Poemas :  Erva daninha
A minha poesia
e como erva daninha:
nasce sozinha,
em qualquer lugar,
sem precisa cuidar.

A minha poesia
é como o mato:
às vezes alto,
às vezes rasteiro.

A minha poesia,
de janeiro a janeiro
está aí, de treta...
Sempre se apresentando.
Mesmo não estando
perfeita.

A.J. Cardiais
29.05.2011
Poeta

Poemas :  Perdida...
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Vôo pelo teu espaço,

perco-me nos teus passos

e não me acho, não escapo

da solidão...

Deste encalço!

Ainda tenho um coração...

Sem teus carinhos,

me desfaço

em centelhas sem luz, pedaços,

pontinhos na tua estrada...

E onde estás?

Por que não me inclui?

Por que nada se conclui?

Morro, lentamente, neste mar,

na tua dimensão,

afogada em interrogações,

corro perdida,

estico meus braços,

querendo te alcançar

mas não me vês,

caio no precipício,

em queda livre na tua canção...

E me deixas assim...

Onde está tua compaixão?

Onde te encontro?

Em que lua,

que mundo,

em qual ilusão?

Corre na minha direção,

me alcança, não me deixa aqui...

sozinha, caída, esquecida...

Te espero, sonhando, deitada

nas folhas caídas

da tua estação.



Poeta