Poemas :  Tênebras
Tênebras
Vejo por alguns segundos a outra realidade que existe no lado escura

Olho para um céu azul escuro com suas nuvens deturpadas
que só deixa passar o brilho dos trovões

Aqui é a Terra das sombras
é o lar de Desespero
o canto dos desajustados

Tentam me empurrar buraco abaixo
quase conseguem

A maldade esta na ponte que liga estes dois mundos.
Poeta

Poemas :  Preso no Limbo (ou divagações sobre enoque)
Preso no Limbo (ou divagações sobre enoque)
Tu acha que ta certo?
Se feri e desiste ao olhar pro chão
Se acha que ta certa de ter medo de encarar o Horizonte?

Faça um bom proveito do seu achismo
Ajoelhe-se diante do anjo
deixe que fale mentiras a sua pessoa
concorde com o que ele diz
e se entregue.

Perde o poder de descobrir novos caminhos
fica preso a uma cama, ligado aos tubos
sem direito de morrer
então como é que fica isso pra você?

Preso a sua alma a sua mente
que se encontra no setor mais escuro do universo
sem conseguir voltar
sem conseguir escapar.
Onde esta seu corpo?

Você acha certa a aposta?
E tanto faz vencer ou perder
eu só peço:
Se joga com a vida
mas não precisa crer em mim.
Poeta

Poemas :  Verdade Noir
Verdade Noir
I
... O homem nos comenta seus problemas
olhos de um louco... Mãos tremulas
eu já disse a vocês que ele falava dos próprios problemas?
Enquanto se esquecia dos que já foram
tomava cerveja com alguma “jujubas” como se fossem petiscos

II
mais a frente ao ser iluminado
em ruas vazias iluminado por postes
de um carro salto U moço com sua arma na mão
abre um bar e braveja pra picar a mula
nem olho pra traz, mas ele sim

III
No terceiro ato esta mais escuro
topo de frente com uma coroa de 70 anos
ela passa por mim com receio
o receio (acho eu) que descubram seu segredo
ela cheira a carne crua necrosando
eu a olho nos olhos ela se esquiva

IV
Tem dias que acho que o inferno é aqui
outros dias eu tenho certeza
como algumas pessoas perdem seus mapas ao encarnar
ficam vagando, pra lá e pra cá
Não percebem a ordem natural das coisas
Poeta

Poemas surrealistas :  Robótica Druida (o Tratado sobre la poética Tecnomante)
Robótica Druida (o Tratado sobre la poética Tecnomante)
Me alternativa mágica e hice mi encuesta
He hecho una Grimorium back-up y lo puso en mi disco
Voy a hacer un ritual en el Internet
Para la magia negro está en el chat que se requiere

Les presento ahora la nueva generación de alienado
Conversaciones sin sentido en la sala de chat
Nos pusimos en marcha para invadir la matriz
Ta hielo negro en la mano voy a enviar ...

MANTRA

Fundición Voodo estampida estilo
Ya sabe que va a entrar en recibir una paliza
Pero si los agentes no enfrentan a los que se enfrentará a
Nadie ta consciente que nadie, quiere ayudar!

MANTRA

Navegar por la ola de ... electrónico
Tienen fricciones con un psiónico ser
Lo que para entrar en la página de lo que estoy haciendo
A través de todo lo que sé lo que estoy viendo.

MANTRA

Nos sorprendió, Capon de la traición,
Que la ametralladora y el agente de sólo "oitão tres"
chicas gritando que les gusta, tratan de imponer
Pero el agente de ataque del motor de vapor hizo.

MANTRA

Y el final de mi vida no será con 27
Con Hielo Negro y Grimorium en mi caja de disquetes.
Ta el holograma me voy terminando
Me quedé en la matriz de tou nadie, nadie va a venir a ayudar a mí?

MANTRA

¿No lo entiendes?
El mundo va a explotar, y sólo quiero, sólo quiero
Poeta

Poemas :  Dentro desse Trem
Dentro desse Trem
Dentro desse trem, vejo a vida passar
São tantas horas paradas

Gritos de quem quer vender alguma coisa
Ninguém me olha e eu não olho pra ninguém.
Olho para os lados e nada chama minha atenção
É tão sujo é tão parado
Todos com olhos de ser assustado
Assustados com a vida.

E o trem volta a andar.

Um homem, assustado com um homem,
Que esta assustado comigo
Obrigado vida por Ter deixado eu entrar nesse trem.

E os caras gritam querendo vender alguma coisa
Olha-se o chão sujo, estou com sono
Mas se dormir é certo que podem me roubar
Então escrevo e me mantenho acordado
Alguns conseguem dormir pois sabem que
Pois acreditam que não há nada pra se levar nesta vida.

Trem esvaziou, mas continua a balançar

Eu posso parar de escrever a qualquer momento
Pôs já esta próximo da minha estação
Então já vou me despedir, adeus
Pichações fazem a decoração, as portas mal se fecham
E todos fechados no trem com medo de conversar
Penso na vida (nas vidas), neles, nela
Penso no que eles devem estar pensando
Na vida, na sorte, no amor, no jogo de ontem
Na manha passada, sei lá...
Prefiro pensar que não tenho que pensar em nada.
Poeta

Poemas :  Descarga
Descarga
Deixar a palavra surgir no papel
Para ver se descarrega tudo, tudo,
Tudo de bom!
Tudo de mau!
Frio-quente? Que seja!
Sejamos nós todos.
Porque a porra do papel voa:
Andava de barca (Urca?),
Agora...Botafogo:
Terra de todos os avós,
Mas que se foda
Pois os meus não estão lá.

Liberto palavras aleatoriamente
Para vir um babaca dizer
Que meu poema é escroto,
Mas ai tudo bem, tudo passa,
A critica faz parte do todo,
Ai fica os atores falando,
Que ninguém os compreendem?
São débeis mentais que não percebem
Que ninguém, mas ninguém
Entende ninguém,
Não é fulano nem beltrano são todos que não entendem!
É essa pá de bostas que reside aqui
E eu to incluído
Porém isso não é um poema depressivo,
Eu apenas estou descarregando.
É que às vezes sou para raio, antena, imã.
Isso não interessa pra ninguém,
Pois ninguém viu ou tem idéia do que senti
- Aquela porra esta possuída, ta amarrado!

Nos não estamos nem ai,
Ninguém esta:
Pois ta tudo fora do ar,
Ou cheio de chiado, estática,
O sinal ta fraco,
Por favor, não desliga
Se não, eu aperto o botão que faz “BUM”.
Eu vou pula!
Não chega perto!
Alô! Alô! Alô!
Há ta, continua ai, pois eu to aqui,
E todos estão surdos,
Eles não ligam pra gente
Mas eu entendo e tenho pena,
Pois não ligam pra eles
E eu vou terminar o que comecei
E...E...E...
Não to mais com saco. Tchau!
--BUM!!!--
Poeta

Poemas :  C(A)o(S)digo Binário (ou o cogumelo do amanhã)
C(A)o(S)digo Binário (ou o cogumelo do amanhã)
Parem de girar!
Parem de gerar!
Parem! Parem! Parem!
Parem de girar!
Parem de gerar!
Parem! Parem! Parem!
Parem de girar!
Parem de gerar!
Propagandas e informações!

Parem de gerar idéias!
Parem de girar conceitos!
Eu não preciso disso.
shiiissssssssssssssss
Eu preciso é sair!
Tomar uma chuva...

Parem de girar
Códigos binários
E numerologia infomercial.
Não contemos a defasagem mercadológica!
E a lógica me vem ao prover.

Parem de girar!
Parem de gerar!
Parem! Parem! Parem!
Parem de girar!
Parem de gerar!
Parem! Parem! Parem!
Parem de girar!
Parem de gerar!
O caos dos números irracionais!

Dor louca na mente, A mente louca tem dor
Louca na mente, a mente louca tem dor
Louca na mente louca tem dor louca tem dor
Na mente louca que tem dor...



Parem as maquinas!
Tragam meu calmante,
Joguem a coca-cola fora,
Parem as maquinas!
Para depois trazerem
Um semáforo para eu beber.
Parem as maquinas!

Tirem o fio da tomada,
Esta trovejando,
Eles vem ao meu encontro...
Subindo em min.

Parem de girar!
Parem de gerar!
Parem! Parem! Parem!
Parem de girar!
Parem de gerar!
Parem! Parem! Parem!
Parem de girar!
Parem de gerar!
Vamos vetar à criação!

E antes que morra...
Desliguem os geradores!
E antes de derrubarem meu castelo,
Por algo que tentei e tentei e tentei avisar mais a euforia pela minha descoberta era tamanha que...]
Vamos vetar a criação!
Parem de gerar!
Vamos impedir a concepção!
Parem de girar!
Deixei eu provar o que eu inventei.
Antes que esse mundo seque,
Vamos repetir os mesmos erros,
Vamos saciar no ânsia pétria e compulsiva
E se banhar nu! Nu! No caos do cogumelo do futuro.
Poeta

Poemas :  Repente Repetente
Repente Repetente
Pitagoricamente início o repente como uma corrente que sempre vai pra frente e sente que de repente pode chegar a derrapar, mas a de voltar pra linha racional de achar tudo normal, não tem nada de mal em tomar caipirinha e aspirar benzina e falar que são as buzinas que estragam a minha vida e a deixam corroída, mas ta tranqüilo e tenho amígdala pra ganhar no gogó as minhas briga, pois assim causa menos fadiga e para fazer repente e voltar a rima repetente que flui a corrente. Não sou nenhum demente inconseqüente, o verbo é coerente que se influa em ti o ser valente para atacar os de patente, não sou paciente e a chapa já ta quente, como um dia normal em Bangu, como a caldeira que se prepara o vodoo e eu tenho sangue frio e sempre vago pelo Rio sombrio com a noite no cio nem rio com o sangue no olho, mas não parasito como carrapato em cima de um piolho, sou só a peste, sou mais um carioca cabra que veste seu estado e adoto Noel rosa como mestre muito mais valioso que se guiar-se nos conselhos do Doutor Quest, mas tenho um pé no nordeste e o que reveste a carcaça é o tambor de maracatu que tem o sabor doce como de um licor de menta, mas é arriminado como a pimenta que tempera minha vida e já to quase de saída, mas ainda tem nela coisa a serem extraídas.

Me diga o quer que eu fale? Comente coisas que te abale como o cio capital, que enfeita a coluna social, mas não me representa e nem me apresenta a vida como deveria ser, a vida como ela é, guiadas infelizmente por uma falsa fé e não há mais nada de muito bom a se conhecer, e esse que esta a tua frente é só mais um verso do repente repetente que invade sua mente não por seres inconseqüente é que ele muito mais congruente que tu possa assimilar a nível consciente.

Agora chegamos a estrofe final e não repare na concordância verbal, isso é pra dar mais sal, liberdade poética, pensando na estética e o que importa é a fonética, por isso ignoro a gramática, cuspo na suástica, e me apoio na ciência rimática que é muito mais enfática, me formou como Mc, ex MonoDred, eterno Tiago Miçanga que arregaça as mangas e as miçangas balança e gera o caos: desconstruo o censo comum bebo caninha, saque ou rum, e peço sempre mais um e não gosto que nenhum cusão-vacilão tire o microfone da minha mão pois cantar me da muito mais tesão e ao chegar de repente se sente que a frente vai terminar a corrente pitagoricamente batizada de repente repetente.
Poeta

Poemas :  Haikai do Mosntro dos Dizeres
Haikai do Mosntro dos Dizeres
Quero que minha arte grite ao seu ouvido quando estiver dormindo
E ressoe fazendo eco dentro dessa cabeça oca, colocando não palavras de ordem para uma suposta e conspirada lavagem cerebral.]
Quero só um verbo acompanhado de um pronome pessoal do caso obliquo:
-Liberte-se
Assim dominarei o mundo sem impor a ditadura das leis e sim meu anarquismo comportado, contudo, escrachado.]
Poeta