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Dizem: “Não cai uma folha de uma árvore, que não seja da vontade de Deus”.
Uma banda do meu pão caiu com a parte de margarina virada para o chão...
Será que foi a vontade de Deus, ou tem outra “explicação”?
(Ditado: “O pão do pobre só cai, com a parte da manteiga virada pra baixo”)
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Para que serve o poeta, enquanto está em fermentação? Sua poesia não vale um pão, seu poema não para a escravidão e sua dor é só sua, não da multidão.
O poeta rabisca no caderno, cisca no inferno... Queima pés e pestanas. Queima a última grana apostando num sonho...
Ah pesadelo medonho... Quem quer poesia? Quem crê na ousadia de quem vive de sonho?
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Vou jogando meus poemas por aí, para ver se eles despertam na manhã um novo dia.
Para ver se acendem uma nova confraria, que alimente o povo de pão, de paz e de poesia.
Vou jogando os meus poemas, como quem joga na loteria:
Enquanto não sai o resultado, eu fico acreditando que acertei na Poesia.
A.J. Cardiais 11.10.2010
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Poeta
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Falar da epiderme das raças, da violência nas estradas, dos que dão contramão...
Falar da fome, da falta de pão; do sentido obrigatório da vida, da alma perdida, do sem teto, do sem chão...
Falar do meu itinerário, do meu dicionário sem direção...
Falar do quê? Fala não... Você não vê? Estou sem inspiração.
A.J. Cardiais 30.12.2009
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Poeta
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