Poemas :  O PINGO DA CHUVA
O PINGO DA CHUVA

É UM PINGO DE CHUVA
CAINDO NA PLANTA.

É UM CANTO TRINADO,
É O SABIÁ NA FOLHAGEM.

É UM RIO QUE PASSA,
ETERNAMENTE ALI ESTANDO.

É A ÁGUA MILAGREIRA
MATANDO A NOSSA SEDE.

É A SEDE DE ESPERANÇA,
QUE NUNCA SE CANSA.

É O CANSAÇO DA TARDE
ESPERANDO A BONANÇA.

É A MADRUGADA CHEGANDO
TRAZENDO NOVO ENCANTO.

É A MESA NOVAMENTE POSTA
PARA IRMOS PARA O CAMPO.

É O CAMPO ESPERANDO
A CHEGADA DA PRIMAVERA.

É A SEMENTE GERMINANDO
CRIANDO UM NOVO ALENTO.

É A BUSCA DA PAZ
ACELERANDO O NOSSO AVANÇO.

‘A felicidade provém do íntimo, daquilo que o Ser humano sente dentro de si mesmo’ Roselis Von Sass - www.graal.org.br
Poeta

Poemas :  A VIDA DE HOJE EM DIA
A VIDA DE HOJE EM DIA!

No início normalmente sempre tão confusa
Tantas dúvidas e questionamentos a mil
Inseguranças aos poucos vão se impondo.
Oscilações surgindo na mente e no coração.

Com o tempo começamos a ser mais blindados e reservados
Deixamos de fazer até colocações... escondendo sentimentos...
Começa-se a armazenar, a acumular, enchendo nosso baú.
No tempo ‘mocosamos tralhas’ que nem lembramos mais.

Tantos segredos têm que só nós sabemos.
Como vamos aprendendo a nos policiar!
Muitos vão se policiando, policiando, policiando,
Que chega uma hora nem mais se conhecem

E ai vem a volta para tentar novamente se encontrar.
Desembaraçar o novelo formado pelos inúmeros erros,
Pelas escolhas erradas, pelos sentimentos equivocados.
E aí tudo vai sendo atropelado no transcorrer do ser...

Tantos questionamentos vão surgindo nos íntimos...
Mesmo em alguns poucos anos, que seja aos quinze,
Tão confusos e perdidos muitos jovens se encontram
Como uma boa parte de nós também não ficamos atrás.

Como orientar então os jovens se os pais quarentões
Muitas vezes se encontram mais perdidos que os filhos.
Como pode se mostrar o caminho e ensinar alguém,
Quando se está confuso, desnorteado e perdido também?

‘A felicidade provém do íntimo, daquilo que o Ser humano sente dentro de si mesmo’
Roselis Von Sass - escritora brasileira
Poeta

Poemas :  TEMPOS DE PERDIÇÃO
TEMPOS DE PERDIÇÃO
 
EM DIAS INGLÓRIOS E SOMBRIOS
VAI A HUMANIDADE POR UM FIO
EXULTADA DE TANTO PRESSENTIR
TER TANTOS MALES SEM UM FIM
 
EM DIAS SEM NEHUMA GLÓRIA
PREGA-SE NOS TEMPLOS E RUAS
UMA MENSAGEM SEM VERDADE
UM AMOR QUE NÃO AQUECE
 
EM BELAS TAÇAS DE PRATA
BEBE-SE UM VINHO TURVO
PAGO PELOS INCAUTOS
COM MEDO DA PERDIÇÃO
 
EM OUTROS SALÕES TÃO DOURADOS
CANTA-SE O MANTRA DOS PERDIDOS
DOS TOLOS QUE FORAM DESVIADOS
E QUE NA LUZ NÃO SERÃO MAIS VISTOS

"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo” Roselis von Sass – www.graal.org.br
Poeta

Crónicas :  HOMENAGEM AO MEU VELHO'
HOMENAGEM AO MEU VELHO'

O meu velho foi homem que nasceu no mato, mas perto de rio e do mar, e jovem saiu para o mundo. Ele que era da roça foi para mar adentro, até chegar em navio da marinha mercante, mas não quis ser mestre de navio, pois não gostava de mandar.

O meu velho foi um homem da água, mas que nunca aprendeu a nadar e nem nos viu crescer.

Lá pelos idos dos anos sessenta ele era um visitante itinerante em nossa casa, que a gente criança via de meses em meses, e olhe lá.

Quem era aquele senhor, que vinha de tão longe e que eu olhava como um ser distante?

Quem era aquele que vinha muito pouco, mas que nunca deixou de vir, mesmo que fosse uma vez no ano?

Não importava as distâncias, nem em que porto estava, nunca nos deixou faltar nada. Ele vinha nestes tempos em tempos, e não era possível, para mim que era muito acabrunhado, saber como me comunicar.

Ele não sabia puxar conversa em casa, talvez, por também se sentir um estranho naquele ninho, sem saber nada o que dizer. Talvez nós até o assustássemos, aqueles cinco estranhos a lhe olhar.

É, ele era homem do mar, e não sabia como com nós, em terra, se comunicar. Até que, apesar de tímido, comecei a tentar uma aproximação, já como adolescente. Quando dava, e se o navio estivesse por perto, eu dava uma cantada para ir lá passar o domingo, a comida era muito boa. Aquilo me encantava.

Aquele cheiro de aventura que só navio dá.

Aquelas escadas balançando, deixando a terra segura lá embaixo. Subia meio que segurando naquelas cordas inseguras. Mas mesmo assim, era difícil do velho se aproximar, não sabíamos muito o que conversar, dois tímidos.

Mas eu ficava maravilhado com aqueles corredores estreitos, aquelas escotilhas, aquelas cordas com diâmetros enormes, que eu nunca tinha visto, e principalmente aquela cozinha, sempre com o cozinheiro festeiro, pois em cozinha nunca pode faltar alegria. Aqueles refeitórios com tanta fartura, a casa de máquinas...

Aqueles homens diferentes, uns de pouco falar, outros de falar muito, cada um com o seu sotaque. Eram representantes de todo o povo brasileiro, cada um com as suas vivências, acostumados às solidões, longe dos lares, em tempos que a melhor comunicação ainda eram as cartas. Só lembranças familiares, enquanto viviam o seu presente, como se eles fossem, e na realidade eram, na convivência, mais próximos entre eles que os próprios familiares.

Até que aquele homem do mar se aposentou, e desceu daquela escada para nunca mais voltar às galés. E aí o bicho pegou. Como conviver numa família, vinte e quatro horas por dia, e que ele mal conhecia? Aquele velho passou uma boa barra. E nós com aquele estranho que não era de falar muito e que se sentia, acho, como um estranho no ninho.

Ficar na rua XV, conversando com aposentados, e outros velhos desocupados, não se tornou a sua praia e ficar em casa se metendo nos assuntos domésticos não se mostrou muito produtivo.

Foi para a rua procurar ocupação; o velho era boa praça; só não se acertava bem em casa. Foi fazendo amizades, ele se tornava bem-vindo, uma personalidade bem preenchida de tantas vivências e cativava, passando muita simpatia, mas nós em casa ficávamos sempre assustados e ele também.

Mas o meu velho foi crescendo na sua nova vida em terra e não podia é ficar parado. Foi de mansinho abrindo suas trilhas, assim como tinha aberto no mar.

Dentro da casa, invisivelmente houve uma divisão, a parte onde ficava o velho isolado, e o resto da turma com a D. Lela, que não via com bons olhos, aquele homem direto dentro da sua casa, embora nesta altura ele ficasse lá no fundo.

Mas eu queria conhecer aquele velho, abrir algum caminho. Ia lá, meio assustado, a D. Lela, não apreciava muitos estes contatos, que poderiam tirar a sua primazia.

E o velho que foi homem do mar, dentro de casa, se sentia um peixe fora d’água e continuava difícil de se chegar, estava acuado.

Eu nunca pedi dinheiro para o velho, mesmo quando não tinha nenhum. Sempre soube me virar, mas não sabia que caminho tomar na vida. Empregar-me não queria mais, não tinha tido boas vivências com patrões e nem com horários.

Até um dia que aquele senhor me deu uma dica, e que eu poderia ter algum resultado. Disse que me emprestaria um dinheiro para ir lá para o Rio Grande do Sul, na cidade de Caxias, vender uma mercadoria, que por lá iria faltar, e que só ele e mais dois tinham conhecimento disso, e na volta eu lhe devolveria o capital.

Deu-me pouco dinheiro, para não me deixar folgar e ter que sair na rua vendendo a mercadoria.

E eu chegando lá, apesar de muito intimidado, acabei tendo ‘ajudas’ e me dando bem e gostei do negociar. Já aí, em Porto Alegre, comprei mais da mercadoria e fui para o interior e depois pelo Brasil inteiro. Perdi a vergonha de pôr a cara para bater no meio do mundo.

E aquele velho, que era do mar, e se deu muito bem também em Terra, tempos depois me falou, que não aguentava mais me ver trocando a noite pelo dia, sem uma ocupação definida.

E aquele velho, que eu nem bem conhecia, dizendo poucas palavras, me encaminhou para a vida, como num toque de bastão mágico, e eu passei a ser próximo dele e a admirar muito aquele velho, que era um lobo do mar e que estava agora em terra.

Foi um dos maiores homens e um dos maiores negociantes que eu conheci, pois se deu muito bem também em terra, e o que mais eu admirei. Nunca conheci ninguém com aquela bagagem e aquela maneirisse que ele tinha e olha que eu conhecia a rua.

A facilidade de abrir as portas, sempre com aquele sorriso de quem sabe porque está rindo, era uma coisa admirável.

Aquele velho se tornou o meu melhor amigo e ai quando ele morreu, ai já em outra cidade, com outra família, naquela perto do rio onde ele tinha nascido, aos oitenta e sete anos, eu não fui ao seu enterro, pois não aguentaria ver gente falsa e que o maltratou, chorando perto do seu caixão.

Fui andar no quintal e curtir o sentimento que estava sentindo e mandar pensamentos para o velho que com certeza estaria me esperando, mas ai a minha esposa, para a minha surpresa, se chegou e disse que tinha avisado para ele não nos esperar, mas que desejávamos uma boa viagem para ele.

Alguns dias depois fiquei muito contente, e sorri dentro de mim, quando uma irmã minha falou:

'Que nunca imaginaria ver tanta gente no enterro do nosso velho e que um nosso primo, o que tinha me avisado da morte dele, muito rico, e muito chegado do velho, já tinha providenciado  tudo de primeira na parte material possível, para a ida do nosso velho quando ela lá chegou'.

Mas para mim, que o conheci tanto, mesmo só quando já era adulto, não foi nenhuma novidade todo aquele carinho pelo meu velho.

Aquele meu velho que era muito boa praça, mas nunca tinha aprendido a nadar,  nem  conviver em família,  e se sentia um peixe fora d’agua dentro do nosso lar.

‘Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o Ser humano sente dentro de si mesmo’ Roselis V Sass (graal.org.br)
Poeta

Poemas :  PENSAMENTOS E SENTIMENTOS QUE NOS CURAM OU NOS DES
PENSAMENTOS E SENTIMENTOS QUE NOS CURAM OU NOS DESTROEM

Estamos num mundo uno, tanto o material, este que nós vemos e sentimos, e o fino, de onde vem as impressões, emoções, sensações, como as de perigo, as de simpatia, de repulsa, os desejos escondidos, os medos, as alegrias sem motivo aparente, entre outros, que vivem surgindo no nosso íntimo e que não podemos negar, embora ninguém à nossa volta tenha ideia da revolução que está acontecendo ali, nos trazendo muitas vezes inquietação e ansiedade.

Falo isto, tentando trazer à razão, que o mundo é uno, tanto este que vemos com o que não vemos, e que este que não vemos é o que determina a nossa qualidade de vida. 

É ele, que, com os nossos pensamentos e sentimentos, forma o nosso modo de ver e sentir as coisas, e a felicidade está no que sentimos e não no que os outros sentem por nós, isto é o que devemos aprender no início de tudo.

Agindo assim não poderemos mudar o mundo, mas estaremos mudando o nosso mundo e consequentemente a forma de ver o todo exterior, e este todo ao nosso redor será influenciado diretamente com isso também, pois transmitiremos paz e harmonia, ou alimentaremos a discórdia e a indiferença. 

Aqueles sentimentos que parecem que não conseguimos mudar e que já acordamos sentindo eles, como os de desânimo por mais um dia entediado, e que passará se arrastando, ou a sensação de mais um belo dia, onde vibraremos com alegria, ou tantos outros negativos ou positivos, determinam o nosso presente e o nosso futuro.

Estes sentimentos íntimos, são tão importantes para a nossa vida, que todos deveriam lutar com todas as forças para superar aqueles que são negativos e que nos tornam escravos deles, como a sensação de solidão ou de tristeza, a raiva, ou os não perdões que não damos, ou os que não nos damos, pois não existe outro caminho para sermos felizes se não o de transformarmos o que sentimos dentro de nós em primeiro lugar.

Muitas vezes não somos solitários porque os outros não se aproximam de nós, mas sim pelo motivo de que nós não estamos sabendo fazer a ponte para que haja a aproximação natural.

O que precisamos resolver não depende de ninguém a não ser de nós mesmos. Se mudarmos o nosso modo de sentir estaremos mudando o mundo à nossa volta, pois o mundo é espelho do que sentimos. 

Então, racionalizando, como podemos esperar que, ao perdemos o corpo físico, os sentimentos da alma, desta constituição fina, que é o nosso eu propriamente, e que continuará tendo plena consciência do lado de lá, vai mudar e nos tornaremos melhores e felizes a partir daí? 

Vai se findar esta vida aqui uma hora ou outra, mas o resto, a nossa essência interior, que vivifica tudo, a nossa chamada alma, com a nossa plena autoconsciência, se manterá viva com tudo aquilo que já sentíamos aqui, o nosso eu consciente que continua a viver num mundo onde prevalecerá só o que sentíamos e não o que éramos aqui.

De uma forma geral todas as religiões pregam que o mundo do lado de lá será uma maravilha, cheio de alegrias, 'descansos' e encantamento. Que tudo que fizemos aqui, ou pensamos e sentimos, perderá o seu tempo de validade e será zerado, como se o nosso íntimo, só porque perdeu o casulo físico que aqui o segurava, vai se tornar melhor e luminoso, num toque de mágica, e vai se misturar com todo mundo lá de volta.

Este é o grande mal que as religiões criaram ao longo de milênios por desconhecimento ou escusos interesses. Criaram a ideia que, não importa as mesquinharias, os egoísmos, os vícios, ou os sofrimentos que as pessoas tenham ou causem, tanto materialmente como animicamente aqui, que chegando lá, neste outro lado, que está já logo aqui, ela terá uma vida melhor, sem influência do que sentiam aqui.

Com a morte alguns pensam que a existência se findou definitivamente, mas o nosso espirito é imortal e é nele que está o tudo o que sentimos e desejamos, então teremos felicidade eterna ou suplícios eternos, tanto quando estamos aqui, tanto quanto estamos lá nesta vida pós corpo terrento.

O tempo, neste modo de raciocínio, que com a morte tudo se acaba, seria muito curto para aproveitar-se todos os "prazeres" desta vida material, pois neste caso só isso valeria no fundo, e a ética e a moral não precisariam serem considerados.

Mas tem um 'voizinha' lá dentro de nós, dizendo que não é bem assim, pelo menos para os não psicopatas que fazem o mal sem sentirem nenhum arrependimento.

Outros acham que com esta passagem já vão conseguir tudo aquilo que nesta vida não conseguiram ou, pelo menos o descanso dos seus sofrimentos.

O que é determinante lá é aquilo que já é determinante aqui na nossa vida terrena: Os nossos sentimentos e pensamentos, independentemente da condição social. Nisto todos somos iguais, pois, se não, só os ricos seriam felizes, e sabemos muito bem que não é assim.

Iremos para junto dos que tem igual espécie de sentimentos ou de igual índole como a nossa. Os que só vivem reclamando, os que vibram sempre em revoltas, os que sempre se sentem solitários e injustiçados, ou os que onde a raiva predomina, ou os eternamente preguiçosos, os viciados em alguma substância ou hábito, os desonestos, os avarentos, os invejosos, os egoístas, enfim todos que possuem igual espécie, vão conviver naturalmente juntos, como efeito das leis da igual espécie que se atraem, e da lei da gravidade espiritual que nos eleva ou derruba para este nível.

E daí o termo repetido milenarmente de procurarmos a "elevação" espiritual, pois só assim sairemos destes baixios onde imperam só sentimentos lúgubres e nefastos que nos afligem a vida.

Por outro lado aqueles que sempre ansiaram ou que vibram ou nutrem sentimentos e pensamentos íntimos leves e nobres vão conviver naturalmente bem, mesmo em meio ao caos aqui na Terra e, também, com os seus iguais na vida posterior, mas nem mais nem menos um milímetro do que determina a lei da gravidade espiritual e consequentemente a de seres humanos de igual espécie de sentimentos e leveza conviverão lá.

"Nenhuma proteção, nenhuma interferência pode ajudar, porque tendes a autodeterminação. O primeiro passo para tudo tem de partir de vós, portanto. E ele não é difícil, reside apenas no querer que se manifesta pelos pensamentos. Desta forma trazeis em vós tanto o céu como o inferno." Abdruschin em sua Mensagem do Graal "Na Luz da Verdade", dissertação "Despertais, acessível em  www.graal.org.br

Se fosse diferente, ou seja, que tudo fosse misturado também do lado de lá, em um "céu onde tudo comporta, ou uma vida tormentosa feito um balaio de gato, também sem nível de diferenciação, não haveria justiça, e não ocorreria o "Semeia e colherás" que Jesus cansativamente exortava, mas que ninguém até hoje entendeu bem como funciona, já que aqui na Terra nem sempre dá tempo de haver alguma colheita.

Mas não, a vida é para eterno aprendizado, e o segredo é ir galgando estes níveis de consciência, quer partam inicialmente de tormentosos sofrimentos anímicos ou de alegrias, já a partir daqui, desta vida terrena, onde o mal e o bem se misturam, e os sofrimentos anímicos só persistem pela nossa constante auto alimentação, e por isso a necessidade de conhecermos as leis espirituais, explicadas muito bem por Abdruschin, para galgarmos estes degraus dentro de nós que nos levem para longe dos sofrimentos.

O inferno não são os outros, ele está junto com o céu dentro de nós, em estado indiferente, nós é que manobramos o leme para sair ou para entrar em um deles. 

 "Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo” Roselis von Sass
Poeta

Crónicas :  A VIDA NADA FÁCIL DE ALGUNS JOVENS E OUTROS TANTOS
A VIDA NADA FÁCIL DE ALGUNS JOVENS E OUTROS TANTOS

Como muitas vezes a vida é aos vinte é tão difícil e incrível como tinha sido tão boa aos quinze. Como o tempo não passa quando estamos no turbilhão da adolescência que nos assalta, quer estejamos acordados ou não querendo acordar.

E como pode ser desumana a vida já aos quinze. Parece que os mais espertos, os com menos caráter e emoção, é que se dão bem. E como muitos, parecendo uns alienígenas, se sentem tão estranhos em qualquer ninho e estes são mais suscetíveis a sofrerem bullyng e ai se fecham mais ainda.
Mas quem sofre neste mundo por desambientação pode ser por se chocar com a baixa média ética e moral existente nestes dias modernos, então, ainda que sofra, tem alguma chance boa de encontrar os esclarecimento na sua procura por soluções que o levarão a uma visão melhor e encontrarem a verdade na vida e com o tempo uma afetividade assertiva e natural, se não se perder no caminho.

Sofre-se por erros ou enganos de outras eras, bem antes da vida intrauterina que é só a entrada para esta nova vida, e que agora se chocam com a realidade do meio, não adianta se enganar, pois aqui o “Semeias e colherás, tão batido por Jesus e um dos seus principais ensinamentos, demos motivo em algum dia e é nas futuras vidas que elas acontecerão, pois se não o mundo seria muito injusto.

E esta vida parece tão curta quando temos mais que sessenta e, com menos de vinte não é fácil acreditar que esta passagem seja vista tão rápida posteriormente, pois na juventude ainda temos a sensação de eternidade e isto faz parecer que a vida se arrasta, feito bicho preguiça, não avança como gostaríamos para longe das nossas dificuldades.

Só que até aprender-se a interpretar este mundo, não dá tempo para parar. E ainda bem que nesta idade, o tempo parece não avançar, mais tarde daremos valor a isso, pois veremos que muito do que aconteceu nesta faze da vida nos acompanhará para toda ela.

Mas de onde vem este desacerto de tantos? Tudo em volta parece complicado e o convívio social mete medo para muitos, e para outros tudo parece ser tão fácil.

Quantas correntezas contrárias para atravessar e ainda não sabendo nadar. Quantas escolhas no escuro por não saber o melhor caminho. Quantos maus hábitos adquiridos para se manter no meio e garantir a vaga. Quantas vezes não fomos contra a nossa intuição, a voz da nossa consciência por causa desse meio, ou para se adequar com o mundo estranho que acontece a nossa volta e pode acontecer que em momento até que você nem sabe mais o que é o certo e o que é o errado neste mundo estrambelhado.
Nunca a terapia freudiana vai explicar pois ela vai até a vida intrauterina, mas isto é muito limitado, pois a origem dos tormentos ou das alegrias que regem a vida de todos vem bem antes deste período, está no que hoje não temos mais conhecimento, pois existe vida e muita vida, antes deste período intrauterino, mas para isso temos que acreditar em vidas que se seguem de tempos em tempos e em intervalos de dezenas de anos, embora sempre sejamos os mesmos só que com as colheitas e influências das opções erradas ou corretas da vida anterior e que ficam gravadas na nossa alma que é, esta sim, sempre a mesma e o "eu nosso verdadeiro" vai influenciar no meio em que viveremos na próxima, pois o cérebro com a sua consciência fica aqui, se apaga junto do corpo, que é só algo provisório.
As marcas indeléveis que trazemos se revelam nos pendores, vícios, ou sofrimentos anímicos ou matérias na atual vida, mas que nos influenciam e dão pistas de onde erramos na anterior, é só analisar aquilo que mais nos aflige nesta, pois pelos frutos podemos ter uma ideia da sementeira.

Aqui citamos o exemplo nos dado por Abdruschin em sua Mensagem do Graal "Na Luz da Verdade"* dissertação "A força sexual em sua significação para a ascensão espiritual:

"Se tiver, por exemplo, o desejo de dominar, não nascerá acaso num ambiente onde ele próprio então possa viver na realização de seu desejo; ao contrário, será atraído por uma pessoa com acentuada tendência para dominar, que, portanto, intui como ele,e assim por diante. Expia dessa forma o errado, em parte, ou acha a felicidade no certo. Pelo menos tem a possibilidade."

Outro exemplo vivenciado: Uma pessoa que reprimiu o seu desejo sexual, de forma antinatural e por motivo religioso ou não, por exemplo, e oprimiu outros com está doutrina falsa numa vida passada, hoje tem dificuldade na área porque aquela sensação de proibição, de estar fazendo algo errado, ainda está incutido na alma, e ele vai ter vergonha até de andar de mãos dadas durante o dia, pois parecerá que agora todos a estão olhando de forma incomoda, pois quem oprimiu agora se sentirá oprimido, embora seja só uma sensação íntima e por outro lado, pode levá-la também ao sexo doentio como um dique que estoura, e que vira um vício como tantos outros e que vai dificultar muito a sua vida afetiva e lhe causar mais vergonha também, um círculo vicioso que ele tem que superar, sem fazer mais mal a outras pessoas para não gerar outros fios.

Busquemos então a solução, pois só nós podemos dar início a ela não adianta nos mantermos em enganos e pôr a culpa nos outros, eles só foram um meio para a nossa colheita, e entender porque a vida é assim tão dificultosa para uns e para outros não, porque uns povos vivem em guerras e outras não, porque uns são ricos e outros pobres, uns são bonitos e outros não, uns tem a vida facilitada e outros não, pois tudo são oportunidades para termos as vivências que precisamos, e os ricos de hoje poderão ser os pobres de amanhã, assim como já fomos tanto uns e como outros desses em algum tempo na nossa história que foi formada por muitas vidas.


*Mensagem do Graal - Na Luz da Verdade - de Abdruschin - www.graal.org.br
Poeta

Crónicas :  COMO SERIA A VIDA E A DIVULGAÇÃO DE JESUS HOJE
Está escrito que quem viria, na época atual, seria IMANUEL - O FILHO DO HOMEM

Então escrevo fazendo um paralelo na vida terrena de Jesus, nas coisas corriqueiras do dia a dia, e na sua missão, e como seria a vida de Imanuel - O Filho do Homem, dentro da burocracia atual, e a forma como ele transmitiria a sua Palavra e realizaria a sua missão.

JESUS – O FILHO DE DEUS - O AMOR

IMANUEL – O FILHO DO HOMEM - A JUSTIÇA


NASCIMENTO DE JESUS – O FILHO DE DEUS:
Uma geração em um espirito especialmente preparado e agraciado para esta missão. Uma gravidez normal, parto normal.

NASCIMENTO DE IMANUEL – O FILHO DO HOMEM: Através de uma geração em uma alma feminina especialmente preparada e agraciada para esta missão, que teria uma
geração, uma gravidez normal e nasceria, logicamente, também através de um parto normal


FORMAÇÃO TERRENA DE JESUS – O FILHO DE DEUS:


Teve uma infância e adolescência, como qualquer jovem de sua idade, sem ter ciência da sua origem divina, por isto não se saber nada deste período e, como se sabe, a venda lhe caiu, só quando foi batizado por João, o Batista.


FORMAÇÃO DE IMANUEL – O FILHO DO HOMEM: Teria também uma formação normal, como qualquer jovem, cursaria os cursos que um jovem atual costuma ter até chegar o momento do desvendamento, como ocorreu com Jesus no batismo com João Batista, e a partir daí, tendo ciência de quem é, e porque veio, iniciar a sua missão.

VESTIMENTAS E HÁBITOS PESSOAIS DE JESUS O FILHO DE DEUS:

Eram as roupas usadas na época, roupas de um lugar quente, vestidas pela maioria das pessoas. Tinha barba e cabelo comprido, como a maior parte dos homens daquela época.

VESTIMENTAS ATUAIS DE IMANUEL - O FILHO DO HOMEM:

Roupas sociais e casuais, ou ternos, roupas do dia dia como nós, de acordo com os hábitos da região e do país em que ele nascesse. Cabelos curtos, como usamos atualmente e provavelmente sem barba, devido às facilidades de estas serem feitas hoje em dia.

LOCOMOÇÃO FÍSICA DE JESUS – O FILHO DE DEUS:

Através de caminhadas a pé, ou utilizando algum animal, usual na época e naquela região, como mulas ou jegues.

LOCOMOÇÃO DE IMANUEL – O FILHO DO HOMEM:

Através de automóveis e conforme as distâncias, aviões, trens ou ônibus.

DOCUMENTOS DA ÉPOCA DE JESUS – O FILHO DE DEUS:

Filho de quem era e da região da qual era procedente: Jesus de Nazaré ou Jesus, filho de José o carpinteiro.

DOCUMENTOS DE IMANUEL - O FILHO DO HOMEM:

Documentos de identidade, carteira de motorista e passaporte.
Teria um nome e sobrenome de acordo com a sua paternidade e família terrena, como qualquer pessoa. Seria identificado, como Imanuel - O filho do Homem, somente por aqueles que reconhecessem a sua Palavra, assim como também Jesus só foi identificado como filho de Deus pela sua palavra.

HOSPEDAGENS DE JESUS – O FILHO DE DEUS:
Como era natural na época, em casa de conhecidos ou de seus próximos e seguidores.

HOSPEDAGENS DE IMANUEL - O FILHO DO HOMEM:
Hotéis, quando em viagem, ou eventualmente em casa de alguém próximo e, com certeza, teria sua própria residência, no país de sua nacionalidade.

ALIMENTAÇÃO E DESPESAS PESSOAIS DE JESUS O FILHO DE DEUS: Eram providenciados por seus discípulos e seguidores mais próximos, pois sempre andavam juntos, e pelo hábito na época, de se alimentar na casa de alguém, mesmo quando fosse desconhecido, quando em viagem.

ALIMENTAÇÃO E DESPESAS PESSOAIS DE IMANUEL - O FILHO DO HOMEM:
Teria alguma fonte de renda para que isto não fosse impedimento para a sua missão e nem depender de ninguém.

CUMPRIMENTO DA MISSÃO DE JESUS – O FILHO DE DEUS:

Através das pregações e preleções que iam sendo feitas durante as suas jornadas e caminhadas, limitadas, devido aos meios de locomoção, àquela região geográfica, como já era feito pelos profetas anunciadores da sua vinda.

CUMPRIMENTO DA MISSÃO DE IMANUEL - O FILHO DO HOMEM:

Logicamente não se vincularia a nenhuma seita ou religião, assim como Jesus também não o fez, pois a Mensagem que ele traz é dirigida a cada Ser humano, portanto a toda a humanidade, independente de nacionalidades ou credos, que hoje são milhares pelo mundo.

E para isso editaria livros, onde ele traria a Palavra de seu glorioso Pai pela última vez, e como última ajuda para a humanidade, antes do julgamento último de cada um, conforme prometido por Jesus.

Seus seguidores procurariam divulgar sua Palavra, através da Internet, bibliotecas, livrarias, e outros meios auxiliares possíveis

Ele não iria atrás de ninguém para que aceitassem a sua Palavra, assim como Jesus também não o fez, apenas as editaria e os seus seguidores as disponibilizariam em diversas línguas, como os discípulos de Jesus continuaram na divulgação de boca a boca, único meio na época.

Ele não poderia ir de país em país, como alguns pensam, pois este tipo de divulgação seria impossível nos dias atuais, devido às leis de cada país, e principalmente ao fato de que a sua Palavra deve chegar ao alcance de todos que a estiverem ansiando e entre todos os povos da Terra, como está prometido, para que se julguem, e isto seria impossível, senão através de livros ou internet.

E está escrito na Bíblia: "O que hoje é ensinado dentro das casas no futuro virá por cima das casas"

E quem a almeja deve ir procurá-la e não ficar esperando que ela lhes seja trazida em mãos. Poderão perder o bonde se ficarem esperando dentro dos seus templos, sem olhar no novo ao redor.

Imanuel não chegaria vindo dos Céus rodeado de anjos no plano material visível, como muitos também esperam, pois isto é impossível pelas leis da natureza, que são as leis perfeitas instituídas pelo Seu Pai, e que o Ser humano não conhece mais.


E se isto fosse possível Jesus também teria vindo desta forma, mas não é, como comprovam as Leis da física, que são as leis da natureza, as leis de Deus, portanto ninguém nasce pronto na matéria, tem que passar pela geração, encarnação e nascimento e depois o desenvolvimento natural até chegar a época da missão, quando lhe é tirado a venda dos olhos e ele toma ciência de quem é porque veio, como o ocorrido com Jesus


Isto não é uma opção, é uma consequência das leis perfeitas de Deus e o que é perfeito não se muda, e se ele viesse só com o seu corpo espiritual nós não o poderíamos ver com os nossos olhos corpóreos, e ele não teria como realizar a sua missão.


O que dá vida são as essências encarnadas nos corpos, ou uma alma animal, ou um espírito humano, ou um núcleo de origem divina, como ocorreu especialmente nestes casos. O corpo só dá a guarida e a viabilização, conforme as leis.


"Quem não se esforça para compreender direito a palavra do Senhor, torna-se culpado" Abdruschin em sua Mensagem do Graal "Na Luz da Verdade"
disponível em www. graal.org.br
Poeta

Poemas :  ONDE ESTÁ A FELICIDADE?
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No carnê da prestação
Na casinha já quitada
Na divida que oprime
No carro que só passa?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na resposta não dada
Na resposta não tida
Na esquina dos malquistos
Na medalha dos benditos?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Está no que se paga
Está na pena máxima
Esta na pena branda
Não está só no perdão?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Está na pobreza da riqueza
Na estranheza da pergunta
No insólito das respostas
Na falta igual de clareza?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Esta na cria mal criada
Está  no filho mal formado
Está na filha endeusada
No amor que mal me quer?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Nos malgrados da paixão
Nos eternos em aflição
Nos mortais em desunião
Nas querelas sem perdão?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No QI alto das ilusões
Nos aís de prostração
Nos viés da introspecção
Nos altos QI sem criação?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na mão que se fecha
Na boca que diz não
No dedo que aponta
No braço que se cruza?
  
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na carta que não veio
Na carta que não chegou
Na carta não mandada
Na carta que se perdeu?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No maldisse da questão
Na questão sem solução
Na solução mal resolvida
Na solução já malograda?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No olhar de um ladrão
No coração de um aflito
Na aflição dos benquistos
Nos maus sem coração?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No cheque não assinado
Na promissória esquecida
Na palavra dos falsários
Nos pagamentos indevidos?
 
 ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na igreja sem perdão
Na mensagem que diz não
No templo que desuni
Na natureza que só une?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na graça de um peralta
Na tristeza de um palhaço
No orgulho da maestrina
No fracasso de um sucesso?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na mesmice da novela
Na repetição de um cult
Na reprise de um drama
No deslize de uma trama?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No papo mal traçado
Na conversa do letrado
Na letra do inusitado
No inusitado da conversa?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No dilúvio que arrasa
Na chuva que encharca
Na água que atormenta
Na seca que nos mata?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No dedilhar de um violão
No cantar de uma canção
No repetir do concertado
No chorar descontrolado?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No nascer de uma nação
Na história mal urdida
No herói que vem ao acaso
No covarde que é da hora?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na quimera dos anciões
Na espera dos anfitriões
No estudar de um embrião
No mentir em um acórdão?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No outono dos meus anos
Na contagem que nada falta
Na sabedoria que esqueci
No lembrar do que aprendi?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Nas perguntas já não feitas
Nas respostas não pedidas
Nos dizeres que nada dizem
Nas palavras que mal se diz?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na cadeia dos enredos
Nos ditos  repetidos
Na verdade inacreditável
Na mentira melhor aceita?
 
ONDE ESTÁ A SABEDORIA?

No jardim em floração
Na roseira que morreu
No jasmim replantado
Na macieira em botão?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na verdade da mentira
Na mentira só lembrada
No verniz da inverdade
Na frieza do que é vil?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na impressão da emoção
No quilate da esmeralda
No quesito da esperança
No descrédito da punição?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No brilho opaco da luz a gás
No brilho eterno da sensatez
Na sombra escura da maldade
Na verdade límpida de Jesus?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No descrédito dos mais velhos
Na insensatez do mal querer
Na esperança dos mais jovens
Na realização do bem me quer?
  
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No som vívido da mata
No tom seco que mata
Na palavra que sufoca
No silêncio que alivia?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Nas ilusões de um bordel
Na sala de estar de um lar
Na esposa bela mas traiçoeira
Na mulher leal e verdadeira?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No caminho que é sem fim
Na estrada sempre lerda
No beiral de uma janela
Na porta sempre aberta?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na poesia de um proscrito
Nas leis de um manuscrito
Na clareza de um iletrado
Na caneta de um vassalo?
 
 ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na cadeira já quebrada
Na mesa sempre posta
Na postura de um venal
Na simplicidade que é leal?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No silêncio não existente
No burburinho da nascente
No plantio de uma semente
Na tagarelice da nossa mente?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na amizade de um cachorro
No cantar de um passarinho
No aconchego de um ninho
No dormitar de um anjinho?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No brincar de um menino
Na alegria de uma menina
Na jovem que não chora
No choro que não sente?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Nos brios de um senil
Na raiva mal contida
Na ira do bem amado
Na luta dos aguerridos?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na comida dos malditos
Nos alimentos bem urdidos
No descanso dos benfazejos
No tormento dos incontidos?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

Na conversa altiva e alvissareira
No bate papo de fim de tarde
Na gritaria dos não educados
Na falsidade dos doutorados?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

No telefone não atendido
Na ligação tão esperada
No trânsito enlouquecido
Na "magrela" que nos leva?
 
ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

'Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de sí mesmo' Roselis von Sass - graal.org.br

 
Poeta

Poemas :  NO SHOPPING
NO SHOPPING

No shopping passeio
Aliviando a mente
Enquanto aguardo
Por um momento
De calma aparente

No hall espero
Vendo tipos passarem
Momentos de encontro
Lívidos seres pensantes
Sem saber direção a tomar

Encontrar um momento
Que ilumine este estar
Que não judie a fronte
E ansiando pela calma
Que demora e não vem

Atento os olhos procuram
Um semblante que conforte
Mas impossível na massa
Qual pasta disforme passa

Nos corredores sem ir
Procura uma âncora
Que não está nos rostos
Sente frio e se encolhe

Na passagem para espera
Pelo novo que estremeça
Esta apática alma ansiosa
Quer do passeio a calma

Na busca do momento
Espera o instante
Que de luz brilhante
Atenda seu intento
E lhe diga calma
A vida esta presente

Oprimido só anseia
Sentado nos bancos
Ó alma se apoquente
E espere o momento
Do alivio desta mente

"A felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de sí mesmo' Roselis von Sass - graal.org.br
Poeta

Poemas :  O SOFRIMENTO ANÍMICO DE MUITOS, PRINCIPALMENTE NO
O SOFRIMENTO ANÍMICO DE MUITOS, PRINCIPALMENTE NO FIM DO ANO

Ele se obrigava a se autoanalisar, pois os conhecimentos naqueles idos anos setenta em psiquiatria eram parcos, e ainda o são a não ser o tratamento cógnito comportamental que parte dos males às soluções, sem ficar no enfadonho e infrutífero (a não ser para os psiquiatras) tentar achar as causas, que muitas vezes estão em outras vidas, então esse era o caminho, embora não passasse pela cabeça dele que fosse algo por ai, o da psiquiatria, o que ele sentia.

A fome de conhecimento que lhe desce esclarecimentos era muito grande, pois a vida logo apresentou as garras e disse para que veio, então ele desde cedo não tinha tempo a perder, nem conseguia mesmo se quisesse.

Era um buscador incansável de respostas para algo que ainda não sabia o que era, mas sabia que era fundamental elucidar. Lia tudo que aparecia e lá naquela sala vazia, do último andar do prédio em que estava, ele ficava olhando o Sol se pôr entre os prédios menores e meditava.

Ainda era bem jovem, estava com dezesseis anos, mas a secretária, uma mulher já casada, começou a lhe dar bola, talvez pelo isolamento dos dois lá naquele prédio, onde a empresa respirava por aparelhos, pois o dono virou senador e nunca aparecia.

Ele ficava lhe falando das impressões e conclusões que ia tendo sobre suas inquietações atormentadoras que o estavam excluindo do convívio social até que chegou à conclusão que não sentia nada de emoção em resposta do que viesse de encontro a ele.

Tudo que lhe chegava do mundo social externo não chegava até à sua alma, ficava só no seu cérebro e retornava, e ai descobriu que essa era a causa do seu flagelo, dos seus desassossegos.

Nada passava do seu cérebro, pois o centro das emoções, a alma, tinha sido ferida de morte e ali era um pânico só, não se entendia com o mundo em sua volta, então nada chegava até ela e é ali onde formam-se os sentimentos que retornam ao cérebro para ser respondido pelo meio apropriado, ou seja, pela fala, ou por gestos, ou pela escrita, pelo silêncio, etc.

E na alma os sentimentos represados faziam pressão, feitos em ebulição, mas não tinham mais conexão também com o cérebro e o mundo exterior. Estava faltando a ponte.

Na interação normal estas impressões vindas de fora são, chegando na alma, lubricadas pelo sentimento sentido e retornam para o cérebro, mas para ele eram dois mundos distintos que não se conversavam, então essa era a conclusão e era nisso que ele tinha que trabalhar, voltar a abrir caminho para a sua fonte de sentimentos e interagir emocionalmente com o mundo.

O cérebro (porta de entrada do que vem de fora) e o núcleo dos sentimentos interno, tem que trabalharem simetricamente, assim deve ser, para não haver desequilíbrio.

Isto pode parecer estranho, pois esta interação normal acontece de forma sincronizada em milionésimos de segundos, e retorna, e só com a falta é que alguém pode ver o quanto ela é importante.

O cérebro, como instrumento do corpo material, que não tem vida própria e sim é vivificado pela alma é frio, assim como é uma simples pedra, então ele repassava o retorno de forma truncada para as pessoas que estivessem interagindo com ele, e com isso ele começou a se afastar delas, até chegar à auto exclusão total, pois lhe faltava algo e isto lhe deixava a sensação de desproteção e vulnerabilidade, se sentia um estranho no ninho, no caso a sociedade.

Por outro lado  este foco íntimo receptor/gerador das emoções ou impressões, a alma, só porque não chega nada de fora até ela, não quer dizer que ficava apaziguada, pelo contrário, está também em ebulição, devido à sua falta de comunicação e ficava em descompasso com o cérebro que ai não para de pensar e é sobrecarregado e passou a dominar todas as ações, por falta de alternativa, começou a extrema ansiedade.

E tudo isso ficava se chocando dentro dele, que tinha que transparecer normalidade enquanto se equilibrava nesta confusão e luta árdua de três frentes.

Muito tempo depois quando começou a lutar para conseguir esta reconexão com o mundo exterior novamente, ficava pensando como é que uma pessoa normal reagiria “em uma determinada situação como aquela que ele, eventualmente, estava passando”, e em cima disso reagia por considerações meramente cerebrais, até que começou mesmo, aos poucos, a sentir as emoções reais que iam surgindo no seu âmago; e na medida em que ia aumentando a sua confiança nesta interação, ia voltando a abrir sua alma para o exterior, e com isso a aquecendo para sentimentos genuinamente afetivos.

Mas para chegar a esse ponto ele teve que aprender a relaxar, pois a sua alma tinha vida própria a muito tempo por um lado e por outro o cérebro não se aquietava mais, sem controle, e ai uma ajuda profissional foi fundamental para chegar a algum equilíbrio, apesar de todas as suas lutas de até então e a ajuda veio pela terapia cognitiva e técnicas de relaxamento.

E assim foi voltando a ter uma vida relativamente normal no convívio social e sem depender só do cérebro, mas a alma se mantinha confusa e com isso extremamente ansiosa.

E ai vem a pergunta:
Quantos que não deixam de fazer este esforço reagente para voltarem a ser uma pessoa normal?

Não dá para dimensionar, mas todos devemos ter como máxima o que a escritora Roselis von Sass sintetizou muito bem com a frase:
"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes, a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo”.

E ele era uma prova disso, pois durante este processo todo, ele foi progredindo profissionalmente até chegar à sua independência financeira, mas esta situação financeira foi apenas empurrando para a frente o problema, mascarando-o, e quando chegou no seu clímax ele caiu prostrado novamente em desalento, pois mantinha-se solitário, apesar do convívio intenso profissionalmente.

E ai ele está na outra extremidade da bipolaridade, só que não sabe ainda, vai saber com o tempo, hoje é mais fácil o diagnóstico, então ele está na chamada mania, um entusiasmo onde se cria ou gera-se muita coisa, e onde os caminhos são abertos por inteligência e capacidades que o indivíduo possui, mas a solidão sempre está ali, é uma sombra que o acompanha, e que a atividade social neste período apenas máscara.

Mas chegando no clímax deste seu progresso ou talento, onde não tem mais para o que construir ele cai novamente no fundo do poço e este é o momento mais crítico de todos, pois ter que recomeçar tudo de volta, sem nem saber por onde, como nunca soube, pois apenas foi indo no seu progresso, então este ponto derruba muita gente e onde vemos tantas desgraças ocorridas.

Ele vê que ainda está dentro do labirinto embora todo o sucesso na sua área.

No meio artístico tem mais visibilidade, como ocorreu com Elis Regina, Elvis Presley, Prince, Amy Winnehouse, Robin Williams, todos mortos em meio a extremo sofrimento e em buscas em remédios e drogas que só vão piorar a situação.

O que ele via nos olhos destes artistas em seus últimos vídeos antes de morrerem, ele conhecia muito bem e sabia o que eles estavam passando, e só quem passou por isso pode sentir.

A vida das pessoas que se encaixam neste quadro se transforma num novelo sem fio de meada, e a pessoa submerge num labirinto imenso, que o deixa prostrado se sentindo sem esperança de saída, e uma reviravolta vai exigir muita luta para voltar a buscar a saída novamente.

Mas a vida é o nosso bem supremo, e não estamos nessa situação por acaso, como nos esclarece o mestre Abdruschin em sua Mensagem do Graal “Na Luz da Verdade”, cujos esclarecimentos sempre lhe trouxe muita força e foco e de onde ele tirava forças e esclarecimentos para continuar lutando, pois nesta obra está o “mapa da mina”, mas não é fácil assim para muitos, não nos iludamos, pois são os caminhos que muitos plantaram para si e só cada um ansiando do fundo da sua alma pela solução, e pela verdade, que recebe as muitas ajudas que o Criador nos coloca à disposição e a vida, com na ação de retorno  vai nos beneficiando na medida do nosso merecimento.

Em todas estas situações há diversos níveis de aflição, desde os mais brandos até os mais graves, e muitos veem na sociedade os motivos dos seus sofrimentos, o que não é, e por isto muitos procuram, muitas vezes, causarem mal ao meio onde vivem como vingança, por acharem que é o meio, devido a sua aparente rejeição, o motivo dos seus sofrimentos e da sua baixo autoestima daí desenvolvida.

Alguns se excluem de qualquer convívio e ficam impossibilitados para atividades necessárias como trabalhar, estudar, etc, enquanto outros podem desenvolver a partir de um ponto meios para se superarem e atuarem como atores de si mesmos e podem até se darem muito bem nas suas atividades, como os artistas citados e milhares de anônimos, e levam a vida desta forma, mas exige muita energia e persistência, mas se for merecedor e procurador incansável da verdade chegará até ela, como o caso citado.

Mas, muitos, um dia, quando tiverem alcançado todo o sucesso nas suas áreas, e não tiverem mais motivações, por algum motivo, vão dar de cara novamente com as suas solidões e mazelas escondidas e desmoronam, voltando novamente à sua real condição e depressão, o polo oposto do que estavam sentindo até então.

Mas as dificuldades da vida são para serem superadas, como dito, não importa o nível destas dificuldades, e para aqueles que as sofrem o lance é procurarem se auto ajudarem ao extremo e procurarem ajudas que hoje existem, mas o principal é terem consciência que tudo os que os atormentam é oriundo do seu íntimo, gerados por ações que fizeram em outras épocas da sua existência, que não começa com o nascimento, nem termina com a morte, por isto ela não é salvação.

Importante também é saberem que medos sociais hoje sentidos, normalmente são oriundos de ações erradas que fizeram ao meio onde viveram em outras vidas onde tiveram algum poder; não podemos esquecer dos poderes que todos os membros da igreja, por exemplo, tiveram não faz muito tempo, onde foram implantados tantos medos nas pessoas para que a igreja não perdesse a sua influência e poder, chegando até mesmo às famigeradas inquisições que rondava por cima da cabeça de toda a sociedade.

Mas também oriundos de tantas injustiças cometidas por soldados ou bandidos saqueadores, ou reis, causadas em tantas guerras e batalhas em busca de riquezas ao longo da história da humanidade, onde prevaleceu tantas atrocidades, assim como no período das colonizações.

A história da humanidade é feita de terror na sua maior parte, então não é à toa que países europeus estão se vendo hoje invadidos por pessoas das regiões onde eles só levaram pobreza e desmandos enquanto enriqueciam à custa deles, e a apenas poucos séculos atrás, então podemos ver ai a atuação da lei da reciprocidade espiritual e a tendência é só piorar, este processo não vai ter volta.

Hoje estes e outros nesta nova vida sentem um medo anímico inexplicável, e se sentem desprotegidos, como se vissem estar no meio de pessoas que querem pegá-los. A sociedade não necessariamente é a mesma, claro, mas o sentimento de desproteção, este é real, e acompanha a pessoa aonde ela for, pois ele é anímico e mesmo estando sozinho não o deixa de sentir, pois está na alma dele, então não tem como se esconder.

Semeou medo terá medo, semeou ódio sentirá ódio contra si, mesmo que quem olhe de fora veja nesta pessoa um ser ponderado e bom, mas só eles sabem o turbilhão que passa pelas suas almas e mentes, e daí tantas depressões e outros distúrbios psíquicos no mundo atual.

Tudo são colheitas como já disse Jesus um dia com a frase “O que o homem semeia isto ele colherá”, mas não teve tempo de aprofundar o assunto, nem de falar das reencarnações, onde haveriam as colheitas, pois foi trucidado por uma humanidade que não o aceitou e que hoje vive repetindo o que ele falou, mas não põem em prática no seu dia a dia os conselhos que ele deu.

Ou alguém em verdade “ama o seu próximo” no sentido que ele nos aconselhou?

Ou alguém procura manter o seu íntimo vibrando no dito: “Sede como as crianças”?

A maioria maciça das pessoas que possuem estes problemas anímicos/psíquicos, não vão se tornar prejudiciais à sociedade, mas a eliminação total dos sentimentos podem levar a isso ou a sofrimentos indizíveis a elas mesmas, e aos familiares mais próximos.

E você que me lê conheceu muitas pessoas que só fazem mal aos outros para se autopromoverem, tanto profissionalmente, na escola, ou na vida familiar ou social, ou mesmo por prazer, e estes são classificados hoje como psicopatas enrustidos, embora tenham um vida normal ou sem passarem a violências extremas ligadas ao termo, pois ai também há diversos níveis.

Para quem quer saber mais sobre esses assuntos pode ler os livros da psiquiatra Ana Beatriz Barboza Silva que são escritos de forma bem didáticos, e foram esclarecedores para ele, e ela acerta na mosca sobre os sentimentos que atormentam muitos, principalmente os bipolares, cujos sentimentos são muito aproximados aos TDAH (Transtorno de déficit de atenção), que ao contrário do que muitos interpretam, não é que lhes falte atenção de terceiros, ou dos pais, mas sim elas é que tem dificuldades de interação com o meio e vivem em parte desconectados.

E pelo lado de esclarecimentos espirituais mais amplos, que é a causa de tudo o que nos acomete, tanto psíquicos como físicos, e de como funciona a interligação da vida visível e invisível que levamos, e de como o que sentimos ou fazemos numa vida anterior influência em uma outra, que leia a Mensagem do Graal, Na Luz da verdade, do sábio alemão de codinome Abdruschin, já citado, e adquirirá todos os esclarecimentos que precisará.

Não ficará sem respostas, e lutar muito pela vida, pois a morte não mata a alma e os sofrimentos anímicos continuam de forma mais forte no lado de lá, ou em uma próxima vida novamente.

Terá sofrimentos eternos, ou alegrias eternas, então não tem outro caminho, vamos à luta para a superação, pois a morte, que muitos dizem "ele descansou" não traz nenhum descanso nem nenhuma solução como as igrejas tentam nos fazer crer, se fosse assim haveria muitas injustiças na seara do Senhor que eles dizem adorar.

E o psicopata é aquele que dá vazão aos seus sentimentos antissociais, embora a discrição e a articulação, e age de forma fria e calculista, pois não tem mais conexão com a sua alma, que se mantem anulada, não tendo então sentimento de afeição legitimo pelo próximo e vivem somente olhando para os seus interesses, não importando os meios, mas com nada de violência, pelo contrário, são muitos articulados.

Você deve conhecer algum, mas no fundo, se pensarmos bem, muitos de nós temos algum pouco disso, embora de nível ínfimo, pois não desenvolvemos a amor que Jesus tanto quis nos ensinar e agimos muitas vezes de forma egoísta na relação com o nosso próximo não muito querido ou até mesmo com quem amamos.

“Livre só é o ser humano que vive nas leis de Deus! Assim, e não diferentemente, ele se encontra sem pressões nem restrições nesta Criação. Tudo o auxiliará então, em vez de lhe obstruir o caminho”.  Abdruschin em Na Luz da Verdade – http://www.graal.org.br
Poeta