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Tudo em mim fervilha poesia. Tudo em mim centelha poesia: É o vento que me açoita ou acaricia, a luz da noite, a luz do dia, os sons da urbe et orbi.
Tudo em mim cheira poesia: Roupas nos varais, Ave Maria, galos, noites e quintais... (Belchior)
E se for falar onde está a poesia, eu varo noite, varo dia e talvez não mostre nada... Mas sempre existe sua luz em cada estrada.
A.J. Cardiais 27.12.1996 imagem: google
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Poeta
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O vento, que é o ar em movimento, movimentou uma saia rodada...
A você isso não diz nada, porque você não viu quando a saia subiu:
Que poesia... Ela baixava de um lado, o outro subia...
E o vento, fazendo arrelia, pelas frestas vaiava:
U U U U U U U U U U!
E eu, pedindo bis, aplaudia.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Quero continuar existindo nesta casa pequena com esta vida amena e esses quadros cafonas na parede...
A minha rede é este horizonte aveludado. Onde me deito quieto, calado, escutando a voz do vento quando ele passa assanhado.
O meu perfume é o de brisa do mato... Só uso quando visto o lume das estrelas, e saio para brincar com os astros.
O resto é sonho.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não quero falar da lua só porque ela vive nos iluminando. Não quero falar da chuva só porque ela vive nos banhando.
Não quero falar do sol só porque ele vive nos aquecendo. Não quero falar do vento só porque ele vive nos refrescando...
Eu quero falar da VIDA. Da vida que eles dão às nossas vidas.
Da vida que lhes tiramos com nossas poluições. Da vida que está morrendo por culpa da nossas ambições.
A lua, a chuva, o sol, o vento, são Natureza. E Natureza é VIDA.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não consigo mudar... este defeito em meu peito é de fabricação.
Não consigo mudar... Tenho um coração que gosta de rimar contra esta “evolução”.
Eu sou mais de amar, de sonhar... Sou do momento.
Amo tanto o vento, assim como o banqueiro ama tanto o dinheiro.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Quero continuar existindo nesta casa pequena, com esta vida amena e esses quadros cafonas na parede...
A minha rede, é este horizonte aveludado. Onde me deito quieto, calado, escutando a voz do vento, quando ele passa assanhado.
O meu perfume é o de brisa do mato... Só uso, quando visto o lume das estrelas e saio para brincar com os astros.
O resto é sonho.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Mando sinais de fumaça para chamar os poemas. A vida passa... Vejo nas nuvens.
A chuva cai... Não pedi chuva. O sol se abriu. Não pedi sol.
O vento canta e a poeira levanta. Não pedi vento, não pedi canto, nem que a poeira levantasse...
Seria tão bom se um poema visse os meus sinais e atendesse o meu chamado...
Mas vou parar, já estou cansado.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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