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Para este mundo eu estou morto, enquanto vivo absorto, astuciando de tudo.
Viajo via verso observando as fronteiras da imaginação... Um crime sem salvação.
Uma voz de prisão desperta este verso torto, dentro de um poeta morto.
O verso é o culpado, simplesmente por ter deixado o poeta entrar nesta condição:
morrer para a vida.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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¡No moriré del todo, amiga mía! De mi ondulante espíritu disperso, algo en la urna diáfana del verso, piadosa guardará la poesía.
¡No moriré del todo! Cuando herido caiga a los golpes del dolor humano, ligera tú, del campo entenebrido levantarás al moribundo hermano.
Tal vez entonces por la boca inerme que muda aspira la infinita calma, oigas la voz de todo lo que duerme con los ojos abiertos de mi alma!
Hondos recuerdos de fugaces días, ternezas tristes que suspiran solas; pálidas, enfermizas alegrías sollozando al compás de las violas...
Todo lo que medroso oculta el hombre se escapará, vibrante, del poeta, en áureo ritmo de oración secreta que invoque en cada cláusula tu nombre.
Y acaso adviertas que de modo extraño suenan mis versos en tu oído atento, y en el cristal, que con mi soplo empaño, mires aparecer mi pensamiento.
Al ver entonces lo que yo soñaba, dirás de mi errabunda poesía: era triste, vulgar lo que cantaba... mas, ¡qué canción tan bella la que oía!
Y porque alzo en tu recuerdo notas del coro universal, vívido y almo; y porque brillan lágrimas ignotas en el amargo cáliz de mi salmo;
porque existe la Santa Poesía y en ella irradias tú, mientras disperso átomo de mi ser esconda el verso, ¡no moriré del todo, amada mía!
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Poeta
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Qual o Demônio que habita seus olhos? Qual a Besta que te corrói por dentro? Começou a semana mais longa da Terra Em meados dela já começou a perder a fé nas pessoas E comecei a desacreditar na boa forma.
Ter de ficar de fora, sem o tempo Queria parar...
A Carne é transparente Mas é fácil perceber o que nela habita O mau não é você E nem ao menos te pertence O mau tenta apenas acompanhar o meio.
Dormindo não sinto nada mais É a mesma coisa que morrer (Blasfêmia) Eu não sei o que é morrer Só sei que escurece tudo Desejo apenas que as horas passem Para que eu possa sair dessa semana Deixando pra traz o inferno astral E sem receio ou anseio só quero que isso acabe.
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Poeta
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Dentro desse trem, vejo a vida passar São tantas horas paradas
Gritos de quem quer vender alguma coisa Ninguém me olha e eu não olho pra ninguém. Olho para os lados e nada chama minha atenção É tão sujo é tão parado Todos com olhos de ser assustado Assustados com a vida.
E o trem volta a andar.
Um homem, assustado com um homem, Que esta assustado comigo Obrigado vida por Ter deixado eu entrar nesse trem.
E os caras gritam querendo vender alguma coisa Olha-se o chão sujo, estou com sono Mas se dormir é certo que podem me roubar Então escrevo e me mantenho acordado Alguns conseguem dormir pois sabem que Pois acreditam que não há nada pra se levar nesta vida.
Trem esvaziou, mas continua a balançar
Eu posso parar de escrever a qualquer momento Pôs já esta próximo da minha estação Então já vou me despedir, adeus Pichações fazem a decoração, as portas mal se fecham E todos fechados no trem com medo de conversar Penso na vida (nas vidas), neles, nela Penso no que eles devem estar pensando Na vida, na sorte, no amor, no jogo de ontem Na manha passada, sei lá... Prefiro pensar que não tenho que pensar em nada.
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Poeta
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Deixar a palavra surgir no papel Para ver se descarrega tudo, tudo, Tudo de bom! Tudo de mau! Frio-quente? Que seja! Sejamos nós todos. Porque a porra do papel voa: Andava de barca (Urca?), Agora...Botafogo: Terra de todos os avós, Mas que se foda Pois os meus não estão lá.
Liberto palavras aleatoriamente Para vir um babaca dizer Que meu poema é escroto, Mas ai tudo bem, tudo passa, A critica faz parte do todo, Ai fica os atores falando, Que ninguém os compreendem? São débeis mentais que não percebem Que ninguém, mas ninguém Entende ninguém, Não é fulano nem beltrano são todos que não entendem! É essa pá de bostas que reside aqui E eu to incluído Porém isso não é um poema depressivo, Eu apenas estou descarregando. É que às vezes sou para raio, antena, imã. Isso não interessa pra ninguém, Pois ninguém viu ou tem idéia do que senti - Aquela porra esta possuída, ta amarrado!
Nos não estamos nem ai, Ninguém esta: Pois ta tudo fora do ar, Ou cheio de chiado, estática, O sinal ta fraco, Por favor, não desliga Se não, eu aperto o botão que faz “BUM”. Eu vou pula! Não chega perto! Alô! Alô! Alô! Há ta, continua ai, pois eu to aqui, E todos estão surdos, Eles não ligam pra gente Mas eu entendo e tenho pena, Pois não ligam pra eles E eu vou terminar o que comecei E...E...E... Não to mais com saco. Tchau! --BUM!!!--
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Poeta
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Vierte, corazón, tu pena donde no se llegue a ver, por soberbia, y por no ser motivo de pena ajena.
Yo te quiero, verso amigo, porque cuando siento el pecho ya muy cargado y deshecho, parto la carga contigo.
Tú, me sufres, tú aposentas en tu regazo amoroso, todo mi amor doloroso, todas las ansias y afrentas.
Tú porque yo pueda en calma amar y hacer bien, consientes en enturbiar tus corrientes con cuanto me agobia el alma.
Tú, porque yo cruce fiero la tierra, y sin odio, puro, te arrastras, pálido y duro, mi amoroso compañero.
Mi vida así se encamina al cielo limpia y serena, y tú me cargas mi pena con tu paciencia divina.
Y porque mi cruel costumbre de echarme en ti te desvía de tu dichosa armonía y natural mansedumbre; porque mis penas arrojo sobre tu seno, y lo azotan, y tu corriente alborotan, y acá lívido, allá rojo, blanco allá como la muerte, ora arremetes y ruges, ora con el peso crujes de un dolor más que tú fuerte. ¿Habré, como me aconseja un corazón mal nacido, de dejar en el olvido a aquel que nunca me deja? ¡Verso, nos hablan de un Dios a donde van los difuntos. Verso, o nos condenan juntos, o nos salvamos los dos!
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Poeta
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