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Dizem alguns teóricos que inspiração não existe. O que existe é transpiração.
Eu acredito que transpiração é o ato de fazer a inspiração acontecer.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Estou num deserto de inspiração... Nada passa por aqui, nem ladrão. Ele vai roubar o quê? Sei não... Sei não...
Lá fora falta imaginação. Uma pessoa agoura, tirando minha concentração. Eu tenho cabeça pra quê? Sei lá! Pra pensar. Mas a desconcentração, tira a poesia do ar.
Faço um poema sem emoção, somente pra pirraçar. Talvez forçando a barra, eu consiga me inspirar. Se os “teóricos” dizem que inspiração não existe, então eu vou transpirar... Vou tentar suar um poeminha triste.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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“A imaginação é mais importante que o conhecimento”. Albert Einstein
Esta frase chamou minha atenção. Busquei da imaginação, só para ter uma base...
A frase virou tema e fiz um poema. Ou quase.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Ver o nunca visto às vezes é benquisto. Às vezes a rima casa, com a asa da imaginação.
Às vezes uma criação te carrega pelos rios da emoção e vai desaguar no mar do seu coração.
Ver o nunca visto, às vezes causa um atrito, uma atribulação...
Às vezes o que choca abre uma porta para outra opinião.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Quem vê beleza na favela, é porque sabe que nela mora um monte de rimas. E as obras primas dos barracos elevam a imaginação.
Quem vê a favela morta, sem respiração, não sabe onde é sua aorta, nem como pulsa seu coração.
Quem tem siso de glória, inventa uma porta bandeira. Quem tem no pé a rasteira, diz alô a sua história.
Quem mal reflete seu bucho, pode se dar ao luxo de querer tanta besteira. Tem na miséria a memória que o luxo é sua glória e se apraz com tranqueira.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Nem imagino o que pensam dos meus poemas... Aliás, eu não deveria chamar de "meus poemas".
O poema, depois que sai da casa do pai, ganha o mundo.
E quem está vendo o que está acontecendo, não são meus olhos; são os de quem está lendo.
Quem está "ouvindo" o que ele está dizendo, é você. A imaginação é sua.
Você pode mudar o compasso, pode mudar o passo, pode até mudar de tom.
Pode dizer que ele é ruim, porque pra mim, se você me entendeu, está bom.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Deixo-me levar para o altar da imperfeição. Deixo meu coração mandar.
Deixo a escrita falar, dar sua opinião. Deixo a estrofe rasgar libertando a imaginação.
Deixo a poesia ter a ousadia de mandar em mim.
Deixo a razão se perder entre o bom e o ruim e de nada entender.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Quando há criação, tudo se transforma. As coisas mudam de formas à mercê da imaginação.
Quando a corrente das normas arrebenta, é uma inundação que ninguém aguenta...
Mas o que não presta passa, com as enxurradas. Das coisas que ficam muitas são reaproveitadas.
A.J. Cardiais 04.10.2011 imagem: google
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Poeta
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“É como eu disse antes, poetas e escritores são aventureiros com imaginação. Monges, intelectuais e cientistas não pertencem a essa classe de pessoas”. Trecho da entrevista de Lucky Leminski a Elenilson Nascimento (¹), para o blog Poemas de Mil Compassos. Reparando bem, a palavra INTELECTUAL demonstra uma certa “formalidade” e um pouco de “austeridade”. Impossível imaginar um intelectual sem a “pose do conhecimento”, sem sua vestimenta impecável. E a maioria dos poetas e escritores não se “enquadra” neste perfil. Vocês já imaginaram um intelectual, com toda sua “pose”, participando de um churrasco, movido a pagode e cerveja? Ou então em um Mercado Popular, conversando animadamente com amigos pescadores, barraqueiros etc? Pois é, não combina, né? Pode até ter algum que faça isso, mas a “formalidade” e a posição “impõem” um certo respeito, um certo “distanciamento” das pessoas “comuns”. Este é um dos motivos que me faz admirar Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro: são endeusados, mas nunca sofreram a influência do “endeusamento”. Em suas listas de amigos sempre constam nomes de pescadores, barraqueiros, capoeiristas, “biriteiros”... João Ubaldo chegou a declarar em uma entrevista, que detesta “papo intelectual”. Por aí já devemos sentir que esse papo não deve ser nada descontraído. Deve ser aquela coisa formal: troca ou exibições de conhecimentos. Sinceramente, as poucas vezes que fui “enquadrado” como intelectual, não fiquei muito à vontade... Não tenho nada de intelectual. Eu vejo o intelectual como uma pessoa disciplinada, que leva o conhecimento com uma obrigação. O conhecimento para ele é como uma arma e uma vacina contra os possíveis ataques dos exibicionistas. Já eu só procuro ler o que me interessa. O que, de alguma forma, me fará bem. Não me preocupo em dizer que não li um “Best seller” qualquer ou algum dos grandes filósofos. Coisa que, para um intelectual, deve ser o fim da picada. E para finalizar este texto puxando uma brasinha para minha sardinha, uma vez recebi um elogio, mais ou menos parecido com o que Lucky Leminski falou, na comunidade Poetas Teimosos (Orkut). A poeta Marilda Amaral disse o seguinte: “Tens um poema no estilo explorador, um bandeirante das letras... Gosto de ver teu espírito aventureiro em temas tão diversos.” Depois disso, só me resta agradecer: obrigado Marilda.
(¹) Elenilson Nascimento é: Professor, jornalista, poeta, compositor, agitador cultural e blogueiro.
A.J. Cardiais imagem: Google
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Poeta
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Estou num deserto de inspiração... Nada passa por aqui, nem ladrão. Ele vai roubar o quê? Sei não... Sei não...
Lá fora, falta imaginação. Uma pessoa agoura, tirando minha concentração. Eu tenho cabeça para quê? Sei lá! Pra pensar. Mas a preocupação, tira a poesia do ar.
Faço um poema sem emoção, somente para pirraçar... Talvez forçando a barra, eu consiga me inspirar.
Mas os “teóricos” dizem, que inspiração não existe. Então eu vou transpirar... Vou suar um poema triste.
A.J. Cardiais imagem: google
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