CREIO EM DEUS
[b]CREIO EM DEUS[/b]
Dirceu Thomaz Rabelo
Há pessoas que encontram
Enorme dificuldade para crer
Na simples existência de Deus
Outras, simplesmente em nada crêem
E defendem o acaso como feitor
Das mínimas criaturas, ao Universo infinito.
Minha crença é tão definida
Que eu vejo num sopro de vida
A presença de Deus o Criador
Sinto sua presença no raio e na chuva
Na nascente de água na grota
E na pequena semente que brota
Ele está na pequena ave em seu ninho
E na criança que brinca na praça
Presente está no perfume da flor
E também na doçura das frutas
No delicado sorriso da adolescente
E no corpo fragilizado do idoso
Vejo Deus, agora, ao meu lado
E a todo o momento agradeço
Por já ter nascido com tanta fé
De que ele se faz presente amiúde
Até nos meus versos, e somente
Agradeço ao Pai, por tal virtude.
Itabira, 10 de março de 2012
Recebendo o “Troféu Pedro Aleixo”.
CREIO EM DEUS
CREIO EM DEUS
Dirceu Thomaz Rabelo
Há pessoas que encontram
Enorme dificuldade para crer
Na simples existência de Deus
Outras, simplesmente em nada crêem
E defendem o acaso como feitor
Das mínimas criaturas, ao Universo infinito.
Minha crença é tão definida
Que eu vejo num sopro de vida
A presença de Deus o Criador
Sinto sua presença no raio e na chuva
Na nascente de água na grota
E na pequena semente que brota
Ele está na pequena ave em seu ninho
E na criança que brinca na praça
Presente está no perfume da flor
E também na doçura das frutas
No delicado sorriso da adolescente
E no corpo fragilizado do idoso
Vejo Deus, agora, ao meu lado
E a todo o momento agradeço
Por já ter nascido com tanta fé
De que ele se faz presente amiúde
Até nos meus versos, e somente
Agradeço ao Pai, por tal virtude.
Itabira, 10 de março de 2012
Recebendo o “Troféu Pedro Aleixo”.
A NECESSIDADE DE UM PORQUÊ
A NECESSIDADE DE UM PORQUÊ.
Dirceu Rabelo (será?)
Releio Nietzsche e me assusto mais uma vez.
Relaxo-me com um reconfortante Topamax.
Além de sua autêntica e profunda loucura
Em busca de explicações de coisas
Que ele próprio não sabia explicar,
Acusa os poetas (como ele), de serem filósofos.
.
E por quê? Porque formulam sempre porquês.
Diz ele: para um poeta, uma folha que cai,
Não é somente uma folha que cai,
Como um simples mortal a vê caindo.
Vem-lhe a dúvida.
.
Para o poeta, uma folha que cai
Pode ser levada pelo vento,
Ou arrastada pela correnteza do riacho,
Ou cair revoluteante à margem do regato.
.
E para Nietzsche a pergunta é, muitas vezes,
A antecâmara da dúvida.
Ou a dúvida, quem sabe, a antecâmara de uma pergunta?
Meio na dúvida, começo a concordar com Nietzsche.
Deve ser como partícula e antipartícula, afora o hífen.
Entenderam? Nem eu! Nem o antieu.
.
Tomo meu Seroquel de 100 mg, e fico parado,
Sistematizado, nesta dialética trágica,
Que me traz o tumultuário para minha mente,
Já bastante combalida.
.
Digo boa noite a Nietzsche, que permanece de pé,
Ali na cabeceira de minha cama,
Encaracolando com o dedo, seu bigodão,
Trajando uma vistosa farda de Napoleão.
E no peito, uma suástica, bem ao seu jeito.
.
Ele sorri para mim e ajeita a minha camisa de força.
E eu durmo como um anjo, louco, mas anjo;
Pensando ser poeta e, portanto, filósofo.
Que isso nunca chegue aos ouvidos de mamãe!