Poemas :  Cheiro de amor
Cheiro de amor
Deixe meu amor invadir seus lábios,
e o prazer nos derreter,
transformando-nos em um só...

Deixe o suor lavar nosso lençol,
e perfuma-lo com este cheiro
que acabamos de produzir.

A.J. Cardiais
11.03.2011
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Poeta

Sonetos :  Mídia ditadora
Mídia ditadora
Tudo é a mídia que faz:
o som que você gosta,
a sua mesa posta,
a fazenda, o capataz...

O feijão com arroz,
o bife mal passado,
a paixão do apaixonado,
o deixar pra depois...

É a mídia que faz
você se sentir incapaz
e com medo de viver...

A mídia faz você
matar e morrer
procurando por prazer.

A.J. Cardiais
15.09.2014
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Poeta

Sonetos :  O xis da questão
O xis da questão
Não gosto de rimas forçadas.
Apesar de que
às vezes é preciso,
para criar “um paraíso”.

Não inalo o poema como uma obrigação...
Não quero este “poder”...
Gosto é de sentir prazer
quando vem uma inspiração.

Não quero aprender nada.
Só quero subir esta escada
que leva ao saber.

Sou escravo da liberdade.
Para mim, tudo que se aprende,
não deve ser para prender.

A.J. Cardiais
22.05.2015
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Poeta

Sonetos :  O não significado
O não significado
Eu posso escrever,
por escrever...
Eu posso escrever,
e nada dizer.

Eu posso escrever,
e ninguém saber
ou ninguém ler...
E se ler, não entender.

Tudo isso
eu posso fazer.
Tenho essa liberdade.

Escrevo por prazer
e por uma necessidade.
Fora isto, tudo é dever.

A.J. Cardiais
13.03.2011
imagem: a.j. cardiais
Poeta

Poemas :  O que sou
O que sou
Não me perguntem o que sou,
porque não sei se sou,
ou se procuro parecer.

Eu digo que sou...
Mas como você me vê?
Eu tenho que ser
para mim ou pra você?

O que importa
nesta ideia torta
é o prazer...

O prazer é uma porta
de dar e receber.
O resto, deixa acontecer.

Mas na verdade eu sou isto:
sou a loucura,
tentando plantar a cultura
do imprevisto.

A.J. Cardiais
02.02.2015
Imagem: google
Poeta

Poemas :  Caminho de todos
Caminho de todos
Ando com os pés no passado.
Por isso não ando apressado.
Meu tempo não é uniforme,
e minha alma não dorme.
Ela segue o tempo,
bisbilhotando cada movimento.

Sei de tudo que se passa,
na raça.
Preferiria não saber...
Assim não iria sofrer.

Eu queria era viver
alheio a tudo isto:
toda esta ideia de prazer,
toda esta ilusão, todo dever...

Mas não adianta disfarçar,
nem se vangloriar...
Nós caminhamos
para o mesmo lugar.

A.J. Cardiais
29.08.2011
imagem: google
Poeta

Poemas :  O não significado
Posso escrever, por escrever...
Posso até escrever
e nada dizer.

Posso escrever
e ninguém saber
ou ninguém ler...
E se ler, não entender.

Tudo isso posso fazer.
Tenho essa liberdade.

Escrevo só por prazer.
Como uma necessidade.
Fora isto, tudo é dever.

A.J. Cardiais
13.03.2011
Poeta

Poemas :  Corpo suado
Este desejo indissolúvel
de ter você,
faz apossar-me do caderno
e escrever...

Este enorme prazer
que você me traz,
deixa meu corpo em paz,
e me faz ver que,
fora de você,
eu não vivo mais.

A.J. Cardiais
20/01/2010
Poeta

Poemas de desamor :  Perdas e danos
Perdas e danos
Você tirou
o que de melhor
em mim havia:
tirou minha alegria.

Agora estou
convalescendo de amor.
Não sinto mais o sabor
que antes eu sentia.
Estou sem sintonia.

Estou quase confuso
com terminologias
que não uso...
Estou em parafuso.

Você tirou
o melhor do meu prazer:
o meu modo viver.

A.J. Cardiais
13.05.2006
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Poeta

Poemas :  Onde as cobras dormem
Onde as cobras dormem
Sei que não sou “muita coisa”,
mas me esforço para ser.
Minha busca não é o dinheiro.
Minha busca é o saber.

Quem sabe viver,
transforma a vida num prazer.
Não quero nem saber
onde as “cobras dormem”,
porque nunca irei lá.
Eu perdi o quê?

Não quero o saber
só para me exibir...
Isso é uma forma de agredir.
Quem procura se exibir
é um pobre coitado
carente de atenção.
Eu não.

A.J. Cardiais
03.05.2014
imagem: google
Poeta