Poemas :  Lágrimas
Lágrimas
Quando você foi embora,
fiquei com uma canção
e um aperto no coração.

Ainda bem que sendo poeta,
me desabei em rimas
e não no chão.

Quando você foi embora,
engoli soluços secos,
mas não molhei meu rosto.

Lágrimas vêm e vão...
É como uma nascente
dentro da gente,
que não escolhe o momento
para jorrar:
se de alegria ou de tristeza.

A.J. Cardiais
19.05.1990
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Poeta

Poemas :  Fora de estação
Fora de estação
Está fora da estação,
mas para mim é primavera.
Está em mim a canção,
e em teus olhos
a vida, o amor,
a eternidade deste momento.

Estou só
e amo ao léu:
olhos, lábios, coxas
diversas...

O sol... (suspiros)
Le soleil brille. (influências)

Infância...
Andanças...
Pormenores...

Tudo em vários goles
desta eterna insistência:
encontrar a felicidade.

A.J. Cardiais
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Poeta

Poemas :  Como canção
Como canção
Meu processo criativo
é muito louco,
é muito ativo,
é quase pouco...

É quase tudo,
é quase nada,
é quase estudo,
é quase estrada...

É rima pura
é pura rima
é uma loucura
que não se ensina...

É um devaneio,
uma divagação.
É como estar no meio
de uma canção...

A.J. Cardiais
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Poeta

Poemas :  Fontes de inspiração
Fontes de inspiração
Só faço um poema
para o dia que nasce,
quando em sua face
vem trazendo o tema.

Só faço poemas
para uma canção,
se em meu coração
misturar os fonemas.

Porém faço poemas
quando estou indignado...
Aproveito-me, desse modo,
para soltar os problemas.

Também faço poemas
quando estou amando.
Aí eu fico viajando
por outros sistemas.

A.J. Cardiais
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Poeta

Poemas de amor :  Amor de primavera
Amor de primavera
Quando tu flores
o verbo em ti, primavera,
seguirá o caminho dos sonhos.

Quando tu flores, morena,
teus olhos serão bem me queres.
Sinal de amor, sinal de tudo.

Morena, quando tu flores
escreva-me tua canção.
Teus lábios em mim, paixão,
adentrará todo meu
hemisfério vida.

Morena, a tua lembrança
é um choro de rosas
e um soluço de espinhos.

Aperta-me em teu corpinho
de flor
e sufoca-me Amor
de amor.

A.J. Cardiais
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Poeta

Poemas de amor :  O mais importante ato
O mais importante ato
Enfrentar tudo,
é uma prova de amor...
Tudo em troca de quê,
se nada tenho?

Posso te dar um amor
que já é teu, por direito.
Posso te dar uma canção
(que não é minha)
e te prometer o sol, se ele sair...

Posso te dar estas horas
da madrugada,
em que acordei sonhando contigo...

Posso te dar um monte
de palavras tolas,
que é o meu castigo,
ou o meu mundo abstrato,
que é muito mais vasto,
bonito e real
do que muito mundo concreto.

Posso te confessar
que eu não presto,
é lógico, não tenho seguro.

Posso dizer ou fazer
tantas coisas.
Mas o maior e mais importante ato
será o teu, se me aceitares assim:
como sou, como estou e para onde vou.

A.J. Cardiais
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Poeta

Poemas de amor :  Ouça o amor
Ouça o amor
Ouça o amor que sai de mim:
É um mar, um infinito,
sem futuro mas, bonito.

Ouça a canção,
o baticum da minha vida...
Talvez tudo isso seja mais real,
do que aquele carro que passa.

Pode achar graça!
A vida não pode ser
só de seriedade.
É preciso que haja riso.

E eu serei o seu palhaço
ou seu bobo da corte,
desde que você
(nem precisa aceitar)
respeite o meu amor.

A. J. Cardiais
26.03.1989
Poeta

Poemas :  Meus ex-amores
Meus ex-amores
É de manhã... Mal acordei,
mulheres que amei
desfilam em meu pensamento
acompanhadas por uma canção.

Meus ex-amores...
Como estarão?

A.J. Cardiais
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Poeta

Sonetos :  Soneto corrosivo
Soneto corrosivo
Antes,
o que eu dizia
ser minha poesia,
era tudo ilusão.

Antes,
a minha mão
de reger fantasia,
descrevia o passo da canção.

Hoje,
o meu soneto
é lento...

Escrevo
como o vento:
Corroendo os acervos.

A.J. Cardiais
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Poeta

Poemas :  O blá, blá, blá da vida
O blá, blá, blá da vida
A poesia talvez seja
o blá, blá, blá da vida
ou a razão dissolvida
dentro da emoção.

Talvez uma canção
resumida a sons
da imaginação.

A.J. Cardiais
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Poeta