nem de ir às seitas que pipocavam naquela época, como a de ficar sentado dentro de uma pirâmide, ler os escritos dos Hare Khrisna, ir nos Meninos de Deus e outras.

Tentei ler a bíblia, respeito, assim como a todas as religiões que vou citar aqui, mas não eram para mim.

Fui no espiritismo e tive a experiência de ver uma mulher na plateia começar a ter convulsões e a babar que me chocou, enquanto lá na frente, na mesa, ficavam diversos espiritas que tinham me dito que eu precisava levar passes para evoluir, mas eu não tinha tempo, pois, com certeza, eu ia ter que ter muitos passes e não dava para esperar.

Na época tinha uma revista que trazia muitas informações das seitas que tinham pelo mundo, que era a Planeta, (o editor era o Paulo Coelho, quem diria), e eu fui lendo tudo que ela indicava ou o que aparecia na minha frente como alguma coisa da Rosa Cruz , da Fé Bahá’i, enfim todas as linhas do oriente e do Ocidente.

Eu ia lendo estes escritos, mas quando via que não batia alguma coisa seguia em frente, era como se eu não tivesse tempo e na verdade não tinha mesmo.

Era década de setenta então pintou a canabis, mas ela me deixava sem chão e agravava o tal do meu problema, experimentei alguns alucinógenos, mas tive um efeito invertido, em uma das três vezes que tomei, que achei melhor não arriscar mais, e também passou esta fase, e mais tarde vi que muitos se perderem por terem continuado..

Drogas pesadas, que na época eram injetáveis (hoje não necessariamente), iam contra o meu instinto de autopreservação.

Quem entra nessas está algemando a alma e jogando a chave fora.

Li Carlos Castaneda, mítico na época, Carl Sagam, o astronomo acima do seu tempo, o Bhagavad-Gita, e outros escritos daquela época de Contra cultura, sociedades alternativas e outras, mas o filosofo que mais me arrebatou naquele período foi Krishnamurti, que no final de um livro dele eu escrevi: “Se Krishnamurt pensa como eu e eu penso como Krishnamurt pensa, eu sou Krishnamurt e Krishnamurt é eu”, coisa de bicho grilo.

Com ele tive a confirmação que eu estava certo no meu pensamento, mas que o caminho ainda tinha que ser descoberto; eu só pensava na linha dele, mas com certeza ele era estratosfericamente zen e eu estratosfericamente complicado.

Ai chegou o período cinzento, já sem opções fui pedir socorro na terapia, mas ela também não tinha, ai já com os dezenove anos, mas lembro que ao sair de uma dessas sessões em grupo, onde eu e outro cara ficavamos nos digladiando, entrei numa igreja que estava aberta e totalmente vazia, e silenciosamente tentei fazer uma oração, mas não tinha a força suficiente para fazer brotar uma oração apropriada, assim senti, e sai em desalento.

Então fui para a faculdade, fiz o vestibular para Filosofia, fui ver o que os filósofos tinham a dizer, mas não tinham muito, eles tinham mais questionamentos que respostas, como eu, e o curso não era como eu esperava, as aulas eram como a de qualquer outro curso, sem debates, sem trocar ideias, mas valeu, fiquei dois períodos e conheci alguns outros malucos.

Mas numa destas aulas questionei de onde o homem poderia saber quantos anos o Sol tinha, zilhões de anos, com os parcos conhecimentos que se tinha naquela época, mas o professor não me convenceu e eu ofusquei a aula dele, mas nunca imaginaria que aquele debate iria me levar à verdade que eu tanto procurava.

Um dia lendo um exemplar domingueiro de um jornal li um artigo com o título: “O Sol morre” e lendo-o vi que ele era mais lógico do que as explicações tidas lá naquela aula.

E para a minha surpresa o escritório da entidade filosófica ficava na parte comercial do mesmo prédio onde eu morava. Estava ali do lado e eu indo tão longe....

Fui lá, cabelo comprido, roupa surrada, e perguntei se podia fumar, mas como não tinha cinzeiro no local e o rapaz saiu em busca de algo que pudesse servir abandonei a ideia, mas cheio de questionamentos continuamos a conversar e o atendente me falou que a base da instituição era a Mensagem do Graal “Na Luz da Verdade” do filosofo alemão Abdruschin que eu nunca tinha ouvido falar.

Procurei em todo o Oriente e fui encontrar em escritos da Alemanha, nunca imaginaria.

Mas eu falei que naquele momento não tinha dinheiro para comprá-la e o atendente gentilmente disse que poderia emprestar a dele e que no dia seguinte poderia deixá-la no meu apartamento.

No dia seguinte fiquei aguardando-o sentado na escada do meu andar, e ele na hora marcado me trouxe.

Comecei a lê-la e no inicio a achei estranha, pois o autor não amenizava nas palavra e o achei áspero, parecendo arrogante até, de inicio, e lembro que tive impulso de jogar o livro pela janela de tanto que mexeu comigo, mas felizmente o livro não era meu, e na continuação da leitura aquelas palavras foram se harmonizando com a minha alma, e quando vi já tinha lido o volume inteiro (são três) em poucas horas, e fiquei louco para que passasse a semana para ir lá pegar o segundo volume.

Estava com dezenove anos, tinha encontrado uma filosofia que me satisfazia intelectualmente, trazia respostas para os meus questionamentos espirituais, e além de tudo a leitura apaziguava o meu íntimo, tão inquieto.

Cortei o meu cabelo, parei de fumar, meus amigos de até então se mandaram, e eu comecei uma nova vida, com muito por fazer pela frente, mas tinha conhecido um filosofo que me arrebatou com a sua Mensagem e que me mostrou o caminho para eu desatar todos os meus nós.

Meus muitos nós, por isto o tempo era curto, e estou até hoje lendo-o e sempre com muito ainda a aprender.

Nada é fácil para quem ainda está neste plano terreno, nesta época crucial da nossa existência, e não só desta curta vida, que só trás todo o ranço do nosso passado e os nós, feitos em tantas outras.

O homem saiu em desalinho na sua trajetória milenar e por isto muitos hoje já não conseguem entender como é que pode acontecer tantas inexplicáveis injustiças, e de como acreditar em um Deus que permita tantas atrocidades e sofrimentos que vemos no dia a dia.

Mas como disse o maior de todos os cientistas “Deus não joga dados” e se queres entender a tua vida, e a vida em sí, e a perfeição de teu Deus, não fique olhando só para a tua infância, teus pais não tem muito a ver com isso, ou tem, mas foram as tuas atuações passadas que te levaram ao teu atual ambiente familiar, aos teus sofrimentos e às tuas alegrias.

Tudo na natureza é perfeito e mostra a perfeição do nosso Criador, e não seria só na nossa vida, na dos seres humanos, que isto seria diferente. “O que semeias, colherás.”

E eu, particularmente, dei muitos motivos para os medos e inquietações que eu tinha, mas nas próprias leis podemos novamente nos alinhar, basta conhecê-las novamente.

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"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br
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Poemas :  NOVO CAMINHO
NOVO CAMINHO

As coisas não acontecem por acaso
Sempre nos deixam pensando algo
No que antes aconteceu na vida
E quem sabe a nossa mão em tudo

Se você um dia olhar no passado
Pode ver que tem culpa no plenário
As coisas não acontecem ao acaso
Em algum dia tudo isso foi plantado

Na hora da colheita você vai sofrer
Mas não se lembra mais do passado
Mas pense que no futuro isto terá ido
E um novo caminho poderá ser trilhado

"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br

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Crónicas :  A CESTA BÁSICA DO FIM DO MUNDO
A CESTA BÁSICA DO FIM DO MUNDO

Na década de setenta houve uma explosão de seitas de todos os vieses que se espalharam pelo mundo. Muitas dessas alguns anos depois já tinham sumido ou perdido a sua áurea de novidade e caíram no esquecimento.

Mas o que aqui queremos falar não é da filosofia destas seitas, mas lembrar que naquela época algumas delas tinham como linha doutrinária estocar provisões em face de um próximo “fim do mundo” ou para o caso de uma guerra nuclear.

E não foi em poucos lugares que seitas ou grupos de pessoas construíram seus bunkers contra tudo que pudesse acontecer e que hoje já devem ter sido desativados.

Mas ao estudarmos os fenômenos naturais que podem acontecer vemos que poucos poderão atingir todo o planeta, independente da gravidade que podem ter.

Um terremoto pode matar centenas de milhares de pessoas ou até milhões, mas será sempre numa determinada região geográfica bem específica, enquanto outra fica intacta e, normalmente, em regiões onde já aconteceram antes e que estão normalmente próximas das falhas tectônicas, ou no encontro destas placas, como a falha em São Francisco nos EUA e, normalmente, mais em regiões banhadas pelo Oceano 9nada) Pacífico.

Mas estes acontecimentos como os tsunamis ocorridos em 2013 estão virando tragédias maiores em função da superpopulação que assola todo o planeta e dai os milhares de mortos e, exemplificando ai, não podemos esquecer que na década de setenta, a apenas quarenta anos atrás, aqui na nossa terrinha, éramos “90 milhões em ação” e hoje já estamos passando dos 200 milhões de habitantes.

A população mundial em 1950 era de 2.5 bilhões de pessoas, já no ano 2000 passavam dos 6 bilhões e hoje já somos + de 7 bilhões, então fica evidente que cada vez mais estes desastres naturais causarão cada vez mais tragédias neste nosso planeta judiado.

Mas as décadas foram se sucedendo e foi ficando para trás aquele medo do fim do mundo e ninguém mais está guardando provisões para este eventual acontecimento ou para a possibilidade de uma guerra nuclear mundial.

Mas será que estamos seguros mesmo?

Eu diria que foi perdido aquelas ilusões dos anos setenta, as monoculturas não causaram tanta desgraça assim, e a agricultura moderna está dando conta de alimentar todos aqueles que têm condição de pagar por ela e o mundo está indo tranquilo, na sua zona de conforto, mas até quando?

A superpopulação já está batendo na nossa porta, basta ver o feriado de ano novo (2014), onde se levou 10 horas para fazermos um trecho que em situações normais levaríamos 2 horas e chegando-se no destino muitos viram que os problemas não tinham se encerrado, só tinham começado, como em muitas das cidades do litoral de São Paulo onde muitos interromperam antes as suas férias devido à falta d’agua para tomarem seus banhos e até fazerem suas comidas.

Em Camboriú, no litoral catarinense, haja esgoto para tanta gente, cuja capacidade para levar os dejetos tratados para alto mar foi construído para a média de 120 mil moradores e agora estão com mais de 1.5 milhões de veranistas se acotovelando por lá, então não é à toa que em Bombinhas, não muito longe dali, o problema é a contaminação generalizada da água. Uma coisa pode estar ligada a outra.

Mas tudo está muito bem, tudo está muito bom, mas voltando ao que estávamos conversando inicialmente que era a possível falta de alimentos que muitos considerados lunáticos da década de setenta estavam armazenando na espera do fim do mundo que não veio.

O mundo não vai acabar, o planeta pode é se esgotar de tanta gente, e com tantos habitantes qualquer espirro da natureza é uma tragédia.

Mas e a falta de alimentos não se dará então?

Se dará, com certeza, mas o grande desastre de abastecimento ocorrerá quando o que está acontecendo nas nossas praias vier a acontecer nos grandes centros, principalmente nas capitais, mas o que poderá causar este desabastecimento em grande escala?

Uma pane no sistema geral de controle eletrônico que controla tudo hoje em dia de forma on line, com a informática e seus bancos de dados.

Quando não pudermos, por exemplo, usar o nosso cartão eletrônico, este pequeno cartão de plástico do nosso banco, que faz tudo para nós hoje em dia, incluindo pagar supermercados.

Neste ano que passou muitos astrônomos pelo mundo ficaram preocupados com uma explosão solar em especial que se tivesse se voltado para o nosso planeta afetaria todo o funcionamento dos nossos satélites artificiais e tudo que é tocado por computador poderia entrar em parafuso ou ficariam fora do ar.

Felizmente não aconteceu, como dizem estes cientistas, a irradiação não veio em direção à Terra, mas até quando teremos esta sorte, digo sorte, pois contra isso o homem não poderá fazer nada e a grande pergunta é:

Como poderemos fazer as nossas compras sem estarem funcionando estas maquininhas que nos debitam automaticamente da conta? Algum supermercado irá abrir sem elas estarem funcionando? E os bancos abrirão se o seu sistema de dados estiver fora do ar? E abrirão para que?

Neste ano de 2013, entre novembro/dezembro, teve dois grandes bancos que ficaram fora do ar por 24 horas e simplesmente fecharam as portas, não recebiam ninguém, um foi o Santander.

A nossa dependência da informática está deixando a nossa vida cada vez melhor, mas também está deixando a nossa vida cada vez mais por um fio.

Basta este nosso cartãozinho de plástico não funcionar por três dias consecutivos que estará estabelecido o caos. Ninguém compra nem vende nada e o pânico estará instalado.

Houve também neste ano que passou alguns casos emblemáticos como o que ocorreu com um pequeno vulcão lá na diminuta Islândia e parou por quase 48 horas o ir e vir de aviões por toda a Europa. Foram milhares de voos que não chegaram nem saíram. Os aeroportos ficaram entupidos de tanta gente dormindo pelos espaços disponíveis, quer banqueiros quer turistas, agora imagine se a fumacinha tivesse durado dez, quinze dias?

Contra isso não há nada que o homem possa fazer e por isto não atrai o interesse dos ecologistas e dos ecocientistas, pois como nada se pode fazer não se criam os heróis.

Falando assim não quero dizer que sou contra a causa da natureza, muito pelo contrário, só sou contra o terroristmo ilógico que procura-se nos passar goela abaixo, como é o caso do degelo dos polos. Teve até um navio que se dirigia para lá agora em Dezembro para estudar este degelo e ficou preso no próprio gelo. Um mico.

A superpolulação já não deixa muita margem de manobra, mas o próprio planeta resolverá o problema, isto já não está mais nas mãos do homem, embora a ilusão de muitos.

Mas o grande problema para a humanidade, principalmente dos grandes centros, acabará vindo pelo espaço, virá pelas irradiações causadas por estas explosões irregulares do nosso já fatigado Sol.

Uma hora uma explosão exponencial, como a ocorrida neste ano, poderá nos atingir e ai, da noite para o dia, voltaremos para a idade da pedra. De uma hora para a outra sem televisão, sem agua, sem internet e sem o nosso cartãozinho para saques de dinheiro ou fazer compras.

Será a falência do modo de vida como conhecemos hoje e, quem sabe, o inicio de um novo tempo?

A pane de que escapamos neste ano passou batido pela maioria das pessoas, e pela maioria dos cientistas também, mas têm muitos astrônomos estudiosos do nosso Sol que já sabem de como está tênue a base da nossa sociedade atual, tão dependente dos nossos satélites artificiais e dos nossos cartões de plásticos.

E ai, o que fazer então?

Será que realmente um pequeno estoque de suprimentos poderá nos dar uma sobrevida até sairmos do caos das cidades em direção ao que ainda existe de natureza?

Certamente poderá fazer a diferença, mas quem ainda está se preocupando com isso, não é mesmo?

"Seja lá o que for, plantas ou animais, montanhas, rios, países estados ou seres humanos, ruirá tudo aquilo que não se mostrar no último momento como legítimo e de acordo com a vontade de Deus!" Abdruschin em sua Mensagem do Graal Na Luz da Verdade – www.graal.org.br
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