Sonetos :  Emoção e razão
É um viver sem emoção,
subestimar o coração...
Quem ama sofre ou chora,
sem saber qual a razão.

No coração,
está a fonte da emoção.
E se essa fonte seca,
tudo leva à breca...

Tudo leva à escuridão.
Você pode até ver uma luz...
Deve ser a luz da razão.

Mas esta luz é desprovida
de toda e qualquer emoção.
E a emoção, é a razão da vida.

A.J. Cardiais
04.12.2010
Poeta

Poemas :  Fontes de inspiração
Só faço um poema
para o dia que nasce,
quando, em sua face,
vem trazendo o tema.

Só faço poemas
para alguma canção,
se o meu coração,
misturar os fonemas.

Porém, faço poemas
quando estou indignado...
Aproveito-me desse lado,
para soltar os problemas.

Também faço poemas,
quando estou amando...
Aí, fico viajando
por outros sistemas.

A.J. Cardiais
08/11/2012
Poeta

Sonetos :  Nascente de amor
Nascente de amor
Não esperava tanto amor...
Não esperava. Agora
em mim há uma nascente,
que não para de jorrar.

E quando tento barrar,
causa enchente,
transborda...
Então começo a chorar...

Você, com seu amor,
fez renascer minha fonte,
meu minadouro.

E quem só via água
quando chovia,
agora banha-se de alegria.

A.J. Cardiais
07.10.2005
imagem: google
Poema do livro Poeminhas Açucarados
Poeta

Poemas :  Dar vazão para o amor
Dar vazão para o amor
Não posso falar de amor,
se o amor
que para mim chegou,
doeu e acabou...

Nascente de fonte rasa
vaza
no fundo do mundo.

Cresce no centro da terra
e o meu amor
encerra.
Dar vazão ao ódio, não...

Deixarei crescer amor
pela tangente.
Semearei sementes
nas mentes,
varrendo do centro,
o ódio da gente.

Vetar o ódio
e abrir porteiras
para o amor.
Dar vazão a vida inteira...
A vida inteira, amor.

A.J. Cardiais
02.05.1982
imagem: google
Poeta

Poemas :  fonte dos amores


Fui á fonte dos amores

Na aldeia de S. Luis

Um jardim de belas flores

Mas nem uma delas me quis.



Diz o povo lá da terra

Com orgulho no saber

O amor desce da serra

Para na fonte se beber.



Eu bebi água da fonte

A tradição assim me pede

Veio uma flor lá do monte

Ainda fiquei com mais sede.



Vem passando outra donzela

E, educado me levanto

Mas aos lindos olhos dela

Não chegou o meu encanto.



Entre as damas desta gente

Não há flores abandonadas

Há histórias de antigamente

Nesta fonte bem guardadas.



Um pouco triste eu fiquei

Mas daqui não levo mágoa

Meu coração eu enganei

Quando da fonte bebi água.



Por amor já ninguém morre

E quem espera sempre alcança

A água da fonte ainda corre

Quem beber não perde a esperança.



O_tavico
Poeta